Elio Gaspari > O Ministério Público precisa saber o seu lugar Voltar
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Uma utilidade da Vaza-Jato, para uma parte importante do "andar de cima" (tipo o ilustre colunista), parece estar se consolidada: agora podem bater na república de Curitiba, dizendo que só agora ficaram sabendo! Serve igualmente ao ministro Gilmar Mendas, que antes recriminava os procuradores quando esses se aproximavam de seus polÃticos de estimação. Afinal, afastado o PT do poder, agora precisam destruir o tumor que alimentaram até aqui.
Esse é o sentido da coisa, comentarista Bianconi. Acertou na mosca!
Não há dúvida de que um MP forte e independente,que investigue tudo e todos,é essencial.Mas o MP de Dallagnol e companhia gosta é de poder e privilégio,e usam uma retórica nobre pra buscar manter seus privilégios e aumentar seu poder.
Tarde demais, Gaspari. O monstro MP cresceu demais e está sufocando o Brasil.
Posso não concordar com tudo o que o eminente jornalista escreve, mas devo confessar que me delicio sempre que leio esta coluna. É viciante. Madame Natasha ensinando aos çabios os conhecimentos do Eremildo.
O MPF livrou o Brasil de alguns piratas que fizeram butim no erário! Só pelo retorno de dois bilhões para os cofres públicos é de ser enaltecido esse “Monstro”! Alguns , dos representantes do MPF,cometeram pecados veniais ao passo que os piratas ( todos, sem exceção) cometeram pecados mortais! Alguns dos piratas estão muito bem trancafiados!
Mimadinhos.
Mimadinhos? Ah são os piratas que fizeram butim no erário!
Do jeito que somos venais e corporativistas, herança do colonialismo e do escravismo, nossas instituições não têm futuro. Jamais nos mantemos — rarÃssimas são as exceções — nos estritos limites da ética e da lei. Nosso caso é psicanalÃtico. Os brasileiros precisamos ir para o divã, para encararmos essa cultura histórica. Diante dessas caracterÃsticas percebe-se a facilidade com que engendramos conflitos extralegais, e nos tornamos presas fáceis da geopolÃtica dos paÃses lÃderes.
Perfeita a sua avaliação Luiz Paulo. Em todos os setores da vida brasileira, estamos sempre a procura de atalhos para burlar a ordem.
O Ministério Público, a PF, A Magistratura, a Receita são carreiras em que se ingressa por concurso (exceção feita ao quinto). São seres humanos com ideias e ideologias. Quem permitiu a Lava Jato não foram as nstituições, mas a manipulação da opinião pública maciça por mÃdia e redes sociais, que deram muita voz a um lado apenas, que criaram o "monstro". IlegÃtima não é a escolha, é o mandatário.
Sepúlveda Pertence, nos trabalhos que prestou à Constituinte em 1988, ao analisar o texto referente ao MP, vaticinou: "estamos criando um monstro". Acertou.
Essa mesma imprensa instituiu os procuradores, assim como o "ex-juizeco" de Curitiba, como os grandes salvadores da pátria, os verdadeiros paladinos da justiça. Também queria o fim do petismo no poder. Partilhou da grande farsa, já denunciada por pouquÃssimos jornalistas não vendidos a esquemas de poder. Os mesmos articulistas, que hoje se tornaram tão crÃticos do que aà está, contribuÃram, pela omissão ou contemporização, com os golpes dados à s leis, à Constituição. Deveriam se envergonhar.
Antes do vazamento do Intercept, não houve, durante o governo Dilma, qualquer opinião do colunista a respeito das perseguições escancaradas contra Lula ou Dilma. Talvez, se Dilma Rousseff demonstrasse a força do Estado contra a FSP, como foi feito por Bolsonaro há poucos meses, o colunista teria se manifestado. Perante os fatos históricos, usados pelo colunista de acordo com sua conveniência, fica perceptÃvel que o dito-cujo gosta mesmo é de um Estado opressor. Não tem santo nessa história.
Como sempre irretocável. Descreve com exatidão o MP tal como se tornou e é. Essa excrescência de lista trÃplice significa facultar ao presidente: " case-se com quem quiseres desde que seja com Maria, Joana ou Serafina". Costume constitucional? Piada pronta. Vão catar coquinhos.
O colunista só não cita a conclusão, a ação ilegal definiu uma eleição. E claro, o eleito, preferido por eles não é bobo, escolheu quem acha que pode colocar freio na farra. O que lhe ajuda a proteger os seus de investigações legÃtimas que passam a ser narradas.
O corporativismo do MP é fato e Elio coloca-o. Apesar disso e dos deslizes cometidos, mensagens do intercept etc., a Lava Jato tem um saldo positivo gigante por ter punido gente por corrupção, onde isso nunca acontecera. Daà sua popularidade, afinal o povo sabe que os procuradores não trocavam mensagens para roubar. O governo vai jogando fora essa bandeira, outros vão pegá-la e quando isso acontecer vão perder o poder.
