Opinião > O pacto branco e a maldição da mediocridade Voltar
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Ah, a amargura mesquinha e narcisista. A autora é assim: acha a Globo ruim, mas se a Globo começa a convidá-la para falar, aà ela se acha porque esteve na Globo; o Jabuti é reprodutor de racismo institucional, mas ela deseja imensamente receber prêmio por via dele. Que Djamila tenha adquirido relevância é sintoma de uma cegueira coletiva que acha que deve sentir culpa e dizer amém para qualquer autoritarismo que lÃderes de minorias tentam impor. Ódio que gera mais ódio. Que furada.
É sempre bom refrescar os reacionarismos, então muitos dos çabios comentários até prestam algum serviço. Quem não é preto não sabe na pele (!) o que seja nascer e crescer sendo diminuÃdo; dá pra ter uma leve idéia disso ao sofrer preconceito fora do paÃs, se o bÃpede tiver algum "senso de noção" pra compreender o que ocorre. Nada se compara à maravilha de ser humilhado, diminuÃdo e segregado, moral e economicamente, durante toda uma vida, pra botar o preto no seu lugar. Vai Bozo!
Acho impressionante quando falam de "racismo invertido". Racismo tem a ver com a posição de classe. O escravo nos cafezais do século XIX com ódio do senhor branco estava sendo racista? Abram a mente, pessoal. Menos mediocridade. Enquanto o Brasil não reconhecer sua estrutura social racista, vamos continuar elegendo bolsonaros.
Tecto forte e realista. A autora pôs o dedo na ferida. Dá pra ver pela reação nos comentários. Ela faz o papel correto: luta, no campo das ideias, pela construção de uma sociedade menos discriminatória.
Racismo invertido e ódio racial, tudo o que não precisamos. Autora eh incapaz de entender que a Reforma da Previdência corta privilégios da elite dos funcionários públicos, onde os negros estão subrepresentados. As alteracoes no BPC e na aposentadoria rural, que poderiam afetar os negros, não vão passar.
Paulo, a reforma corta do funcionalismo, mas não de todo com a mesma intensidade. Prejudica muito o pobre, que vai ter que trabalhar muito mais que o rico para atingir a idade mÃnima. Imagine, trabalhar na construção civil dos 15 aos 65 anos. Vai lá.
Triste por ler uma pessoa tão inteligente que não se atentou para o fato do preconceito ser sobretudo social. Se duvida, desacredita ou simplesmente o argumento não a convence, que busque pesquisar sobre a presença dos filhos dos brancos pobres nas universidades federais deste paÃs. Ao invés de reduzir e diminuir a distância entre o negro e o branco, seu discurso só faz aumentar. Muito triste.
Sugiro que procure dados que embasem o seu ponto de vista. Procure estudos de desempenho social de negros e brancos de mesmo estrato sócio econômico. Descubra você mesmo que o racismo existe! Seu comentário é fruto de um raciocÃnio lógico.... agora confronte ele aos dados objetivos. O conhecimento é libertador!
Que lucidez! Percebe-se, pelos comentários, que essa luz encontrará resistência, sempre.
O racismo existe, sim, no Brasil, e o negros são certamente os herdeiros da parte menor que lhes coube "deste latifúndio", na histórica secessão ainda existente. É preciso reclamar, discutir, reivindicar, sim. Não concordo, entretanto, com o formato com que foi apresentado o texto, pois o mérito não poderia ser medido de forma tão simples.
Só tenho a lamentar por um segmento intelectual que se especializou na racialização das relações sociais no Brasil, estão prestando um grande serviço as elites, de todas as cores e sexos, a partir da academia, sob a batuta de fundações norte americanas dão uma imensa contribuição a fragmentação e enfraquecimento da classe trabalhadora! A burguesia esclarecida, agradece!
Estou abismada. Dá embrulho no estômago ler esse texto.
É inacreditável que alguém dê importância para a fala dessa moça, uma pessoa cheia de ódio e rancor que nada mais faz que ser mais preconceituosa que os que ela acusa. Triste que uma pessoa dessas que prega a divisão e a segregação possa ter tanto apelo nos grupos dos “intelectuais” do nosso paÃs. Chega ao ponto de achar que um filme tem que ser indicado ao Oscar apenas por ser encenado por um negro. Essa moça é racista, descarrega todas as suas frustrações em quem tem a pele diferente da dela.
Concordo parcialmente. Não há dúvida que injustiças existem. Num paÃs de tantas desigualdades quem mais sofre é o pobre, de qq cor. Quando da abolição todos os negros eram pobres e enfrentaram toda sorte de preconceito. A sua ascensão social financeira é lenta, por vários motivos e não apenas o racismo. E no mundo, não apenas no brasil, o respeito é ao patrimônio, e não ao indivÃduo. Não há cotas para brancos pobres, o super excluÃdo. Já no andar de cima da cultura não vejo preconceito na música
Na literatura, confesso que não conheço nenhuma das obras citadas (não posso fazer juÃzo), mas premiações não devem a princÃpio priorizar os que vendem mais, mas a qualidade da obra. Não fosse assim, Paulo Coelho ganharia todas, muito embora a qualidade do seu trabalho seja pra lá de discutÃvel. Quanto a beleza, é um conceito subjetivo mas devastador. É como uma moça que tem vários pretendentes a casamento. Mas no fim ela escolhe o que considera mais bonito, em detrimento de suas qualidades.
