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Hernandez, é possÃvel que alguma espécie de reforma seja necessária, eu não disse o contrário. Digo que o peso dos impostos cai nos ombros da classe média e dos pobres, num paÃs em que nem sequer há acesso a esgotos e a água encanada para a maioria. A sonegação e as anistias (a desmatadores, p. ex.) são frequentes e deviam ser combatidas. A carga tributária é distribuÃda injustamente, e quem nega isso está mal-informado. Esse governo tornará o paÃs ainda mais injusto e violento.
Funcionário público e com certeza trabalho e produzo mais e melhor que você, Alexandre Cabral. E de esquerda, filho.
se o sinaleiro é cego, é bom trocar o sinaleiro também.
Domingos, é sempre melhor e mais eficaz estimular que punir. O melhor seria lançar medidas que remurassem o capital. Mas parte dos ganhos devem ficar com o Estado, na forma de tributos. Criou-se uma mÃstica em torno do capital e de sua volatilidade. No fim, besteiras. PaÃses capitalistas como a França taxam fortemente os ganhos pessoais e as heranças, e ponto. É possÃvel estimular e, na outra ponta, a dos resultados, taxar. Esse Congresso não fará isso, mas é factÃvel. O que acha o Lisboa?
Alexandre, que preconceito idiota, não? José Fernando, mesmo os paÃses da Europa que tributam fortemente o capital, inclusive a propriedade imobiliário, dividendos e heranças, tiveram que efetuar suas próprias reformas previdenciárias. A França está neste momento estudando a sua e a Suécia, com todo seu generoso Estado de Bem-Estar tem idade mÃnima de 67 anos para aposentadoria e um sistema de pontos que reduz bastante os benefÃcios.
Funcionário público, né?
Sucessivos governos, com ajuda do colunista, criaram o mito de q o Brasil acaba sem a reforma do RGPS.Acreditando no deficit estrutural e inevitavelmente crescente, o Mercado se paralisou. Tomados pela incerteza, empresários pararam de investir e as pessoas de consumir. O resultado foi não gerar empregos, o q retarda a retomada da receita previdenciária, agravando o deficit público. O medo da crise ajuda a manter a crise, q vira depressão.
Agora muito se fala da questão fiscal, dos gastos correntes da divida que subiu muito com incorporação de trilhões de juros desde 2012. Quando FHC cedeu a cadeira a Lula, a fase de valorização do Real já tinha expirado, mas com juros elevados prosseguiu até 2014, quando o rombo se tornou visÃvel nas contas públicas, no PIB, na desindustrialização, na perda em qualidade humana. Como corrigir tudo isso?
Qualquer bom administrador faz regras para gerar receita e superavit, e se for o caso, gerir um deficit. Nenhuma empresa, ou paÃs, pode ser gerenciado com um teto de gastos de longo prazo, é o colunista q não sabe o q diz. Aumentar receitas não significa aumentar a carga tributária, mas gerar crescimento do PIB e lucros das empresas, gerar empregos e aumentar a receita previdenciária. O q o governo e a mÃdia fizeram, no entanto, foi inventar um apocalipse previdenciário, q paralisou o mercado.
Veja com Dilma Roussef se essa estratégia deu certo, apesar dos alertas deste e outros colunistas. Ali ainda tÃnhamos espaço para a estagflacao. Hoje, caminhamos no fio da lâmina.
Caro Domingos, conheço o argumento de que "o capital pode migrar". Infelizmente o trabalhador não pode migrar com a mesna facilidade... Creio, no entanto, que se podem estabelecer regras - estÃmulos para que o capital fique ou interdições para que não saia; multas, por exemplo. Há alguns anos se dizia que os crimes financeiros jamais seriam punidos, que era impossÃvel flagrá-los e o mais. Hoje se vê que não é assim. O capital migra fácil? Que se criem dificuldades. É possÃvel segurá-lo por aqui.
Claro José Fernando, nessa primeira linha capitasse à essência da coisa. Não creio que seja possÃvel segurá-lo; também creio que nada remotamente parecido passaria no Congresso; e, ainda, penso ser mais útil, para o crescimento econômico e a diminuição das desigualdades, medidas econômicas que estimule o investimento de capital nacional e estrangeiro no paÃs. Um debate sobre tributação deve ser posto à mesa, e o atual governo parece pretender fazê-lo; naturalmente o Congresso deverá retocá-lo.
Um remédio heterodoxo: rever a dÃvida pública!
Quando vemos o céu azul em que navegam os bancos em meio à crise geral, lembramos da fala de Abelardo I em "O rei da vela" (1937), de Oswald de Andrade: "Só se pode prosperar à custa de muita desgraça. Mas de muita mesmo". Bidu.
A Reforma da Previdência incidirá sobre ganhos do trabalho. Por que não combater a sonegação, evitar desonerações e anistias (como as que se fazem com as multas a desmatadores, por exemplo)? Por que não taxar grandes fortunas, ganhos financeiros e heranças? Viabilizar o paÃs não deve ser torná-lo mais injusto ou mantê-lo tão desigual quanto é. O perfil ideológico dos gestores - e também o dos analistas - descarta de saÃda essas soluções. Mas financiar o Estado também é dever dos bancos. Ou não?
A previdência, no sistema de repartição, sempre precisará ser reformada/ajustada, principalmente por causa das mudanças na estrutura demográfica do paÃs. Quanto à s questões mencionada pelo sr., ao menos no que tange a tributação das grandes fortunas e et ceteras, não me parece algo que seria aprovado, nem tão pouco medidas que taria grande resultado, afinal o capital pode migrar.
Por que nunca se fala em aumentar a receita tributando patrimônio, heranças e dividendos? Por que não se comenta sobre o que o governo poderia ter de receita se não houvesse as "desonerações fiscais" que de fato nada produzem de resultado prático? Que a Previdência precisa ser reformada não resta dúvida. Mas num paÃs tão desigual como o nosso, apenas a atuação do Estado pode reduzi-la. Falta discutir como financiar o Estado, e não apenas como reduzir seus gastos.
Perfeito. O ritmo de crescimento das despesas federais é de 6% ao ano desde 2003 pelo menos. O PIB até 2014, excluindo portanto nossa depressão atual crescia 3%. A reforma da previdência é o mÃnimo para evitar que a situação fiscal continue se deteriorando muito rápido.
Crescer e/ou aumentar impostos não são opções?
Infelizmente, a maioria dos brasileiros acredita que dinheiro do governo dá em árvore. Basta apenas uma decisão polÃtica do presidente para apanhá-lo.
A proposta de austeridade econômica conduz a nos reduzirmos à nosso própria insignificância.
Há outra solução. Crescer. Não vejo qualquer planejamento sério de crescimento. A bobagem do PAC, no governo Dilma, apenas apontava para mais gastos públicos. Mas antes de falar em planejamento, o fim do desestruturante e exasperante bate-cabeça de Bolsonaro e filhos, já ajudaria, e muito, a retomada dos investimentos privados.
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