Tecnicamente, textos como este não têm reparos. No fundo, todos se sentirem incomodados porque o andar de cima, sempre inimputável, foi atingido. Esse marco extraordinário ninguém vai conseguir tirar da Lava Jato. E a popularidade de Sérgio Moro atesta que a Sociedade, salvo o andar de cima, está com ele para o "desespero" de muitos articulistas.
Quem mora em prédio sabe : Um prédio só vive em harmonia quando os moradores da cobertura conversam harmoniosamente com os moradores dos demais andares . Quando isto não acontece , reina a desordem , a insegurança , o mal estar .
Muito bom seu comentário. Se um dia ganhar um prêmio da mega, comprarei um apartamento de cobertura e vou praticar essa harmonia na conversa com os demais moradores...ou não!
Mesmo diante da Lei 4.898/65, que trata do Abuso de Autoridade, essa "casta" do Estado brasileiro já deveria ter sido punida, pois usam e abusam do poder.
Análise perfeita. Como sempre você consegue enxergar como o MP se acha acima dos homens e das suas leis.
No alvo, Élio Gaspari.
Como disse o Jucá: o acordão ter que ser com todo mundo. Agora com a FSP junto parece que o acordo ficou completo. Sob as bençãos do Edir.
Um ex-presidente mexicano se lamentava afirmando que o México estava longe de Deus e bem perto dos Estados Unidos. Aqui no Brasil, por analogia, se diz que os Bacharéis em Direito estão perto da Lei e longe da ética. É só observar a questão Aras e a mania dos nossos causÃdicos usarem indevidamente o tÃtulo de Doutor. DifÃcil para eles, por conveniência, entenderem que Doutor é um tÃtulo acadêmico.
Prezado Luiz, que lembrança oportuna e rica!! Vivas ao BrÃzido que a elicitou.
Quando Deus formou o mundo, Pra castigo de infiéis: Deu ao Egito gafanhotos, Ao Brasil deu bacharéis. (Tobias Barreto, 1859)
Há gente séria de excelente formação e experiência falando do desastre que essa operação causou ao paÃs. Dizem que é absurdo que algumas pessoas tenham jogado o paÃs numa crise sem precedentes apenas com o absurdo intuito de promoção pessoal. Defendem até cadeia para os integrantes da Lava Jato, inclusive para o ex-juiz Sérgio Moro, em razão das criminosas violações das leis e por atentarem contra o direito constitucional e democrático da nação de escolher seu Presidente livremente.
Mas discordo do colunista quanto à dispensa da lista trÃplice. Se a escolha for baseada no mérito daquele que mais conseguiu puxar o saco do mandatário de plantão, negociando facilidades e compromentendo a imparcialidadem mesmo que questionada, do MPF, então é um erro crasso. Melhor seria manter a tradição. Sem falar que este processo seletivo baseado no puxa-saquismo produz fissuras no MPF.
A sociedade deve ter poderes para fiscalizar, cobrar resultados, avaliar o desempenho e inibir distorções. Hoje, eles tem superpoderes, para o bem e para o mal. A eficácia de alguns núcleos, não esconde a convivência e ineficácia da maioria. Ainda estamos órfãos...
O MPF tem mais que o dobro de membros que tem o Congresso Nacional. Os salários são equivalentes aos de deputados federais, se não for maior. E como os deputados, também tem verbas de gabinete e mordomias. É de se perguntar se o que produzem paga o custo global. Concordo com o colunista quanto ao corporativismo e prepotência, também presentes na PF. A lei contra os abusos dos poderosos vem em boa hora e será um divisor de águas entre o executivo e o congresso.
Diante mais de sessenta exigências da agência ambiental de SP para liberar a construção de um túnel submerso, ligando Santos ao Guarujá, o HMPEH-entrou com Ação Judicial com apenas UMA das exigências e bingo, perdeu a ação, e prejudicou os moradores atingidos. Um professor da UNICAMP demonstrou o erro q seria, construir um túnel no meio da cidade. O certo seria uma ponte na entrada da região. A sociedade deve ter poderes para barrar essas "distorções".
Então não cabe aos estudantes debaterem uma escolha legÃtima de reitor feita pelo presidente. Ponto
Na Idade Média, havia guildas de tudo. Padeiros, marcineiros, pedreiros, carniceiros, botiqueiros, ferreiros. Agora, século XXI, parte expressiva do MPF, fundou sua guilda. Guilda das autoridades.
Prezado Adonay, o que dói ainda mais é que, funcionalmente, pedreiros e ferreiros não têm obrigação institucional de zelar pelo Público, coisa que o MP tem. A Guilda das Autoridades carrega consigo essa contradição venenosa, que os farmacêuticos e açougueiros não carregam: defendem a si, quando deveriam defender-nos. É desanimador. Você já ouviu a expressão "desamparo aprendido"? O organismo, frente a incoerentes reforços e extinções, deixa de comportar-se. Temo chegarmos a isso.
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