Celso Rocha de Barros > Quem vai pagar a passagem para o regime de capitalização da Previdência? Voltar
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Desisto de responder àqueles que se contrapõem aos meus comentários, pois a Folha só publica aquilo que é a favor da sua linha editorial de persecução ao governo Bolsonaro. Em tempo não votei no Bolsonaro e entendo que a Folha tem o dever de criticá-lo, mas com imparcialidade. Sei que este comentário não será publicado. Ele é dirigido aos responsáveis pela edição dos comentários. O próximo passo é, depois de mais de 30 anos, deixar de ser assinante da Folha.
Excelente análise do Dr. Celso Rocha. Concordo integralmente. Para este artigo ser perfeito só faltou ele citar que a PEC da Bengala apoiada pelos bolsonaristas é a mesma picaretagem que os governos petistas fizeram no Brasil com a nomeação de Toffoli e Lewandowski. Apesar desta omissão, a argumentação do Dr. Celso é muito bem estruturada.
Vc está enganado. Os ministros do STF indicados nos governos do PT foram respeitando as leis em vigor na época,vc goste ou não. A PEC da Bengala foi aprovada pela oposição na época para retardar a aposentadoria dos integrantes da Corte e impedir que a Dilma indique mais ministros. São esses mesmos que agora querem derrubar a PEC da Bengala (não apoiar) para aposentar 4 ministros antes da hora e indicar os amigos, igual que na Hungria e Polônia, onde não existe mais democracia
Prezado Senhor Jorge Antônio. Qual foi a picaretagem que os governos petistas fizeram no Brasil com a nomeação de Toffoli e Lewandowski? Não entendi a afirmação. O senhor poderia explicar?
Tenho que concordar. Na minha opinião, a idade mÃnima deve ser gradualmente aumentada de acordo com a pirâmide populacional, de modo que uma contribuição razoável (10 a 20%) possa sustentá-lo dentro do regime de repartição. Poupar e investir para a velhice é fundamental, mas deve ser decisão de cada pessoa, de forma voluntária, sem intervenção estatal.
Acredito que uma forma viável seria os recursos da capitalização se transformarem em tÃtulos públicos, que vendidos pelo governo, bancariam as aposentadorias até que houvesse a virada ao longo das próximas décadas. Uma lei regulando essa questão seria necessária para que os recursos não sejam desviados a outras áreas, via gastos em geral. A mudança é possÃvel, sim, e pode ser bancada de forma harmônica ao longo dos anos, sem traumas.
O sistema previdenciário, teria surgido na iniciativa de um grupo de pastores, que preocupados com a sobrevivência das mulheres e filhas após sua morte, quando os recursos do rebanho deveriam prover o novo pastor, resolveram criar o Fundo das Viúvas Escocesas. Forma de pecúlio tão bem administrada, que após 60 anos apresentou diferença de apenas alguns shillings em relação ao projetado. Aqui, o rebanho é tosquiado provendo inúmeros pastores, senadores, servidores, rede social. Ovelhas no abate.
O Sistema não vai quebrar. Já quebrou. Uma magia contábil arrecada limite de contribuição do empregado de 620 reais em 2019, que corresponde a 11% ao teto da aposentadoria do setor privado de 5.645 reais. Beleza? Acontece que quem recebe acima desse valor, digamos 20 mil reais, tem recolhido pelo empregador 20% desse valor. Salários de 500 mil reais, que existem, o empregado paga 620 e o empregador 100 mil reais. O teto permanece em 5.645. A diferença alimenta o sistema. InÃquo.
Qualquer contador pode explicar que esses 20% pagos pelo empregador têm deduções e se transformam em menos de 5%. Magia contábil.
O sistema de capitalização implantado no Chile, sem contrapartida patronal, levou aos idosos desespero, pois após décadas de contribuição (BTG Pactual administrando) , a aposentadoria gira em torno de metade do salário mÃnimo , algo em torno de seiscentos reais. Comum a presença de idosos ,em avançada idade , vendendo badulaques em esquinas das principais cidades. A economia está dolarizada, o custo de vida é alto e o Ãndice de suicÃdio entre idosos é alarmante e um dos maiores da América.
Atualmente, das seis AFPs que atuam no Chile, cinco são controladas por empresas financeiras multinacionais: Principal Financial Group (EUA); Prudential Financial (EUA); MetLife (EUA); BTG Pactual (Brasil) e Grupo Sura (Colômbia), que administram fundos de 10 milhões de filiados. No total, são mais de US$ 170 bilhões aplicados no mercado de capitais especulativos, nas bolsas de Londres e Frankfurt, para serem repassados sob a forma de empréstimos usurários aos próprios trabalhadores.
No Chile está ocorrendo um sério problema, me parece um direcionamento para favorecer alguém. Eu prefiro aplicar e gerir meu próprio dinheiro que ser obrigado a ter que capitalizar onde querem que eu faça. Pois em aplicações ganho muito mais, e pelo que parece querem me direcionar.
E só mais um detalhe: quem vai cuidar do dinheiro? Os picaretas do mercado financeiro? É muito melhor cada um cuidar do seu.
Faltou você falar no corte de quase cinquenta por cento das pensões das viúvas! Isso é justo para quem já ganha uma miséria de aposentadoria?
Finalmente alguém toca nesse assunto, que tem me tirado o sono nos últimos dias: essa capitalização obrigatória vai quebrar o sistema .
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