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Sustentar algo viciado é extremamente penoso, cruel e desistimulante. Não podemos tolerar mais, à custa de uma maioria, que grupos privilegiados continuem a solapar o erário de forma "legal" ,mas imoral. Jamais seremos uma nação justa, enquanto os valores democráticos estão sendo dilapidados.
A constituinte de 88 ocupada em sua maioria pelos “representantes” das regiões que ainda vivem na cultura das capitanias hereditárias (ler “Coronelismo, enxada e voto”, Victor Leal) produziu uma aberração o tal de presidencialismo de coalizão que acabou parindo uma aberração, o centrão. Contando com as omissões da Justiça Eleitoral que jogou a escanteio a Lei dos Partidos PolÃticos e engavetou os estatutos dos partidos.
O colunista é desde sempre um lobista pelas idades mÃnimas, e contra as supostamente insustentáveis aposentadorias precoces pelas ATC, no RGPS. Até o Secretário da Previdencia, propositor da reforma, admite q o Fator Previdenciário faz um desconto q é no mÃnimo justo, e essas aposentadorias não custam mais ao INSS. De fato, na ATC, o aposentado recebe menos do q contribuiu, e a idade mÃnima de 65 aumenta os custos para o INSS. Ver L.E. Afonso, Economia Aplicada, v. 17, n. 4, 2013, p. 667.
Previdência é o maior problemas das nações. Segundo foi explicitado em Darvos. O amago do conflito distributivo. Veja o que ocorreu e ainda ocorre na Grécia. Mas, ficando nestes "brasis" do miúdo. Quantos polÃticos estão envolvidos com a Justiça. É nos municÃpios que são chocados os ovos da serpentes. Muitos partidos já teriam seus registros cassados. Contam com as omissões da Justiça Eleitoral.
Entrevista do Secretário da Previdência, Leonardo Rolim (Folha, 16/3/19). Pergunta: Tirar o fator previdenciário foi uma questão financeira ou foi para simplificar a regra? Resposta: O principal objetivo foi simplificar. O fator previdenciário é justo. É uma conta atuarial. – Ou seja, farão com q trabalhadores demitidos já idosos e q não consigam emprego, fiquem na miséria até atingirem a idade mÃnima. Com economia nula ao INSS. Simples para quem?
Os maiores lobistas hoje são do sistema financeiro. Interessa tornar o RGPS desinteressante, para atrair a classe média à previdência privada. A capitalização, defendida ferozmente por Guedes, seria o grande prêmio, centenas de bilhões para gestão dos bancos. Pouco se repercutiu a declaração do secretário Leonardo Rolim, de que a idade mÃnima e a eliminação das ATC não tinha razões financeiras, foi só para simplificar. Tiraram direitos para simplificar!?
Parabéns pelo texto. É bem isso, quem pode se organiza e acaba arrancando alguma vantagem que será paga com o esforço daqueles que não podem. O suor (ou esperteza) de uns é sempre mais sagrado.
Precisamos de nomes Hélio: Militares, policiais e professores são os que querem se beneficiar às custas do resto da sociedade.
Até porque os professores são uma classe muito privilegiada em nosso paÃs, né?
Cuidado, articulista, porque o senhor parece ter se esquecido de um famoso brocardo aristotélico: tratar os iguais de maneira igual e os desiguais de maneira desigual.
Paulo César de Oliveira, as pessoas precisam parar com a contabilidade perneta, o RGPS urbano não tem só despesa, mas também receita própria. Será q faltaram em metade das aulas de balanço contábil? Será q os ditos especialistas nunca estudaram equilÃbrio atuarial? O RGPS urbano foi superavitário até 2015, e mesmo na crise, suas receitas cobrem mais de 80% de suas despesas. Com a volta dos empregos, voltará ao superavit, e pode permanecer assim por décadas (desde q haja empregos e formalidade).
Eu tenho simpatia pela CF de 1824 do imperio pois dizia que nenhum genero de trabalho, de cultura, industria, ou comercio póde ser prohibido. Abolia as Corporações de Officios, seus Juizes, Escrivães, e Mestres. Na atual temos diplomas reserva de mercado e Cfm, Oab, Crea, etc as modernas corporações. Pioramos muito. A unica reforma que aceito e a q imporia o RGPS para todos com teto nas contribuições p amanha. Aceito 65 anos porem com garantia de renda para todos.
A reforma do RGPS não segue princÃpios morais, mas a pura lógica de reduzir gastos. O próprio colunista vem há anos dizendo q as razões são economicas, e mentindo q o paÃs quebra e se torna ingovernável em 2 anos sem a reforma. Se houvesse algo de moral, não aumentariam o tempo mÃnimo de contribuição para 20 anos, o q vai deixar metade dos trabalhadores mais pobres sem aposentadoria. Perderão entre 15 e 19 anos de contribuição, sem nenhuma compensação, verdadeiro estelionato.
Meu caro Ricardo, sem a Reforma da Previdência em poucos anos TODO o orçamento federal ficará comprometido com o serviço da dÃvida interna e as despesas obrigatórias. Como governar uma paÃs nessas condições?
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