Hélio Schwartsman > Em busca de um culpado Voltar
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Quanto os paÃses gastam para diminuir a mortalidade causada pelo comércio de drogas lÃcitas? E os bilhões gastos na repressão ao comércio de drogas ilicitas? Quais drogas matam mais? Por que não equilibrar melhor esta conta? Qual a mortalidade causada pelo uso de maconha,por exemplo?
Entendo q o estado tbem e culpado por omissão ou falha nas avaliação dos farmacos e é co responsavel pelo q se tornou epidemia. Acontece por aqui com a V Sanitaria q so apos o fato acontecer, e seria obrigação dela fiscalizar, impinge multas pagas ao estado ñ as vitimas, esta q se virem. Mas, bom lembrar, ha estudos que mostram que devido as ações contra as empresas farmaceuticas, muitas de ma fe, os preços dos remedios custam 15% mais. O mercado é que paga tudo. As empresas intermediam.
Enfim uma reportagem sem a politicagem atual brasileira.
O articulista ou o jornal poderia informar o nome desses analgésicos. Devem estar nas farmácias daqui. Aqui vale tudo. Governo, fiscalização ??? Nosso paÃs não é muito sério com relação a isso e muitas outras coisas...
É simples: codeÃna, oxicodona, hidrocodona ( o remédio em que o Dr. House da série é viciado).
Virtude sob o capitalismo é ganhar dinheiro. No matter how.
Ainda tem quem, depois de ler a reportagem, ache o capitalismo maravilhoso. Fazer o que? Os laboratóriso subornam médicos, polÃticos, prejudicam milhões de pessoas e o problema são os laboratórios? Puna-se os laboratórios, mas não são apenas eles que usam seus bilhões para corromper. Capitalismo é isso aÃ: dinheiro em primeiro lugar, sempre! Lembro dos patriotas capitalistas americanos vendendo tecnologia para o Irã há alguns anos.
A ação judicial procura quem possa pagar boas indenizações. As companhias são obviamente o melhor alvo. O custo será depois repassado aos consumidores, na venda de novos remédios mais caros, mesmo que sem maior eficácia.
As farmacêuticas foram punidas, pois produziram estudos enviesados sobre a segurança dos medicamentos. Bem feito. Mas isso jamais aconteceria num sistema fora do capitalismo, sobretudo sob a mão de ferro de sociedades fechadas. O milagre do capitalismo é justamente operar em sociedades abertas e mercados livres.
Você confinde capitalismo com democracia e tira conclusão oposta ao que o texto demonstra. O capitalismo é que gera as maracutaias. E nele que as grandes empresas e sistema financeiro se apoia para parasitar o Estado (mÃnimo pra os demais, mas nunca para elas), corrompe a classe polÃtica em busca de subsÃdios e perdões de dÃvidas. Sem falar que destrói a solidariedade social com base em seu individualismo tacanho. Tudo somado, não é um sistema virtuoso.
A culpa não é dos laboratórios nem dos médicos. Os opioides estão entre as descobertas mais importantes da humanidade e muito úteis para quem sofre dor. Imaginem como seria sofrer fraturas expostas, queimaduras extensas ou câncer sem dispor de opioides. A culpa, evidentemente, é de quem usou os opioides sem seguir as recomendações médicas. A diferença entre remédio e veneno está na dose. Em excesso, até água mata.
Infelizmente não resolve, Paulo. Deslocar a responsabilidade de um conjunto de variáveis para a vÃtima final desse conjunto leva a conclusões inválidas, como a minha última. A moça bonita não é culpada pelo estupro, nem quem é roubado na rua é culpado por carregar dinheiro. É esse o ponto que eu, ironicamente, reforcei no comentário. Não houve intenção de ofender, mas de tornar "evidente" o meu ponto.
Caro Marcos, se eu tirar o "evidentemente" fica tudo bem? Então pode tirar. O que é obvio para mim pode não ser óbvio para todos os outros.
Prezado Paulo, pois é. Uma pergunta simples tende a gerar respostas "evidentes": o soldado morre em batalha porque ele, evidentemente, não foi hábil em desviar-se do projétil. O motorista do carro autônomo morreu no acidente porque ele, evidentemente, não deveria ter confiado no produto. O colega comentarista defende um raciocÃnio simplório porque, evidentemente, tem desprezo pelos concidadãos, nenhuma empatia, e é má pessoa. Seguir esse caminho não funciona, evidentemente.
O problema parece ser da pergunta, caro Hélio. Se perguntamos "quem é o culpado?", teremos como resposta "estes infames capitalistas produtores de fármacos" - e podem até sê-lo. Pergunta simples, resposta simplória. Se perguntamos "como uma sociedade pretensamente civilizada esculpe uma crise de tal proporção? Qual a natureza de nossa disfuncionalidade?", a resposta será outra: pergunta complexa, resposta dolorosamente idem, aplicável a esta e outras situações. Mas quem é que vai encarar?
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