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Os pais sabem que existe faixa etária em jogos? Claro que não, pois não se importam. Jogo todos os gêneros de games, inclusive os "violentos", nunca sequer saà nos tapas com ninguém. Um psicopata pode ser influenciado até pelo Programa do Faustão. E é isso que são os que saem matando inocentes: psicopatas! Merecem ser um caso isolado, sem associação as mÃdias. Em 1999 quando jovens atiraram trajando óculos escuro e sobretudo preto, a culpa era do filme The Matrix (ainda em cartaz).
Quantos jovens que jogam videogames violentos já praticaram violência a mão armada? Não temos dados sobre isso, logo é precipitação culpar os games pelo comportamento dos jovens. O culto à violência é bem mais complexo do que isso.
Os games mais violentos têm uma origem comum, os produtores normalmente são dos mesmos paÃses, que são os que mais promovem violência no mundo, espalhando ódio, preconceito, invadindo outras nações .
Não se joga videogame em paÃses onde esses tipos de violência não são comuns? Também não se assustem filmes violentos nesses paÃses ? Será que a cultura do medo , do racismo, da intolerância e o discurso belicoso e hostil à s diferença que inclusive é propagado por pessoas em cargos de poder e com grande visibilidade não teria mais peso do que os jogos eletrônicos nesse contexto? Brincar na rua de polÃcia e ladrão ou assistir filmes de faroeste produziram assassinos violentos?
Temos também a capitalização do desastre e da violência explicita pela mÃdia mundial, localmente temos programas sensacionalistas que regugitam no horário de almoço a violência diária com sangue, crime e ódio, geralmente com uma agenda bem descriminatória e elitista. Isso a mÃdia não mostra, não fala, não escreve...
A grande questão nesta tragédia toda é o histórico familiar de Guilherme, sem referências dentro de casa, a mãe lutando contra a dependência quÃmica, mal citam o pai l, morava isolado num quarto nos fundo da casa, mal conversava com a mãe, o vÃdeo game foi só a “cereja do bolo”.
Os que atacam os games violentos (coincidentemente os mais velhos) parecem esquecer que eles assistiam a filmes de faroeste, onde as pessoas se matavam e matavam Ãndios como se fossem moscas. Os aparentemente inocentes desenhos animados mostravam bombas explodindo, tiros para todo lado, onde os personagens pareciam ser indestrutÃveis, o que induzia as crianças a acharem que seriam imortais. Nem por isso são violentos hoje...
Os filmes de faroeste eram violentos e tambem os desenhos animados, gatos que jogavam bombas, etc. mas naquela época as pessoas tinham outras coisas para fazer, viam um filme violento no cinema ou na TV e iam cuidar da vida, todos tinham que trabalhar inclusive a molecada. Hoje é diferente, os adolescentes não trabalham ( mesmo os pobres ) jogam videos dia e noite, tem de tudo, TV, celular de ultima geração e uma mente ociosa pois muitos abandonam as escolas.
Tercio, por favor,leia o comentário ao Sidnei.Não é uma relação de causa-efeito,mas de semeadura em solo fértil à violência
Acredito que games e filmes violentos têm influência, sim. Há anos escutei uma palestra de uma psicóloga americana que afirmava que uma criança, entre 3 e 5 anos, passando em média 3 horas na frente da TV (naquele tempo), numa fase em que ela ainda não distingue a ficção da realidade, seria testemunha ocular de mais de 20 mil crimes. E ela terminava afirmando: Isso me assusta, porque banaliza a morte. Atualmente estamos colhendo essa semeadura insana.
Balela, jogo desde que me conheço por gente e acho que vou morrer jogando. Tenho famÃlia filhos e nunca peguei numa arma de verdade. Qualquer ser humano com o mÃnimo de inteligência sabe distinguir ficção de realidade. Culpar os jogos e gamers por conta de dois destrambelhados e anormais é mais fácil do que ver qual educação e ambiente familiar esses dois cresceram. Faça me o favor.
Sim, Sidnei, que teve uma boa formação acaba impune a esses jogos. Mas quem teve (ou tem) uma infância problemática, essa exposição potencializa qualquer tendencia à violência.
Para mim, não há dúvidas que exposição à violência em idade de formação da personalidade não é salutar. Ainda mais quando o lider da nação banaliza a posse e porte de arma, faz pose de arminha pra cima e pra baixo e diz ser justo seria metralhar opositores. É por isso que na minha casa não entra armas de brinquedo, armas de verdade e muito menos o presidente da república.
É o mesmo que afirmar que filmes e novelas com alto nÃvel de erotismo estimulam a violência ou assédio sexual. Tem-se que verificar de forma isenta o que ocorre com as famÃlias destes assassinos. Uma boa educação provavelmente irá impedir atos insanos como este e outros que virão.
Varella, excelente abordagem sobre a banalização da violência em jogos virtuais. Fugiu do reducionismo atual, de limitar o problema à disponibilidade de armas, visão preferida de muitos. A exposição continua a cenas e atos de violência, real ou virtual, nos filmes e nos jogos, levam à dessensibilização do indivÃduo, a um processo de recompensa pela prática da violência. Parece que ninguém quer falar sobre esse fato incômodo, pois ele é responsabilidade de todos nós, não apenas do Estado.
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