Elio Gaspari > A questão do conteúdo dos grampos persiste Voltar
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O conteúdo das conversas tem que ser publicado, sim. Temos o direito de saber como os integrantes da Justiça deste paÃs trabalham durante os processos, ultrapassando os limites da Lei.
Moro Safadao Dellaninho Mallandrinho.
Em primeiro lugar, nenhum jornalista sério deve publicar material de fonte desconhecida ou anônima, até porque ele não tem como comprovar a autenticidade. Em segundo, o direito de não revelar a fonte não deve ser absoluto. Esse direito deve ser apenas para origens e fontes lÃcitas. A imprensa não pode ter o direito de ocultar crimes e proteger criminosos.
Falaste besteira.
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O fundamental é que as mensagens estão divulgando muitas informações sobre as atividades tendenciosas dos procuradores, se beneficiando de informações privilegiadas com ganhos por palestras indevidas.
Mesmo sendo verdadeiras as informações divulgadas pelo Intercept e, eventualmente, comprometedoras para os agentes do Estado, elas não podem ser usadas nos processos que correm na justiça. Seriam provas ilÃcitas. Interceptações ilegais de conversas ao telefone e invasões de conversas privadas constituem crimes graves (Lei 9.296/96). Seus autores devem ser severamente punidos. Last but not least, in Moro, I trust.
Não é bem assim. Uma prova ilÃcita pode não levar a uma condenação, mas pode reverter uma condenação anterior se a prova, mesmo ilÃcita, demonstrar um erro no julgamento. Suponha que numa condenação por assassinato decorrente de diversos testemunhos. Mais tarde se descobre, ilicitamente, que os testemunhos foram mentirosos. O julgamento é anulado.
"Resta saber se Glenn Greenwald conhecia a extensão do crime de sua fonte. Essa é uma perna da questão." cabe ao colunista se perguntar se neil sheehan, articulista do NYT que publicou os "pentagon papers", deveria desconhecer que dan ellsberg os havia surrupiado dos escritórios da rand corporation, para que sua publicação no jornal fosse legÃtima. elio gaspari se arrisca em suposições perigosas contra o jornalismo.
A ideia de destruição das provas cheira mal não. Moro cheira mal!
Realmente. Ele deve cheirar a enxofre para essa bandidagem...
Engraçado um jornalista experiente como EG acreditar na história dos hackers de Araraquara.
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