Bruno Boghossian > No Peru, desgraça política vira desculpa para fragilizar democracia Voltar
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Crises como as do Peru são próprias do presidencialismo. É raro num sistema parlamentarista uma crise deste tipo. Boris Johnson é uma excessão, pois não quer obedecer as decisões do parlamento, nem este pedir um voto de confiança. No parlamentarismo estas crises quase não existem. Quando um governo não agrada o parlamento este faz voto de confiança, e destitui o poder executivo. No presidencialismo o presidente é um reizinho que pode tudo, e acaba em crise, como hoje com Trump.
O que fragiliza a democracia é a corrupção que exportamos para nossos vizinhos através da ação do garoto propaganda de empreiteiras que hoje se diz injustiçado. No Peru foram envolvidos com as nossas empreiteiras os presidentes Alan GarcÃa (suicÃdio), Alejandro Toledo (considerado um fugitivo da Justiça desde 2017), Ollanta Humala e Pedro Pablo Kuczynski.
PolÃtica internacional é peculiar a cada povo e o próprio paÃs. Não é regional e os exemplos na Europa mostram isso.
Não só no Peru, né
Só pra registro, como desgraça pouca é bobagem, o congresso é controlado pela extrema direita. As supostas ações anticorrupção aqui e em outros paÃses jogaram as nações na instabilidade polÃtica. Tudo porque travestido de combate à corrupção o que havia é uma nova forma de fazer polÃtica longe das urnas. A elite latino americana inovou mais uma vez para manter o poder.
Como escreveu o velho Simon Bolivar - A América é ingovernável. Ou ainda- Quem faz polÃtica aqui, ara no mar. O Brasil fica na América?
Parece não ser exclusividade do Peru. Observe-se, mutatis mutandis, a dupla Bozo-Moro...
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