Reinaldo José Lopes > Citados como exemplo por Mourão, bandeirantes eram empreendedores da morte Voltar
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O reconhecimento dos erros e acertos daqueles que nos antecederam, demonstra o quão avançamos em nossa civilidade. Ainda mais quando o dito progresso ou desenvolvimento, foi à s custas de vidas, que para muitos são parte do sacrifÃcio necessário.
Complementando meu comentário: os ideais iluministas que guiaram os "founding fathers" da República Americana não existiam no século XVII, época das Bandeiras, mas mesmo assim os iluministas americanos cuidaram de dar um jeito para que a guerra aos Ãndios não fosse imoral: como disse, trataram os povos indÃgenas como estrangeiros, e portanto a "guerra" se tornou uma "guerra de conquista". A conquista de territórios e a escravidão como modo de produção não são criações dos Bandeirantes.
Reduzi-los a escravagistas de indios, se o seu texto fala em produção de trigo e guerras, é no minimo, incoerente.
Neste governo quase tudo é indefensável, mas encontrar um viés de releitura da história para fazer crÃticas soa quase como picuinha pueril e rasa. É clara a intenção de desqualificar o mensageiro mais do que a mensagem.
Lendo os comentários, deduzo que de uma coisa o Reinaldo pode se orgulhar: seus textos são lidos por gente que pensa.
O Colunista comete um erro comum da intelectualidade brasileira de querer medir a ética de homens do século XVII com a régua do século XXI pós-Freud. Pegando o exemplo dos nossos vizinhos ricos, os EUA, eles declararam guera aos Ãndios, e nem por isso a conquista do Oeste é tratada como página desonrosa. O cacoete da "luta de classes" atrapalha a análise mais lúcida do momento histórico, e em alguns casos até o discernimento.
Os Bandeirantes não tinham escr upul os e não eram empreendedores. As sass inos, muitos deixavam roupas de pessoas com variolas para os indios... E depois, vejam só, ocupavam as ''terras ociosas''. Na essência, nada muito diferente de hj.
Os Bandeirantes não tinham escrupulos e não er
O articulista utiliza uma tese controversa de um doutor da Unicamp para encontrar motivos para criticar o vice-presidente Mourão. É forçar a barra demais e demonstra como a ideologia turva a visão.
Cada palavra dita por Mourão é verdadeira. Foram os personagens citados que, de fato, construÃram o Brasil. Em nenhum momento Mourão disse que eles não apresaram Ãndios ou cometeram assassinatos. Raposo Tavares foi um dos grandes heróis da nossa história, realizando a primeira viagem pelos contornos do que seria o Brasil. Saiu de São Paulo, passou perto do Paraguai e subiu para a Amazônia, fazendo contato com falantes do espanhol. Desceu o Amazonas e chegou a Belem, de onde voltou para São Paulo
Rasposo Tavares viajou a pé e de barco por mais de 10.000 km, enfrentando a fome e as doenças. A maior parte de sua tropa morreu pelo caminho. Os bandeirantes tinham coragem de empreender essas marchas e engenhosidade e persistência para lidar com os problemas que fossem aparecendo e paciência para sofrer as agruras do caminho. Seus atos foram legais na época. Não se pode julgar pessoas de outros séculos pela ética de uma sociedade formada por bundas-moles politicamente corretos.
Há coerência na fala de Mourão. Depois de 1500, com a chegada do invasor português, representando a cultura ocidental cristã, implanta-se nesta terra o negócio lucrativo. Invadir, plantar, escravizar Ãndios e negros. O feito dos Bandeirantes dá à atualidade a possibilidade de lucro e destruição do cerrado. Hj vemos à continuidade da história do lucro. Invasão e lucro.
O artigo pretende mudar a história! Verdadeira ou não, essa é a história ensinada nas escolas. Sugiro também escrever sobre a colonização portuguesa em nosso paÃs.
É desesperador para muitos que se o número 1 sai...o número 2 mantém o mesmo curso...novos ventos sopram em nosso paÃs...
CertÃssimo, essa "raça de gigantes", chamada assim por A. Saint-Hilaire, realmente além de desalmados escravocratas, foram genocidas cruéis. É, mas se não devemos enaltecê-los hoje, também não devemos deixar de situá-los em seu tempo e suas ações não diferem de seus coevos daqui e d´além mar.
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