Opinião > O (não) debate da reforma Voltar
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Em paÃses sérios se trabalha até aos 65 anos, no mÃnimo. O autor acredita que o Brasil será competitivo sem trabalhar. Bolsonaro acha que uma brasileira só consegue trabalhar até os 60. Os ingleses acham que uma inglesa pode trabalhar até aos 67 anos.
Até que enfim algo mais lúcido, crÃtico e questionador sobre a reforma da Previdência como verdadeira panaceia para todos os nossos males, históricos, estruturais e culturais, das crenças. Quanto ao debate, creio que não temos equipes para fazê-lo, já que os times em campo não estão querendo desagradar o chefe da delegação. A reforma e o pacote da Justiça são medidas de impacto de um grupo polÃtico inexpressivo, que não apresentou um plano de governo durante a campanha eleitoral para discussão
Minha sugestão: começar desfazendo o golpe q a ditadura militar deu e q não se foi com ela. A união dos institutos de previdência. Antes havia IAPI, IAPC, etc. Todos superavitários, exceto os públicos. Então, uma boa reforma trataria de separar público e privado. E cada setor encontraria suas próprias soluções. Juntos sempre serão uma tunga para manter privilégios.
Sem dúvida. O sistema previdenciário brasileiro é muito injusto. E sabemos que esta desigualdade vai quebrar o paÃs em poucos anos, mas os juÃzes e congressistas terão o poder da caneta para manter seus privilégios e eternizar a pobreza da população, que cada vez mais morrerá nas filas do SUS e da garras da criminalidade. Se nada for feito, faltará o salário mÃnimo dos idosos, mas os poderosos manterão seus salários integrais. Triste futuro para os brasileiros.
Se a preocupação é com a viabilidade da previdência, porque querem tirar as fontes de receitas do artigo 195 da Constituição Federal? Ou o que se pretende não é bem isso? A quem aproveita essa reforma. Por certo não aos trabalhadores.
A questão é que os apoiadores da reforma não querem debate, querem ganhar no grito, debate ajuda esclarecer e desmascarar propostas impopulares que visam transferir recursos nas mãos dos trabalhadores para banqueiros e grandes empresários.
Se do jeito que está já não é fácil aprovar, imagine se dermos ouvidos a infelizes articulistas ressentidos .
Contra fatos não há argumentos. O estados quebrados, sem condições de pagar salários e décimo terceiro na data correta, infraestrutura caindo, literalmente, aos pedaços, são evidências incontestáveis de que o dinheiro acabou. A razão, os sistemas financeiros e estudiosos com credibilidade mostram, é a previdência extremamente pesada e desequilibrada. Dizer que não é bem assim é irresponsável. Mas não surpreende: o autor provável é parte interessada, ou seja, funcionário público....
Um artigo que permite entrever o que virá nos próximos anos: falhanço na redução do buraco, uma nova pauta urgente qualquer e a classe média sempre refém de polÃticos com idéias medÃocres e visão reduzida.
De cinco artigos, nas duas primeiras páginas internas, apenas um fazendo contraponto. a Folha está 20% interessante...
O governo deveria antes de propor a reforma de previdência é fazer uma reforma administrativa, que envolveria , diminuição de municÃpios , consequentemente. menores despesas com prefeitos, vereadores, deputados federal e Estadual e principalmente assessores e cargos comissionados. A economia seria enorme e com uma reforma justa , isto eÂ’ , igual para todos , privilégios , o Brasil poderia sair dessa terrÃvel crise que nos assolou.
Um pouco mais de honestidade e reconheceria que muitos que defendem a reforma da Previdência são claros em dizer que ela é ao mesmo tempo indispensável e insuficiente para produzir os “milagres” alegados. Se dispor a falar contra ela por conta disso é quase tão pecaminoso quanto a falta de gosto musical.
Existem poucas coisas imutáveis na vida, a BÃblia é uma delas. É preciso fazer um debate realista sobre as necessidades e os resultados pretendidos. Não existe a opção em fazer ou não fazer reformas, esse tempo já passou. A reforma não será a solução para tudo, mas quanto mais demorarmos, menos eficiente ela será. Não existe reforma definitiva porque as mudanças no paÃs e no mundo irão exigir outras e mais outras. O paÃs tem que cuidar dos interesses da atual população, mas também da futura.
Sempre é bom ouvir um comentário que chama as pessoas a razão. Interesses em assuntos como a previdência sempre haverão, mas a forma como a grande imprensa, de forma geral, trata o assunto é, no mÃnimo, lastimável. A referência ao Art. 195 da CF derruba grande parte dos comentários de "especialistas" que defendem a reforma na forma proposta pelo governo "de Jair Bolsonaro".
Essa reforma, se passar, colocará uma pá de cal nas perspectivas de vida dos trabalhadores brasileiros. Acabará com a possibilidade de se ter uma vida minimamente digna na velhice, matará os pobres mais cedo, jogará no desespero uma quantidade enorme de pessoas que sobrevivem dos proventos dos aposentados, arrasará com o mercado interno, que já se encontra em recessão há muito tempo, entre outros malefÃcios. E tudo isso para beneficiar meia dúzia de rentistas e bancos.
Essa crença mÃtica na Reforma paralisou a economia nos últimos 3 anos. Governos, imprensa e economistas obtusos venderam a idéia de q nada é possÃvel sem ela. Tomados por mêdo e incerteza, empresários não investem, as pessoas não consomem, e em função disso a crise se agrava. Era óbvio desde o inÃcio q o deficit do RGPS crescia pelo desemprego, mas vendeu-se a idéia de uma crise estrutural irreversÃvel sem reforma. A previsão q se auto-cumpre...
Doravante, este desmascaramento da farsa do milagre da 'reforma', encampada pela imprensa empresarial por mera sabujice em relação aos grande anunciantes, vai servir de guia para toda discussão lúcida sobre o tema, como contraponto indispensável às mendacidades e pajelanças dominantes. Vou ler os livros do Piva com urgência. Ponto para a Folha por essa profissão de pluralismo.
O mesmo fenômeno se deu na reforma trabalhista. Hoje é possÃvel perceber a grande distância entre o lobby e a realidade.
O economista não é contra, que fique bem claro, mas já sugere pelo menos o debate. E parece fazê-lo cheio de receio ao discordar de seus unânimes pares. Se há um passaporte de benesses para quem defende a reforma, provavelmente há passagem só de ida para quem a contesta. Faltou coragem para apontar quem fornece os dois e porque.
Enfim a Folha publica uma opinião lúcida sobre esse dogma de 'suposta salvação' que a reforma da previdência trará.
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