Ilustríssima > 'Chernobyl' propaga desinformação científica, diz físico Voltar
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Carcinomas de tireóide dos tipos papilÃfero e folicular; de longe, os mais frequentes, têm uma mortalidade baixÃssima.
Onde foram tratados esses pacientes, mesmo? Alguém disse que foi em Cuba?
(entre 5 e 6) porém certamente não as ocultaram dos operadores desse tipo de reator. As três maiores evidências desse fato são: a) o documentário já mencionado do Discovery Channel, no qual é citada a existência de um documento da própria KGB ressaltando os cuidados necessários durante a operação de reatores RBMK; b) o incidente ocorrido três anos antes na usina nuclear de Ignalina (na Lituânia, à época integrante da URSS) com um reator RBMK; c) o relatório de engenheiros nucleares britânicos,
(continua ...) em uma indústria de pesticidas de propriedade da empresa privada estadunidense Union Carbide, à época o mais poderoso monopólio da indústria quÃmica mundial e que foi à falência anos depois justamente por causa desse desastre. Apenas para comparação, contabilizava-se para o desastre de Chernobyl, até 2016, o total de 56 vÃtimas fatais, das quais 31 pouco tempo após a ocorrência do desastre em 1986 e 25 de câncer de tireoide ao longo dos anos subsequentes.
(continua ...) (destinados à geração de energia elétrica): Three Mile Island, nos EUA, em 1979 e Fukushima, no Japão, em 2011, ambos operados por empresas privadas em paÃses capitalistas desenvolvidos. Tampouco seria possÃvel explicar aquele que é considerado até hoje o maior acidente industrial da história, ocorrido em Bhopal, na Ãndia, em 1984, que matou 3849 pessoas em decorrência do vazamento de substância tóxica (isocianato de metila) (continua ...)
(continua ...) após visita técnica à URSS e disponibilizado ao governo soviético, que além da questão do coeficiente de reatividade positivo, indica a ausência de duas estruturas de contenção normalmente usadas em outros projetos de reatores nucleares. Caso as simplificações de caráter ideológico pudessem explicar, por si só, o desastre, ficaria impossÃvel entender os outros dois acidentes nucleares graves ocorridos em reatores nucleares de potência (continua ...)
(continua...) em 2004 indicam que tais deficiências eram bem conhecidas dos soviéticos, havendo até recomendações de cautela para os operadores, as quais foram totalmente ignoradas. Provavelmente, tais deficiências técnicas tenham sido ocultadas do público em geral pelo então governo soviético -- incluindo nesse público até os cientistas e engenheiros que não trabalhavam diretamente com reatores RBMK, conforme mostra a série -- porém certamente não as ocultaram dos operadores (continua ...)
(continua ...) (do tipo que foram cometidos em sequência pelos operadores) pode causar um aumento abrupto de potência (porque possui coeficiente de reatividade devido à potência positivo na faixa em que foi realizado o teste desencadeador do acidente) e explosões quÃmicas e incêndios subsequentes, eram desconhecidas dos cientistas e engenheiros nucleares soviéticos. Isso não é verdade, pois tanto a literatura técnica quanto um documentário cuidadoso elaborado pelo Discovery Channel (continua ...
(continua ...) Sem entender a questão técnica envolvida, qualquer crÃtica nesse caso fica muito enviesada. Em linhas gerais, a principal falha da série na questão técnica – além do erro óbvio de tratar a contaminação radioativa como se fosse uma doença contagiosa -- consiste na argumentação de que as deficiências de projeto do reator nuclear RBMK (sigla em idioma Russo para Reator de Alta Potência com Canais), que em circunstâncias de erros operacionais graves (continua ...)
(continua ...) mas atribuir-lhe toda a culpa pela ocorrência do acidente é muita apelação ideológica, tanto quanto aquela mais antiga, que se utiliza recorrentemente desse mesmo desastre para condenar os usos pacÃficos da energia nuclear como um todo, omitindo deliberadamente os problemas ambientais muito sérios advindos do uso de termoelétricas a combustÃvel fóssil ou de hidroelétricas de grande porte. (continua ...)
Não foi por acaso que a série Chernobyl constituiu um grande sucesso que despertou tanto interesse e polêmica. Aspectos polÃticos, históricos, culturais e técnico-cientÃficos se entrelaçam no assunto abordado nessa série, o que torna possÃvel a abordagem do conteúdo exibido sob os mais diferentes pontos de vista. Minhas impressões sobre essa série são apresentadas a seguir. As crÃticas polÃticas ao sistema soviético, vigente à época, pela atuação frente ao desastre, são pertinentes, (continua..)
E a região afetada pelo desastre da usina nuclear de Fukushima, em um pais rico como o Japão? Nem foi citado né?Imaginem o que ocorreria no Brasil.
Grande exemplo de desinformação foi a Alemanha abandonar a energia nuclear e insistir investindo em carvão nacional e gás russo.
Exatamente, foi uma desinformação, a energia nuclear é mais limpa e segura que os combustÃveis fosseis, com a vantagem extra de não alimentar Moscou.
