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Grande Hélio,segundo você temos visões de mundos distintas pelo meu espiritualismo,mas sou fã do seu trabalho enciclopédico à frente desta coluna.Torço, pois, para que você não entre nesse clima pesado de achar que tudo que Bolsonaro faz, pensa e diz está errado.Ninguém vence uma eleição Presidencial nas circunstâncias e condições em que o fez,se não souber o que está fazendo e onde quer chegar.Pense nisso e aguarde.Parabéns por esse brilhante artigo.Deus nos ilumine,abraço fraterno nos ateus!
Filosofismo!
Não é preciso, pois, filosofar muito. A roda já existe, embora só gire a contento em alguns lugares do eixo norte do globo. Para ilustrar esse tema, deixo-lhes com uma lição de Norberto Bobbio, filósofo italiano: ‘A liberdade e a igualdade dos homens não são um dado de fato, mas um ideal a perseguir; não são uma existência, mas um valor, não são um ser, mas um dever-ser’. Assim, Hélio, jamais resolveremos a desigualdade do mundo, nem mesmo em tratado, embora possamos persegui-la sem tréguas.
Um sistema de distribuição justo terá, portanto, que contemplar a eliminação da pobreza, por um lado (mantença compulsória padrão), e oferecer meios ao incremento de maior riqueza, por outro. Essa é a ideia que já existe no Brasil, inclusive prevista na CF, embora porcamente executada. A ideia de ‘liberalismo econômico’, trazida por Paulo Guedes para o governo Bolsonaro, é a chave para se abrir essas duas portinhas, que andavam fechadas a 7 chaves nos governos petistas. (finalizo acima)
O marco zero do pensamento sobre a igualdade, material e jurÃdica, remonta ao tempo da escravidão. Igual, nessa época, era que ninguém tivesse essa condição, já que todos tinham o mesmo interesse em ser livres. Desse estágio até aqui, essa perspectiva se alterou para a concepção de se aquinhoar os desiguais, na medida de suas desigualdades. Ocorre que esse pensamento requer a mão grande de um ente estatal, que nada tem a não ser os impostos que arrecada dos contribuintes. (continuo acima)
Discussão técnica? Isso é possÃvel com gente como O JB, que censura dados do Inpe? Parece que sairemos do estatismo para o anarco capitalismo, colhendo o pior dos dois modelos. Mas o colunista tem razão: sem esclarecimento intelectual, não iremos a lugar nenhum.
A realidade é que a desigualdade nunca foi tão pequena no mundo. Pensem na Idade Média. A outra realidade é que apesar dos belos discursos, ninguém quer igualdade de verdade. Lembra o experimento da sala de aula, no qual o professor resolveu equalizar as notas dos alunos. Dessa maneira o dedicado e o m/alandro começaram a receber as mesmas notas. O resultado foi previsÃvel e terminou com os bons alunos deixando de se esforçar porque não tinham mais incentivo para buscar a excelência.
Dada igualdade à partida, com saúde, segurança e escola de qualidade realmente igual para todos, impostos proporcionais à renda e taxação sobre heranças, já terÃamos (em 4 gerações) a questão resolvida.
Há um valor em viver numa sociedade mais equalitária, tanto que as pessoas tendem a morar e conviver com pessoas de sua faixa de renda. Um problema de paÃses muito desiguais como o nosso é que surgem outro(s) Estado(s) com outros costumes e ética nas comunidades mais pobres. Nossa constituição, formada para indivÃduos de padrão de vida europeu, veda a pena de morte por exemplo, mas ela existe normalmente nessas comunidades.
Quando vejo pessoas tentando dissociar a cobrança progressiva de impostos da desigualdade social, como é o caso desses "novos liberais", dá-me vontade de dizer apenas uma coisa: vão estudar pelo amor de Deus. Não é o caso do autor, obviamente.
O princÃpio democrático é de igualdade perante a lei, não econômica. Usar o poder, via taxação, p fazer a igual/e econômica é distorcer a função d custeio d impostos, como já acontece, e cria as aberrações atuais, e dar valor ao ente mais estagnador econômico, corrupto, arbitrário, concentrador e predador de renda: o estado. No capitalismo, a desigual/e é vantagem. Os ricos produtivos p ficarem mais ricos cooptam a todos p a produção. A desigual/e permanece, mas a pobreza é eliminada.
Sua proposta foi dominante e completa por 3 ou 4 décadas no século 19. Economistas, cientistas polÃticos, cientistas sociais, escritores e poetas do século 19 de várias nacionalidades deixaram uma rica literatura que nos dá noção das consequências devastadoras dessa "liberdade" para a natureza e para dignidade humana. Dá uma checada.
Quando posse e acumulo de bens viram ventre do poder evita-se a discussão, iguais somos para pagar e cumprir tudo que compõe o Estado, para receber escolhemos quem sempre esteve ou se avizinhou do poder.
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