O comentário chegou perde de descobrir um ciclo: Os dependentes de políticas públicas, como qualquer pessoa, votam para proteger suas necessidades. O ciclo surge quando essas eleitos transformam essas projetos em Políticas de Perpetuação da Pobreza, os pobres são mantidos e as pessoas abarcadas nesses projetos aumentam sistematicamente, elegendo novos políticos dependentes de PPPs.

o autor faz uma análise equivocada. os governadores hoje em dia tem pouco poder sobre os municipios. o fato é que as oligarquias tradicionais do nordeste desmoronaram a partir do governo FHC, quando a transferencia de recursos, sejam eles pela via voluntária ou por meio de convenios, passou a ser feita diretamente aos municipios. com isso, houve a possibilidade de governantes em tese progressistas conquistarem municipios e darem apoio a governantes também em tese progressistas.

Em que pese outras dimensões políticas, regionalismos e costumes, menos ideológicos e sem passionalismos, em busca dos 'incentivos múltiplos' aderentes ao poder, é o voto das necessidades básicas - imposição da pobreza secular da miséria nordestina. .../Claudia F.

Ou seja, para atender aos seus interesses imediatos, o eleitor mediano nordestino pode migrar do lulismo para o bolsonarismo.

Infelizmente, no Brasil, sempre foi assim. Se na época da escravidão os escravos pudessem votar, uma parcela votaria em seus senhores, por exemplo: se a Princesa Isabel estivesse sido candidata à presidência da República, provavelmente ela teria sido eleita. Aqui o voto sempre foi manipulado ou o eleitor vota em quem lhes ativa migalhas bolorentas e não em quem poderia distribuir pães frescos e em abundância que são os seus direitos.