Opinião > Raízes do autoritarismo brasileiro Voltar
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A imaginação enriquece a ficção, mas pode ser desastrosa na análise sociológica. Bolsonaro não se veste de coronel para conquistar eleitores. Prova disto é ter perdido nas terras dos coronéis, ou seja, em todos os estados nordestinos.
Coronelismo ñ é exclusivo de uma região do Brasil e tb ñ é somente um personagem do Jorge Amado, nem exclusividade da direita ou da esquerda: a chave central do corolenismo é, por exemplo, uma mistura de patrimonialismo (indicar um filho como embaixador) e mandonismo (dizer que vai indicar o filho porque quer, acima de oitras instituições democráticas). Sua opinião demonstra preconceitos e falta de entendimento de um fato social maior...
"Acuse-os do que você faz, chame-os do que você é”.
Os coronéis do Centrão e do PT querem o impedimento de Bolsonaro. Os coronéis dos sindicatos, das Ongs, do funcionalismo público de elite, do empresariado amigo, querem seu pescoço. A mÃdia marrom e a academia porta-vozes do neo-coronelato fazem de tudo para desmoralizar Bolsonaro. Para não sofrer um golpe dos coronéis foi obrigado a ceder aos ministros do STF. E "Bolsonaro é um coronel".
Não, na sua análise, "Bolsonaro é um democrata, um homem afeito ao pluralismo e a diversidade de ideias". Suas opiniões seriam cômicas se não fossem trágicas!
O coronelismo foi autoritário, mas nem todo o autoritarismo é "coronelesco". Um dono de partido como foram Brizola, como ainda é o Lula, e como tenta ser o Bolsonaro, é certamente autoritário, mas não baseia sua força em propriedade fundiária, como era tÃpico dos coronéis.
O coronelismo e o autoritarismo não são aberrações que aparecem do nada, mas o resultado de um traço cultural do Brasileiro que tem raÃzes no feudalismo Europeu. Quem tinha terra, tinha poder e quem tinha poder, tinha terra. Está presente em todas as camadas da sociedade, desde a jovem mãe que faz questão que a babá trabalhe uniformizada, até o latifundiário que se acha no direito de explorar o trabalho escravo. A mesquinhez dos coronéis da polÃtica explica o combate à s novas lideranças.
O pior é que o doutrinador, acostumado a enfeitiçar adolescentes, nem consegue estabelecer alguma lógica na sua argumentação doutrinária: "O poder entralizado de poder foi construÃdo garantindo o controle das elites nas instituições", exatamente com o Governo acusarado de "brigão" e de estar se isolando por insistir no desmanche do atual status quo. Xô pete.zada!
As redes sociais gestaram a revolução na polÃtica nacional libertando o eleitor da opinião pré formada pelos neo-coronéis, de esquerda e de direita, e empurrada goela abaixo da população por seus braços de contra informação, mÃdia marrom e a academia ideologização. Aà me vem o "sociólogo" pete.lento me dizer que é o contrário. Decerto quer recuperar o mérito intelectual em descrédito da mesma forma que outros milhões que conquistaram cargos unicamente c/ o ativismo socialista como ferramenta.
Mas qual revolução ? Qual o conceito de revolução !
Para citar apenas dois livros, Coronelismo, enxada e voto de Victor Nunes Leal (1949) e Os donos do poder de Raymundo Faoro, lamentavelmente continuam atuais como nunca, pois o mandonismo e o coronelismo, duas chagas que desde a colônia, barram o porvir deste PaÃs em agonia eterna.
Um paÃs em pleno atraso e com poucas perspectivas de significantes progressos.
Não é fácil você chegar a estar em uma das mais excludentes sociedades do planeta. São séculos de cultura coronelista para se chegar onde estamos, com poucos progressos desde o Brasil colônia.
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