João Pereira Coutinho > A unanimidade burra Voltar
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Nessa nuvem do discurso vitimista está inclusa a própria Folha. Mesmo assim, é bom ver que há pluralidade de pensamento em seus artigos. É importante contrabalancear a lacração e seus excessos.
Gosto da boa prosa desse simpático portuga, mas quando ele entra nessa onda de repetir argumentos polÃticos simplistas e hiperbólicos do Douglas Murray ou do Roger Scruton, fica difÃcil de engolir. Depois da introdução do artigo, tão logo você entende que comparação ele vai fazer, você mesma pode terminar mentalmente o artigo - nem precisa mais ler de tão óbvio e derivativo - e exagerado, quase ao ponto da malÃcia. Uma pena. Ó, Couto, escreva sobre filmes!
Coutinho, tá andando com o Pondé? Envereda pra essa bobajada não! O que dizer então da demanda americana/européia do homem branco, trabalhador nativo, que tá assustadinho com latinos, islâmicos e outros refugiados roubando seus empregos e trazendo ruptura a sua cultura branquinha?? Ah nem!
E as mais vÃtimas das criaturas, muitas vezes, estudam nas universidades públicas, trabalham em jornais grandes e têm suas teses publicadas nas principais editoras brasileiras. Se ser vÃtima estÃmula o sucesso editorial e acadêmico, teremos ainda que viver muito tempo com a enxurrada de "masculinidades tóxicas", "heteronormatividades" e excrescências afins (não só no NYT como na FSP). No fim, é tudo dinheiro.
Que unanimidade se vivemos em tempos polarizados? Metade é politicamente correta, metade fala mal do politicamente correto. A única unanimidade possÃvel aÃ, e que é bur.ra, é que todos acham que a outra metade é bur.ra e usam desse artifÃcio para se esconder de suas imperfeições - "imperfeito é o outro, olha como sou inteligente de ver isto"...
O autor se solidariza com uma nova classe de vÃtimas aquela "dos homens, dos brancos, dos cristãos, dos belos, dos hétero". Essas são as "verdadeiras" vÃtimas da contemporaneidade.
Me parece que ele coloca os opressores como as vÃtimas da contemporaneidade. Aqueles que precisam ser defendidos das denuncias de que oprimem.
Acho que o autor deixou bem claro que esses aà que você enumera são os "opressores".
boa!
Que devaneio estranho, Coutinho. Uma generalização e diminuição dos temas junto à uma espécie de ataque ao "politicamente correto"... nem consegui entender com tanta clareza a ideia. Achei meio ruim o texto.
Fato: o Proletariado já não existe como Sujeito histórico (Mentira, claro, o Proletariado continua a existir, mas agora Vota na Extrema Direita porque foi Abandonado pela Esquerda tradicional). ***Gourmetização da Esquerda, essa coisa de só Pobre Cansa! Rararaaaaaáááá!
A unanimidade, além de bur ra é também uma estrutura sólida que vai acumulando sem parar um passivo mental de propensões, crendices, doutrinas, dogmas, apropriações culturais e intelectuais. No dinamismo histórico tudo é transformação, as palavras mudam, orientações de valores se alteram, critérios morais e éticos se modificam, o foco se desloca para lá e para cá. Evolução? Só não sei porque, apesar de tanta unanimidade, tudo parece tão inconsistente, tão sem resposta. .../Claudia F.
O mundo não está vivendo uma caricatura marxista, estamos vivendo de forma desastrosa o neossalazarismo, que o Brasil é a expressão maior.
O combate ao combate ao sofrimento humano de qualquer natureza vem sendo usado pela extrema direita que sabe que esse discurso seduz e vale votos de uma parte da população enquanto toma os direitos e reverte polÃticas distributivas de todos. Você exagera nos ataques ao "politicamente correto" sem perceber que entra na correnteza da direita. Coutinho, definitivamente polÃtica não é seu forte. Cuidado.
Touché!!
Perfeito. Por medo da irrelevância, alguns/algumas, inclusive deste jornal, ficam "macaqueando" termos da última modinha - masculinidade tóxica é um desses. Quanta irrelevância.
