Hélio Schwartsman > A fatura universitária Voltar
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A elite, com usas tramóias, já paga menos impostos que "nóis" remediados da classe média em extinção. Para essa mesma casta, provar que seus filhinhos são de lares pobres dos Jardins é bem fácil.
Os profissionais que auferem maiores rendimentos em função da formação nas escolas públicas/gratuitas não estão ressarcindo o Tesouro mediante os impostos incidentes ?
A maior parte dos alunos que estudam nas Universidades Públicas não pertencem a famÃlias ricas, pesquisas recentes demonstram isso, então, porque a insistência em cobrar, que vem de longe, Robert Kenedy, que se não morresse seria presidente dos EUA, defendia cobrança de mensalidades em nossas Universidades, o Banco Mundial e o Lobby das instituições privadas querem a mesma coisa, não tem inocentes nessa história! Os estudantes chilenos vão para rua aos milhares, querem o que temos!
Agora o peh/tista considera que rico tem q pagar faculdade publica. Porque ele nao lutou para evitar q o seu pahrti/do investisse mais em curso superior privado em detrimento de melhorar o ensino fundamental?
A IV Pesquisa do Perfil Sócioeconômico dos Estudantes de Graduação das Instituições Federais, da Andifes, mostra que entre 2010 a 2014, o n° estudantes cuja renda familiar vai zero a 3 SM, cresceu de 40 p/ 51%, 64% destes no NE. Costa deve ter sido mordido por algum zumbi, desses que ficam pelas ruas em filmes de suspense. Algum zumbi, nessa noite sinistra em que vivemos, onde professores e a educação acadêmica são perseguidos, comeu o cérebro do ex-sindicalista.
O ensino superior gratuito tem relação com a possibilidade de alguns ascenderem a pirâmide social. O fato de ser público e, apesar dos problemas, ainda de qualidade, permite a convivência entre diferentes grupos que em situação normal jamais dividiriam o mesmo espaço. Pessoas com alta renda ocuparem a maior parte das vagas, não é problema e sim a péssima qualidade do ensino público na base. Se houvessem estudantes de alta renda em escolas públicas primárias, estas seriam mais valorizadas.
Sem discutir o subsÃdio ao rentismo que fica com parte muito significativa do orçamento não há discussão possÃvel em cortar dos pobres e da classe media. Bem como não há discussão possÃvel de cortar de quem tem menos quando quem tem mais tem isenção de impostos sobre lucros e dividendos.
Lógico pagar. Quem pode pagar paga , para quem não pode gratuidade. Comecem pelas três universidades estaduais paulistas que estão entre as melhores do Brasil. Se isto representar um aumento de receita resultaria numa melhor qualidade de ensino e maisis recursos para pesquisa. Desde que o Estado mantenha a mesma verba que hoje destina ao nÃvel superior. Não desobrigaria o Estado.
Toda universidade deveria ser paga, independentemente se particular ou pública. Incentivos, estes sim, deveriam existir na forma de financiamentos. As publicas competiriam então com as privadas, norteando o valor das mensalidades, algumas abusivas. Pesquisas, congressos, extensão seriam financiadas pelas agencias e empresas sem a participação do dinheiro proveniente das mensalidades. No fundo, faltam inteligência e gestão.
Vi um vÃdeo do seu amigo Paulo Ghiraldelli em que ele fala o que até já foi dito aqui É um erro tratar as universidades públicas como apenas centros de ensino que expedem diplomas A parte de pesquisa é essencial nessas universidades, tanto que as universidades particulares não conseguem competir com as públicas em pesquisa porque é muito caro fazer pesquisa Universidade que faz pesquisa sempre vai ter que ter algum tipo de financiamento público
Toda discussão sobre a cobrança nas universidades públicas assume que os problemas que lá existem são causados por falta de dinheiro e que mais receita seria a solução. O problema das universidades públicas é de gestão e não de dinheiro. Tudo começa com a eleição de reitores feitas para premiar o tempo de casa e a popularidade pessoal em vez de se respaldar no mérito e na competência gerencial. Geralmente o que acontece é que um bom professor é transformado num mau gestor.
Não há Universidade gratuita. Alguém está pagando! E geralmente a maior parcela recai sobre a imensa massa de pobres cujos filhos dificilmente têm acesso a uma universidade pública/estatal. Devido ao histórico de insensibilidade e descompromisso social, ao cursar uma universidade estatal, o aluno deveria fazer um CONTRATO SOCIAL: ou se paga em e$pécie (e assim fica quite) ou ressarce a sociedade através de serviços aos mais pobres e/ou com contrapartidas ao longo dos anos. Seria um começo.
Eu acho correto cobrar mensalidade de universidades públicas. Quem não pode pagar seria beneficiado pelo ProUni. Resolveria dois problemas: mais recursos para as universidades e não desvio de recursos públicos para faculdades privadas.
Lei basilar da economia: as necessidades são infinitas e os recursos são escassos, certo? Ciente disso, não faria muito mais sentido o Estado garantir educação básica universal e de qualidade em detrimento de financiar cursos universitários pra 10% da população? Pagar mensalidades em universidades públicas (nem que financiadas para o público de baixa renda), desde que o Estado se comprometesse a oferecer ensino básico universal, de qualidade e em tempo integral soaria bem razoável pra mim.
Um escrevinhador com uma opinião fora do FLA x FLU. Parabéns, ótimo, palmas.
Esquece-se de dizer que as universidades não são apenas formadoras, mas centros de pesquisa e de inovação. O ensino é uma parte importante de um tripé, cuja manutenção, para o bem do paÃs, é função do Estado.
Essa crÃtica ao programa de Gotha está disponÃvel na internet em pdf. O Marx desse texto realmente seria hoje taxado de neo liberal pelas esquerdas. Ele defende o livre comércio internacional, combate o nacionalismo, e diz que isso de educação popular a cargo do Estado é completamente inadmissÃvel!
O jornalista comete um equÃvoco básico em seu raciocÃnio: ele mesmo diz que alguns profissionais com diploma universitário terão melhores salários. Mas eles só os terão depois de formado e não antes. A isso se dá o nome de ascensão social. Uma instituição que promove isso não merece o financiamento dos impostos?
Tenho um filho estudando em faculdade federal. Eu e esposa nos empenhamos e custeamos desde o fundamental até o ensino médio para lhe proporcionar que durante 2 anos ele se dedicasse 10 horas por dia de estudos que o qualificaram para isso. Entretanto concordo que houvesse uma avaliação econômica e tivesse uma cobrança. Não resolverá totalmente o problema, mas ao menos poderia ajudar a custear alguma infraestrutura, mas que os gastos fossem gerenciados pela própria unidade com transparência.
Texto com argumentos bem batidos. Com visão enviesada. A pergunta básica é se a formação em nÃvel superior é um bem individual ou para a sociedade. É sobre desigualdade o autor parece não saber que quem ganha 5000,00 paga a mesma alÃquota de IR de quem ganha 500.000,00. Ou isso tb não configura desigualdade?
Funcionário público, né? Mas enviesado são os outros... Tá.
Espero que o Marcelo Coelho, que escreveu hoje neste mesmo jornal um artigo cheio de jargões ideológicos, leia e reflita sobre este texto.
O que o Marcelo escreveu não invalida este artigo. Aliás, concordo com o Hélio quando a ser pensar a cobrança nas universidades públicas. PaÃses vários, como Portugal e Colômbia, podem dar um norte. No entanto, o que o governo Bolsonaro prega é jogar fora a água do banho junto com a criança, misturando ideologia e, sim, ressentimento.
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