Esse tema de racismo é uma armadilha perigosa, basta alguém lhe acusar disso que toda a argumentação, a lógica, a racionalidade que se tentava apresentar são abandonadas e a vítima da acusação passa a se defender só disso. È um tema chato, vitimista, ressentido e que só cai em chavões politicamente corretos e gritaria. Eu tenho pavor desses justiceiros sociais ,aposto que esse Alexandre é algum esquerdista ou coisa parecida, esse tema é uma arma para eles !

Samuel, Samuel, esse senhor é indefensável. Não adianta aplicar a mais sofisticada urdidura de enredo, suas ideias são datadas e nada há de legado nele. Cuidado para não o sê-lo na história das ideias econômicas, meu caro. É forte candidato.

Tendo a acreditar que a mistura baixa escolaridade - pensamento cultural pouco empreendedor gera baixa produtividade , pouco desenvolvimento tecnológico e governos ruins / concentradores de renda-poder....que retroalimenta de forma perversa o ciclo , só rompido quando nossas condições dadas pela geografia (recursos naturais / terras extensas ) e/ou externos (ausência de guerras / necessidades commodities) ajudam, mas infelizmente perdemos sistematicamente as oportunidades.

Constrangedor o colunista tentar fingir que Gudin talvez não fosse racista. Mas pelo menos isso ajuda a entender a mentalidade do próprio colunista.

E o Gudin , esse gênio da raça, não conseguia traduzir em palavras sua admiração pela superioridade educacional do povos brancos do Novo Mundo ? Ou será que ele era só um racistão mesmo ? Ficam aí as questões.

no mais, permanece no ar e sem resposta o desafio que o professor da unb lançara sobre samuel pessoa escrever o prefácio de uma eventual reedição da coletânea das colunas de gudin em "o globo" - no qual muitas dessas odiosas manifestações foram lavradas.

"se entendi corretamente, Alexandre considera que o posicionamento político de Gudin, defendendo regimes autoritários e fazendo citações que 'flertam com o racismo', invalida seus escritos.". de fato, o colunista não entendeu seu adversário. apenas sugeriu isto para ir adiante: "Não é uma questão inócua, mas, por essa métrica, as obras de Nelson Rodrigues, Euclides da Cunha e Monteiro Lobato e tantos outros deveriam ser banidas". breve item de desonestidade intelectual com o outro.

"O subdesenvolvimento, para Gudin, é interno a nós e não está associado ao nosso papel no mundo". a falta que faz um advérbio nesta vida: pense, por exemplo, em como seria importante incluir um "apenas" em algum ponto dessa proposição do colunista.

Sobre o papel da educação e da pretença superioridade das nações com populações européias, Gudin escrevia numa época em que a Argentina ainda tinha um nível de vida bem mais alto que os demais nas América Latina. Senão como explicar que um povo bem educado e majoritariamente branco permaneceu subdesenvolvido?