Outra palavra que caiu na boca dos intelectuais é "imparcialidade". Como diz um velho ditado Ãrabe, imparcialidade é admitir que somos parciais. Pelo que se sabe, o único ente realmente imparcial é a m/orte, a qual segundo o Horácio, bate de modo imparcial tanto no casebre do pobre como nas torres dos reis. O resto, incluindo a Justiça, pauta-se pelo calor do momento e pelas preferências pessoais de cada um. Afinal, quem deixaria um ente querido queimar num incêndio para salvar um mecenas?
Como se a direita e a extrema direita não produzissem conceitos e " mentalidades " do mesmo modo. Esses textos reforçando o discurso da casa-grande dão uma enorme canseira... Só não tem qualquer sensibilidade para a dor humana e influenciam muita gente!
Não existe extrema direita, nem extrema esquerda. Existem os que querem um estado minimo e os que o querem grande. A expressão de "Casa-Grande" para quem quer que acredite no capitalismo e na realidade e a monopolização da virtude pela esquerda me dão canseira. Só ela é sensÃvel e se preocupa com os oprimidos, que sentem dor. Tão pré-Lava Jato. É a confirmação do texto do JPC em duas linhas. Eu não teria feito melhor.
Os jornais, escritores e intelectuais são sensÃveis à demanda. O fato é que nos anos 50 e 60, os homens trabalhadores em grandes indústrias eram a grande massa consumidora. Com o crescimento do setor de serviços e o declÃnio relativo do emprego industrial, o perfil dos consumidores culturais mudou, inclusive com a presença muito maior de mulheres. No recente filme Aladim, a princesa não sonha em casar com um prÃncipe, mas ser "sultana".
Não entendi onde ele vê unanimidade nos assuntos que cita. E além do mais penso que duvidar de coisas que a nova direita duvida, como aquecimento global , a existência de racismo e outros seja inteligente.
Obsessão anti-marxista faltou no cardápio do escritor ! Simplificação de uma corrente importante de pensamento, que apresenta muitas variantes, algumas problemáticas mas outras férteis e poderosas na crÃtica ao capitalismo atual. E nem todo linguajar atual advindas das lutas identitárias descende do marxismo, que por vezes é crÃtico de algumas das suas formas. Ademais, em nome do supostamente falacioso linguajar devemos naturalizar o racismo e outras formas de opressão?
Se fizermos a mesma analise veremos em Coutinho as expressoes datadas como livre mercados, estado mÃnimo etc. Afinal os fÃsicos estatisticos, na EconofÃsica , já demostraram que o livre mercado só produzem bolhas economicas e desigualdade social que só podem ser compensadas em economias com forte presenca do estado como paises Nórdicos, Canadá, Japão, Alemanha e França., e mesmo a China. Tem estado mÃnimo na China? Em que sentido a economia planejada chinesa falhou? Só falhou em democracia...
Curiosamente, a EconofÃsica e as modernas ciencias da complexidade possui paralelos surpreendentes com o materialismo histórico de Engels. Já o liberalismo clássico ou não é apenas um dinossauro intelectual, refutado pelos modelos de fisica estatÃstica aplicados à economia. Ver: https://arxiv.org/abs/physics/0110041
O moderador deve ser apenas um software.
Hoje, mais que nunca, a coluna de João Pereira Coutinho tem o efeito de um Oásis num deserto de mesmice.
Vou mais longe, JPC é um oasis no mar de irrelevancia que esse jornal esta sendo tragado...
Por que comentários enviados para a Moderação da FSP nunca são publicados, mesmo quando absolutamente inócuos? Será que essa Moderação realmente existe? Com a palavra a ombudsman (ou ombudswoman).
Não existe moderador, o que existe é uma lista de palavras "proibidas" e quando vc submete o comentário o software faz nele uma varredura e se encontrar alguma palavra proibida o comentário é barrado. Enquanto a Folha não divulga esta lista para que o leitor possa optar por algum sinônimo, temos que contornar de alguma forma. É uma mer.da não?
Perfeito. Estamos vivendo uma era semelhante a das caça à s bruxas, entre os séculos XV e XVIII. Homens brancos heteros-sexuais financeiramente bem-sucedidos e com boa aparência e com múltiplas parceiras são demonizados e todos os tipos de minorias(ou não, como as mulheres) são colocados na condição de vÃtimas merecedoras de privilégios e reparações.
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