Hélio Schwartsman > O tamanho da encrenca Voltar
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Hélio, apenas complementando: ótima coluna.
Hélio, você escreve que a LJ " teve a virtude republicana de não poupar os poderosos da aplicação da lei.". Com a divulgação dos áudios pelo Intercept, bem pode corrigir a sentença para "não poupar "alguns" dos poderosos ...". Poupou a muitos. Assim como ainda é difÃcil para aqueles que conviveram de perto com Lula, como seus colegas de redação (Rossi, Kotscho, Jânio etc) admitir suas roubalheiras, vai ser ainda pior para os admiradores de Moro admitirem que ele cometeu muitas ilegalidades.
A Lava-Jato não foi estruturada, nem pelo Moro, nem pelo Bolsonaro, nem pelo Temer. É anterior a todos eles. O combate verdadeiro à corrupção foi estruturado nas firmes sentenças de Joaquim Barbosa. Ninguém, nem os réus, nem imprensa, nem aliados questionam as sentenças de J.Barbosa. Foi com J. Barbosa que se deu certa credibilidade ao combate à corrupção. Moro é consequência, não causa. Fazer moro de sÃmbolo, vai na linha daquelas futuros Pelés que não se confirmaram, ficaram pelo caminho.
O melhor de tudo que li sobre o vazamento x Lava Jato: "Temos de mostrar que atalhos para condenar não serão tolerados pela Justiça e preservar ao máximo a essência da Lava Jato, que teve a virtude republicana de não poupar os poderosos da aplicação da lei." Parabéns ao articulista.
Acho que devemos ser rigorosos, isto é ser intransigente na luta contra a impunidade. E se alguém viola as leis deve ser punido. Assim se um funcionário publico tem um poder outorgado pela constituição e o usa de maneira indevida ou contraUia aos principios de ofÃcio, deve ser punido. A lava jato não é Moro nem Dallagnol nem Santos Lima e deve continuar como de fato continua com outros juizes e procuradores. Personalizar a justiça na figura de Moro e outros é perigoso.
Pelo comportamento de nossas autoridades dos três poderes é mandar todos eles para casa e os militares tomarem o poder. Abaixo esta democracia de mentira. Ditadura já.
Ao mal tudo se permite; da virtude tudo se exige
"Atalhos para condenar não serão tolerados pela Justiça", mas atalhos para libertar notórios contraventores pode? Não vi ainda uma indignação midiática persistente, contra os desmandos observados em várias instâncias judiciais, principalmente no $$$Supremo.
Conc ordo, não podemos fechar os olhos. Como não podemos fechar os olh os, a uma con versa mo le que, em última aná lise, fo ca a solt ura de um ch efe de quad rilha, da cad eia, conde nado por três instâ ncias. Com o visto até agora, fica claro que os diá logos, se for em verd adeiros, eram para pu nir mem bros das quadr ilhas que surr ipiavam o paÃs. Os diá logos, são a pro va ca bal de não ho uve perse guição pol Ãtica, e não há o que an ular, nas pe nas de crimi nosos conh ecidos.
Justiça no Brasil é para as elites, pobre nao tem acesso a isso, precisamos deixar de ser hipocritas.
Muito bom. Seus textos são um dos motivos de eu assinar a Folha! Sempre em busca de uma boa argumentação, independente do tema e de eu concordar ou não com sua opinião. Dá gosto de ler.
Em que paÃs esse ´´ministru´´ poderia fazer justiça ?
O artigo nos leva a questionar a estrutura e organização da justiça brasileira e seus resultados. Entendo que o nosso pais é o paraÃso do amplo direito de defesa, com 4 instâncias para recursos na Justiça a quem pode recorrer a bons advogados. Por envolver diferentes instancias, interpretações e recursos jurÃdicos da defesa, seu resultado sempre será o mais imparcial e justo possÃvel dentro do ordenamento jurÃdico. A decisão proferida pelos juÃzes dos tribunais chama-se acórdão por ser coletiva.
Aprovar esse relacionamento entre juÃzes e procuradores é o mesmo que aprovar a tortura em investigações policiais. Funciona? à s vezes sim, mas a que custo? Realmente temos que resolver o que somos: um paÃs em busca do cumprimento irrestrito à lei, ou continuaremos a ser a nação do jeitinho, do jeito e do jeitão?
Brasil, o paÃs que punir ilegalidades de forma ilegal.
O momento é definitivo para a nação brasileira: devemos escolher se somos a favor do cumprimento das leis ou não. Quem acha que um juiz pode ferir a lei em busca de condenar um réu está, sim, escolhendo um lado. Em tempo, mesmo que o STF anule a sentença de Moro, por suspeição, isto não inocentaria Lula. Ele continuaria réu e deveria ser julgado por outro juiz, podendo ser efetivamente condenado, só que em um processo sem vÃcios.
Pois eu, na minha humilde e modesta ignorância, acho que talvez eu não ache nada. Poder-se-ia dizer que não se pode dizer nada e talvez seja, ou não seja, possÃvel.
Não acredito que o Lula seja nenhum santo, no mÃnimo leniente com a corrupção em seu governo ele foi. Porém, aqueles que dizem que foi condenado pelas provas, condenação confirmada por instâncias superiores, se esquecem de que a base para a condenação de Lula pelo famoso triplex do Guarujá, foi o depoimento de Léo Pinheiro, presidente da OAS. Em seus 02 primeiros depoimentos, negou qualquer propina a Lula, apenas após condenado por 12 anos, fez acordo e "delatou" o Lula. Já está em sua mansão
Quem ganha mais os advogados de Lula ou os do Maluf? Ou os da defensoria pública.