Um artigo cheio de verdade e, ao mesmo tempo, cheio de preconceito inverso.
Concordo que há racismo no Brasil, mais o negro se esquece que a grande maioria deles são pobres, e os pobres brancos são também menosprezados tanto quanto os negros. Afirmo que a discriminação no paÃs é pelo lugar em que ocupa na pirâmide, e pela ramagem familiar. O elitismo, a mediocridade que pulsa no conservadorismo brasileiro é pensarem e fazerem de pobres; negros ou brancos repulsas e escravos do seu bel prazer.
O grande problema do Brasil é que os brancos, elite e classe média, são apenas 20% da população e acham que não precisam dos outros 80%, pardos, para construir uma nação. No fim das contas, é impossÃvel tocar um paÃs do tamanho do Brasil usando somente 40 milhões de habitantes. Mas democratizar a educação de qualidade, nem pensar, não é mesmo?
Acho que a sua conta está absurdamente errada. Negros e pardos são mais de 50% da população e o resto é branco. Como 20%? Nossa classe média também não é 20% em absoluto.
O racismo é algo muito importante a ser trabalhado pela sociedade brasileira. A predominância da "cultura branca" também é patente. Porém misturar esse assunto com a reforma da previdência que vai corrigir o déficit público que nos impede de investir em outras áreas como educação, infraestrutura e suporte social além de acabar com as superaposentadorias pelas quais todos trabalhadores pagam é muito injusto, ideológico e partidário!!!
Não, pois os gravemente atingidos pela reforma, que são os trabalhadores rurais, os que ganham até dois salários e recebem abono, e os que dependem do BPC são majoritariamente negros e pardos. E 86% da economia com a destruição da previdência é em cima deles.
Parabéns à autora pela lucidez e coragem. Apesar dos de sempre, teimamos em viver.
Um exemplo claro é a Bahia. É comprensÃvel que a direita lá seja branca já que é herdeira de um passado escravocrata. Mas porque a esquerda também é branca? São Paulo já teve um prefeito negro, mas Salvador que eu saiba ainda não. E não é só no Brasil. Os times de volei de Cuba estão cheios de negros, mas os dirigentes do paÃs são bem brancos.
Este é um tipo de debate necessário, e em muitos aspectos correto. No entanto entendo que o Brasil é um paÃs multiétnico, e aliás em sua história, sempre teve uma maioria não branca (exceto provavelmente no auge da imigração européia). Recomendo fortemente que as pessoas façam um teste de DNA, cada vez mais populares e baratos, para verificarem o quanto não faz sentido este dualismo branco x negro no Brasil. Estamos esquecendo da forte herança indÃgena, e em menor impacto tantas outras.
Um exemplo prático disso são as cotas, tão demonizadas por alguns que na verdade não tem nenhum embasamento técnico de contestação. Empresas há muito já implementam diversidade, exatamente para estimular pensamentos diferentes. Agora temos um (des) governo realmente ideológico onde não se baseia numa única estatÃstica para implementar qualquer coisa. Pode no 1o momento parecer algo negativo mas com uma miscigenação se não incluirmos todos nunca teremos uma crescimento consistente!
Se vivos fossem, Machado de Assis, Lima Barreto e tantos outros grandes escritores negros estariam dando boas risadas sobre esse artigo. Machado que é uma das poucas unanimidades da literatura Brasileira certa vez disse que "É melhor, muito melhor contentar-se com a realidade; se ela não é tão brilhante como os sonhos, pelo menos tem a vantagem de existir". A realidade é que o talento não tem cor e usar a discriminação como desculpa por não te-lo é viver no brilho dos sonhos.
E desde quando o mundo é justo? O mundo é injusto para todo mundo independentemente da cor. Você confunde a justiça comum com a justiça cósmica. A não ser que possa mudar o universo, aqueles como eu que não nasceram sem as graças sociais vão continuar penando. Mas isso é que nos da força para ultrapassar os nossos limites apesar das limitações. Na sua visão o Stephen Hawking deveria seguir reclamando da injustiça depois que foi condenado a uma cadeira de rodas desde a juventude.
O ambiente social em que a pessoa está inserida evidentemente interfere na sua formação e tudo que advém da mesma, então o artigo citado não é de maneira alguma motivo de risos . Certamente Machado de Assis e Lima Barreto perceberiam a intensão da autora, que chama a atenção para as injustiças sociais sofridas pela população negra desse paÃs.
A preferência de cor no universo cultural, especialmente nas artes de imagem - novelas, filmes etc, foi "naturalizado" na construção cultural do paÃs, isso é bem evidente. Porém não consigo entender como a reforma da previdência, que se propõe justamente a quebrar o pacto elitista que transformou a aposentadoria no prêmio rentista para a alta casta estatal, pode ser fuzilada pela autora. O paÃs precisa da tal reforma, seja quem for o inquilino de momento no planalto.
Sério? E qualquer discordância intelectual com seu texto seria, também, fruto desse "pacto branco"? É possÃvel preferir outra, digamos assim, escola de pensamento sem ser a sua e não ser racista? É possÃvel a alguém considerar que seus talentos, seu trabalho constante, sua formação não sejam fruto de uma conspiração? Os fascistas são sempre os outros, não?
Parabéns pela sua biografia e muita força para todos nós nessa luta por um mundo melhor.
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