Maior problema - depois do déficit fiscal, obviamente - é a incerteza jurídica. Quando alguém não concorda com alguma coisa, recorre ao judiciário e este quase sempre aceita deliberar acerca da questão. É raro um juiz recusar-se a tomar conhecimento de alguma reclamação e dizer que o Judiciário não tem competência para opinar sobre o assunto.Chegaram até a impedir o Temer de nomear uma Ministra de Estado. Como juízes são imprevisíveis(o STF às vezes decide por 6x5), fica a insegurança juridica.

Além da incompetência de Bolsonaro, o q mina a confiança de empresários e consumidores é o mito do apocalipse previdenciário, q a Folha ajudou a criar. O deficit do RGPS só se resolverá com a queda no desemprego, incluindo a incorporação dos 5 milhões de desalentados e dos 28 milhões de sub-ocupados. Apenas isso poderá recuperar a receita previdenciária, cuja queda é a causa do deficit. Ao contrário das mentiras divulgadas, as despesas do RGPS nunca cresceram de forma acelerada e explosiva.

A renda está encolhendo. Muitas pessoas empregadas e outras desempregadas estão cheias de dívidas. Quando o governo usou do crédito como incentivo, acabou favorecendo importadores. As boas indústrias foram vendidas para grupos sem interesse em ampliar a produção. Havia a ciranda. Mesmo touros da indústria não saberiam o que produzir agora com a enxurrada de importados baratos. Um problema do desgoverno e da globalização.

E o culminar de toda essa descrição caótica é: Jair Bolsonaro Presidente.

Concordo em parte com a reportagem. Acrescento que as famílias estão endividadas e o governo em vez de valorizar os salários e estimular o consumo, onde aumentaria a circulação de dinheiro, fica preso a pauta da Reforma da Previdência, onde ninguém sairá ganhando; na verdade, os Bancos irão ganhar mais e mais vendendo aposentadorias.

Volta, Lula, volta!