Alemanha é, a despeito disso, considerada um grande exemplo internacional pela polÃtica agressiva de investir em solar e eólica. Ano passado essas fontes contabilizaram mais de 40% da geração total de eletricidade do paÃs. Nada mal pra um paÃs que usava muita nuclear e fóssil há pouco tempo atrás.
O fÃsico só esqueceu de dizer o que fazer com toneladas de luxo radioativo da usinas nucleares.
Nenhum problema se ficar debaixo de sua casa bem guardadinho.
Joga num canto e deixa lá. Qual o problema?
Sou fÃsico. Garanto que sabe-se muito bem o que faz com esse lixo. O processamento e reaproveitamento do material altamente ionizante é muito bem estabelecido. Pesquise. Se não entende a função de uma usina nuclear só pense o seguinte uma Usina Nuclear de 1 Gw produz 30 toneladas de lixo por ano. Já uma a carvão com o mesmo potencial energético produz 300 000 toneladas de lixo por ano. Ou seja polui 10 000 vezes menos.
Desinformação e fake news. Bolsominios vao gostar
Há exagero em dizer que a série mostra que a radiação causaria contágio. No caso especÃfico que o articulista comenta, trata-se da história real da esposa de um dos bombeiros que chegou primeiro para combater o incêndio do reator 4. A história dela está no livro "Vozes de Tchernobyl", é o seu relato em primeira pessoa, registrado pela Nobel de Literatura, Svetlana Alexijevich. Não é invenção da série. A série não culpa a energia nuclear, culpa a burocracia da extinta URSS pelo desastre.
Discordo totalmente. Quem propaga desinformação são paÃses como a Rússia, que possivelmente, não tinha competência para ter usinas e o fez. Pior, escondido de todos, como tudo por lá e quando deu errado, achou que estava lidando com pólvora. O mesmo acontece conosco: quem, em sã consciência, acredita que nossas usinas são comandadas por pessoas sérias? Com indicações polÃticas do nÃvel que temos? A descrença está na competência. Basta ver o Japão p entender.
As crÃticas são bem fundamentadas para defender a energia nuclear. Entretanto, quando utilizada a água do mar, durante o processo produtivo da energia nuclear, esta é devolvida mais quente e pode ocasionar danos para fauna e flora marinha. A contaminação dos rejeitos radioativos permanece nociva no meio ambiente por milhares de anos. Recipientes de chumbo ou concreto são constantemente monitorados para evitar a contaminação do meio ambiente. Alemanha e Japão decidiram reduzir a energia nuclear.
queria ver se aquele magma tivesse atingido a água dos reservatórios?
Esses números sobre a saúde são subnotificados. É bom lembrar que na época do acidente o governo não era nem um pouco transparente. Fez-se pesquisa sobre contaminação das águas e animais? E mais: quero ver quem vai querer ter uma usina nuclear produzindo rejeito radioativo do lado de casa. É bom lembrar que termelétricas tb são bem poluentes, haja vista os casos de falecimento e sequelas geracionais q se tornaram notórios contados em Erin Brockovich.
A série é maravilhosa! Das melhores coisas que já vi! Um eventual exagero em relação às consequências da radioatividade não chega a atrapalhar. Mesmo porque, fica claro que nenhum dos personagens sabia com certeza a real dimensão do desastre ( nem para mais, nem para menos)
Porquê o Netflix, não faz uma serie do agente laranja ou mesmo da Bomba atômica que os EUA já lançaram em Guerras em Invasões e guerras que já se meteu?
Ótima coluna. Somente um acidente numa hidrelétrica nos EUA em 1977 (Kelly Barnes) deixou 39 mortos, além de devastar uma grande região, mas esse tipo de acidente não repercute como Chernobyl e Fukushima. É um pouco como acidentes de avião x automóveis.
Ótima coluna mesmo. Acho que a repercussão, neste caso, tem mais ligação com a geopolÃtica mundial e a indústria cultural de propaganda do que com o simples impacto imediato, até porque as proporções de mortes são semelhantes nos acidentes entre diferentes matrizes energéticas, o que não acontece não acontece entre carros e aviões.
Curiosa a omissão da energia renovável hidráulica na comparação que o cientista faz da energia nuclear com renováveis. Em um paÃs rico em água como o Brasil, esta tem sido sempre a forma prioritária de energia, mas tem sido mais e mais demonizada nos últimos anos.
Na construção da barragem de Itaipu morreram cerca de mil pessoas em acidentes ou problemas de saúde vinculados ao trabalho em um perÃodo de dez anos, segundo disse à Agência Efe uma fonte de Itaipu, que pediu para não ser identificada - 4 de nov de 2013. - exame.abril.com.br - mundo.
infelizmente o artigo omite, o que a série também omitiu, e que não é nenhum segredo de Estado, e que a mÃdia também faz questão de omitir : a maioria das crianças afetadas pela radiação no incidente de Chernobil, foram tratadas e curadas em CUBA !
A tecnologia médica cubana é excelente para casos em que tudo que é necessário fazer é esperar. Bem lembrado!
Muito bem colocado.
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