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Minha mãe devia ter me forçado a aprender piano, e não violão como fez meu pai. Ela tocava, meu pai não. O empirismo pode não estar na base do conhecimento, mas a filosofia sempre está. Meu pai provou isso quando filosofou para mim. Fugir da filosofia pra quê?
Desculpe-me, Bruno, me dirigi ao Hélio.
A desigualdade social deveria refletir a que existe naturalmente entre os indivÃduos. Assim os melhores atletas olÃmpicos devem ser 2 a 3 vezes mais fortes ou mais rápidos que uma pessoa comum. Alguém excepcionalmente inteligente tem o dobro do QI da média. Por esse raciocÃnio, a nossa extrema concentração de renda e riqueza é uma distorção, que pouco tem a ver com essa desigualdade natural.
Bruno, você é um jornalista juito corajoso ao chamar a fÃsica quântica de "bizarrice". Corajoso porque, em breve, pode passar muita vergonha, como passaram aqueles não acreditaram em propostas de Einstein e Tesla, por exemplo. Bem, mas o problema é meu, pois, diante da onda de probabilidades, escolhi ler seu texto.
Devemos eliminar a ignorância, e reduzir a diferença entre a educação dos filhos dos mais ricos, da educação dos que foram criados em lares de famÃlias mais pobres. Só assim vamos viver numa sociedade mais justa. Distribuir riqueza não adianta nada se os que a receberem não tiverem o menor preparo tecnológico. A reforma agrária na fazenda Itamarati é um bom exemplo. A propriedade foi distribuÃda, mas a renda acabou, os beneficiados não sabiam como produzir. Sem produção não há renda.
Continuando, na verdade, o cerne do grande problema da humanidade é o desejo de poder. Qualquer solução que não permeie esse desejo não é nem mesmo paliativa. Soluções de conteúdo meramente econômico não conduzem à pacificação do espÃrito humano.
A eliminação da pobreza não se insere necessariamente entre as questões básicas da humanidade. O ponto crucial na vida do ser humano é a felicidade, estar em paz consigo mesmo, ou melhor, livre da ambição. Exemplo muito discutido atualmente é o do paÃs Butão, onde existe o Ãndice da felicidade, ao invés do famigerado PIB, para medir o progresso de um paÃs. Mesmo que esteja de barriga cheia, o homem, de modo geral, compete com o próximo por poder, dinheiro, status, mais conhecimento...
O problema proposto no artigo (pobreza × desigualdade) é sabidamente um dos fundamentos da polÃtica e da economia como ciências. Dessa perspectiva, restringir decisões de polÃticas dessa natureza a cargo somente de técnicos é estreitar o alcance social dessas polÃticas, o que me parece óbvio. Daà o elogio ao autor pela argúcia da provocação: não menos, mas sim mais filosofia! Sou economista.
Vejo a filosofia cmo o estudo e a geração d ideias. Aprecio a forma Marxista de ver a filosofia aplicada a realidade. Ele a afirma q a partir dele a filosofia tem um fim: a sobrevivencia. Assim, a filosofia deve ditar as regras pra vencer a pobreza. Seu conceito de justiça: d cada um como puder, a cada um conforme sua necessidade. Portanto, reafirma a desiguald/e economica como realidade refletida da desiguald/e entre todos. Ninguem e igual, portanto a igualdade e impossivel. Vejo c desejavel
Não existe bizarrices na FÃsica. A interpretação pode se ampliar, revelando que o que era conhecido era somente um extremo de algo maior. O dilema distribuição x pobreza tem que ser resolvido por uma ciência humana e esse é o problema. Para estudar essa ciência, o indivÃduo deveria primeiro passar em teste rigoroso de humanidade.
Uma vertente utópica desses estudiosos trata a natureza e o humano como simples produtos. Essa concepção, antes de eliminar a pobreza e enriquecer meia dúzia de indivÃduos, vai esgotar os recursos naturais e destruir o planeta. Depois a meia dúzia vai colonizar outro planeta se der tempo e tudo der certo. Aqui mesmo tem o babão, o impessoa, o shucroes e outros desses estudiosos.
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