Samuel Pessoa > Por que entender os acertos de Gudin Voltar
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mal posso esperar a introdução do colunista a uma nova edição dos livros com as colunas do gudin em "o globo", como proposto por seu colega alexandre em sua tréplica na "ilustrÃssima" de hoje, 30/06. de resto, a pergunta do professor da unb permanece no ar e samuel pessoa sequer a arranhou: por que é mesmo que o liberalismo arrogado por certos de nossos economistas teima em jamais se conciliar com uma grama que seja de sensibilidade social? acaso falta-lhes o timo no centro do peito?
Claro que somos os únicos responsáveis pela nossa miséria. São brasileiros os que fecham acordos, públicos e/ou secretos, com os EUA e outros paÃses ricos desde sempre interessados em commodities e no mercado interno de consumo de massa. São brasileiros os que colaboram para a legalização da exploração de trabalhadores brasileiros pelas empresas multinacionais. São brasileiros os que votam e apoiam um governo entreguista, como o atual.
seria interessante economistas tratarem temas de como a economia possa voltar, como os exemplos da coreia china irlanda Ãndia possam ajudar a criar os modelos. como a economia gig ou sharing vai impactar com sua precariedade. de que forma a tecnologia vai impactar nos empregos, porque a opção pelo liberarismo gerou o nacionalismo, porque os nordicos preferem governos de esquerdas. olhar para retrovisor não ajuda em nada.
Pessoa elogia Gudin por valorizar as instituições. E não consegue enxergar como isso é incompatÃvel com o apoio dele ao golpe militar e à ditadura. O problema com os liberais brasileiros, pior que sua defesa do autoritarismo polÃtico, é o rationale que justifica essa defesa, a saber: a plutofilia e o complexo de vira-lata com fundo racista.
Se a China seguisse os ensinamentos de Gudin continuaria entre os paÃses mais pobres/miseráveis do mundo. Um dos ensinamentos é da época da construção da primeira siderurgia no Brasil, a de Volta Redonda: “siderurgia é coisa para povos brancos”. Além do racismo, saudoso da escravatura, Gudin era contra a industrialização brasileira. O apelo à falta de educação era um dos seus argumentos. O fato é que a urbanização foi fator para diminuir o analfabetismo. Volks e outras vieram para cá, por que?
Engraçado que só há crÃticas aos governos, os empresários que recebem incentivos e não fazem uso adequado nunca são cobrados. Porque essa mesma polÃtica deu certo em outros paÃses? Essa análise não é feita porque o pensamento único neoliberal virou religião. Sim, Japão, Coreia do Sul e tantos outros tiveram sucesso, a China não deixa de ser um. Mas o neoliberalismo que afundou o mundo na crise é a grande solução.
A análise superficial de Pessôa exemplifica nossa incapacidade de aprender coletivamente. Não há problema em criticar os governos de esquerda. Devemos reconhecer seus erros. Mas não analisar, com abertura e sem preconceitos, sua contribuição significa ficarmos andando em cÃrculos, repetindo erros.
"O próximo governo de esquerda.....". Desperdiçará,Samuel. Infelizmente.
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