E o que dizer da condenação em segunda instancia do Sr. Lula e derrota em vários pedidos de habeas corpus. O sistema recursal brasileiro integrante do Código de Processo Civil, leva aos pÃncaros no Direito Germânico Romano nestes “brasis” a nobre presunção de inocência. Um portal de saÃda para ricos réus e excelente faturamento para os profissionais da Lei.
Transformaram uma necessária operação de combate à corrupção em projetos pessoais. Para isso o juiz se associou a um polÃtico que faz pouco caso das leis e vive cercado de gente suspeita de fatos nebulosos. Agora, o STF terá de decidir se o seu "S" é de suprema ou subordinada.
E a rapinagem que os Piratas Fizeram no erário? Deixa para lá? O cara foi condenado em três,1,2,3, instâncias e ainda fala de sua inocência? E antes que fale que sou por esse, des,governo: fanático pensa que não existe vida inteligente fora da bu rra dicotomia lula x bolsonaro. Toda desgraça que o Brasil passa(segurança, saúde, saneamento básico, transportes urbanos, ferroviários), é culpa desses larápios do erário.Jamais me comungarei com esses seres abjetos ainda que indiretamente.
Não concordo!Larápios praticaram crime vil, abjeto, prejudicaram milhões de habitantes. O Brasil é esse eterno subdesenvolvimento graças aos piratas que visaram seus interesses pessoais invés do comum.E nos diálogos, Moro e MPF, não vi nada contra o interesse público, nenhuma falcatrua contra a nação Não visaram interesse próprio. Posso não concordar com o que fizeram, mas, jamais darei meu apoio, ainda que indireto, para piratas que fizeram butim no erário. Seja quem for.
Cara Neli, a questão está além do Lula. Moro foi pego em conluio com a promotoria em casos nos quais era juiz e deveria portanto ser neutro. Ponto. Isto fere frontalmente a lei e pede que condenações advindas destas práticas espúrias sejam anuladas. Ponto. Viu, sem Lula. Combater os piratas do erário não justifica que se permita a pirataria judiciária, concorda?
Imparcialidade é o mÃnimo que se espera de um magistrado. Se houver interesses pessoais em jogo, a impessoalidade fica prejudicada, criando suspeição e nulidade. E, quando isso acontece, não há caminho para correção: a nulidade é absoluta.
O tema suspeição foi abordado na ação penal 470 (Mensalão) e não houve uma correção através da aplicação de nulidade. Conclusão: há jurisprudência para outro caminho.
Condenação viciada (como bem assinala o articulista) tem que ser mesmo anulada. O STF, na sua independência constitucional, está obrigado a rever decisões odiosas e tomadas ao sabor de óbvios interesses polÃticos, atropelando-se a lei. Caso particular do ex-presidente Lula. Desde o inÃcio das investigações, ficou muito claro, até mesmo aos mais incautos, o desejo (reforçado por certos segmentos da população) de alijá-lo da vida pública, submetendo-o aos constrangimentos mais atrozes.
E a rapinagem que os Piratas Fizeram no erário? Deixa para lá? O cara foi condenado em três,1,2,3, instâncias e ainda fala de sua inocência? E antes que fale que sou por esse, des,governo: fanático pensa que não existe vida inteligente fora da bu rra dicotomia lula x bolsonaro.
Pelo que vimos, as conversas de Moro foram inadequadas em sua função de juiz. No entanto, pensar na nulidade do processo, como aventa Hélio Schwartsman, parece exagero, já que as decisões condenatórias foram ratificadas em segunda instância. As medidas em relação à atitude do ex-magistrado são uma coisa, mas prejudicar todo o trabalho feito pela instituições no processo penal, sem novidade concreta que sinalizasse inocência do réu, soa oportunismo baseado em apego desmesurado a formalidades.
Perfeito.
Como ser neutro num trem em movimento! Hélio, você bem pode mais que eu sei.
Parece, pelo que foi divulgado, que só a condenação do Lula por conta do apartamento foi algo meio acochambrado. Mas com relação à Petrobras, não restam dúvidas de que a corrupção corria solta.
O que se está discutindo é se é justo prender alguém forjando provas, com base na convicção de que a pessoa fez algo ilÃcito
eee
Imagine que a tecnologia possibilitasse ler pensamento. O que ficaria de pe? Nada! Todos temos pensamentos obcenos, em qq area. Ora, juizes são gente como a gente: tem opinião e tendencias, filhos e conjuges a proteger, e tudo mais que qq mortal tem. Inclusive fazer comentarios de pensamentos em privado que bisbilhoteiros atras de porta querem ler. Mas, o erro ñ esta em ter juizes imperfeitos, mas dar poder de julgar-nos a gente como a gente, imperfeitos.
O que deveria ser anulado? As sentenças que determinaram o pagamento de multa milionárias por corruptos? Os acordos de colaboração pelas empresas que admitiram a corrupção? A devolução de recursos - bilhões! - fruto da ilicitude? Pode escolher uma dessas, entre outras. Costuma-se falar apenas da sentença sobre Lula. Como ele é o ponto de intersecção de nisso, tudo fica comprometido. É o esperado?
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