Hélio Schwartsman > Chile põe o liberalismo em xeque? Voltar
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Caro Hélio. Talvez a resposta esteja com o meu ex-professor Delfim Netto em sua matéria de ontem
Arnaldo, muito bom o texto do prof Delfim. Não havia lido. Agradeço a dica. ;)
Acho que os dados e que estão superestimados. A realidade e bem outra. Se o povo estivesse bem não sairia as ruas pra apanhar da policia e do exercito. Quem faz o levantamento dos dados pra chegar a essa analises? O concreto e que o povo esta passando fome ou na eminencia de passar. Se verificarmos todas as revoluções ao longo do tempo. Em todas elas a fome foi o motor principal. Porque seria diferente no Chile? So porque tem uma planilha que diz que diminuÃram as pessoas na linha de pobreza.
A EstatÃstica é engraçada, a coluna do Prof. Marcelo de hoje aponta diferentes formas de se 'enredar' nela. Parece que é o que se deu com Hélio - Usar renda 'per capita' em uma argumentação sobre desigualdade cria um nó lógico - média não é bom instrumento para se descrever diferentes. Talvez não seja solução, seja problema! rs. ;)
Que tal então os seguintes dados: 1) A dÃvida do governo é quase nula, e o orçamento é equilibrado. 2) O Chile tem a educação mais bem posicionada da América Latina pelo ranking do PISA. 3) É o paÃs com maior cobertura de saneamento básico da AL. 4) Tem a menor taxa de homicÃdios da AL, com nÃveis próximo a paÃses de primeiro mundo. 5) É o único paÃs latinoamericano com expectativa de vida acima dos 80 anos. Se esses indicadores não forem suficientes posso passar muito mais.
Indices e tabelas e planilhas, e a realidade? No Chile me parece que a população mais pobre, talvez tenha saido da linha da pobreza, porém não consegue pagar saude, não consegue pagar educação para os seus filhos, e quando se aposenta aumenta a população abaixo da linha da miséria. De que prosperidade Schwartsman está falando. Acho que esta falando da prosperidade ideológica, onde seres humanos são substituidos por Ãndices macro economicos. Isto é a definição de liberalismo.
Ótima análise Frederico, concordo com você.
...sempre é possÃvel visualizar a estorinha do ‘crescimento do boloÂ’ (desenvolvimento positivo) e a posterior repartição do mesmo, visto que é resultado da participação de todos. Acontece que quando o bolo crescendo e bonito já esta comido bem antes de ser repartido e, o que sobra é repartição de migalhas, promessas e a tal esperança seja lá quais forem as explicações polÃticas, sociais,.....
...sem duvidas. O que geralmente fica em suspenso é, mesmo argumento do bolo no Brasil, se cresceu e determinado grupo de pessoas enriquecerem muito bem por quê no decorrer do processo outros não tem partilha se contribuem para o desenvolvimento e sim com as migalhas?
José Vanzo, as médias estão ótimas, mas não são pessoas.
Se a rendado chileno partiu de 11,3 mil dólares per capita para 26,3 mil(crescimento de 133%) e a pobreza caiu de 36% para 8,6%(decréscimo de 76%) não cabe falar em migalhas.O desafio sempre está na distribuição como bem expõe o articulista.
Preciosa registro das explicações neoliberais para a desigualdade. Ela não é causada pela dominação de um pequeno grupo de empresários que controla o sistema sócio-polÃtico em busco de lucro retirado do trabalho da maioria da população, mas de suposta natureza humana perversa de apetites insaciáveis. Assim acusa a maioria de algo que é intrÃnseca ao sistema capitalista, e portanto uma caracterÃstica do empresariado: a busca incessante de mais e mais lucro.
Não acho que o homem tenha apetite insaciável.Acho que é com o advento do capitalismo, que procura suprir todas as necessidades humanas, no desejo de cada vez mais lucros , cria infinitas necessidades, tem produção chamada destrutiva, etc. Insaciável não são os homens;é o capital
A mesma estrutura econômica que gerou avanços também concentrou ganhos, gerou desigualdade. E, com ela, a sensação bem objetiva de desconforto, de mal-estar. As contas às vezes custam a chegar, demoram a fechar na cabeça dos que têm menos. Mas chegam. As do Chile acabam de chegar. O liberalismo, ao contrário do que se acredita, é o mais irracional dos regimes econômicos.
A imprensa do desacerto está sempre equivocada. Os tontos acham que são os "polÃticos", o "Estado", etc, que aumentam PIB, IDH, etc. São Deus! "Estado" e um passivo. Não produz nada, não exporta, não gera empregos. O que torna uma nação rica é sua elite pensante ( livre iniciativa, inventores, academia,etc). Pergunta pra qualquer criança americana quem foi mais importante para nosso sucesso econômico, George Washington a Trump, ou Rockfeller a Gates?
Ah, é, senhor "não preciso do Estado"? Quem é que formou a maior parte dos trabalhadores? O Estado. Quem os manteve em condições de saúde (talvez até hoje) que os permitem produzir nas empresas? Quem investiu em pesquisa básica e permitiu a educação dos inventores e acadêmicos? Quem regulamenta e fiscaliza a produção, garantindo que os produtos nacionais sejam aceitos em mercados internacionais exigentes? O Estado!
Vamos colocar objetividade na análise, o Chile, com ditadura,se tornou o paraÃso para o capital privado, privatizou tudo, detonou as aposentadorias e reduziu dramaticamente os direitos trabalhistas, o aumento da desigualdade é o desdobramento do caminho trilhado, agora, a maior parte da população não tem recursos para cuidar da saúde, educar os filhos com qualidade e os aposentados são os que mais se matam na AL, precisa mais para atestar o fracasso?
Exatamente, não são o nÃvel de renda nem a desigualdade que explicam a insatisfação no Chile. O efeito mais perverso do capitalismo sem limites implantado lá pode ser resumido em uma palavra: insegurança. Um cidadão de classe média hoje, que tem seus filhos numa escola razoável e consegue custear as necessidades de saúde da famÃlia, amanhã pode se ver desempregado e desamparado, sem nenhum suporte social. Os jovens já se formam endividados. E como planejar a velhice então? É insano!
Há muita confusão sobre liberalismo e economia. Quem levou à riqueza parte importante das nações do mundo foi a economia de mercado aberta ao comércio global, não o liberalismo. Não dá para se dizer que Singapura é liberal, nem a China Comunista, mas ambas abraçaram a economia de mercado. A primeira tem a renda per capita maior do mundo e a outra cresce assustadoramente. Quem leva ao empobrecimento é o intervencionismo econômico e o socialismo.
Quase que o mundo todo pratica economia de mercado, por isso, fora paÃses de centro, resto está bem ruim
Caro Hélio, aprecio muito os seus artigos. Entretanto, por favor não misture o liberalismo de Adam Smith com o neo-liberalismo, essa seita fanática de pessoas que querem a todo custo enviezar as regras da sociedade para favorecer os mais ricos. Neo-liberalismo é muuuuuito diferente de liberalismo. Use o termo correto, por favor.
Dito de outro modo, na Terra (não só no Chile), só o liberalismo salva. (Parabéns, Hélio Schwartsman, pela coluna).
Liberalismo, sim. Neo-liberalismo, não. Coisas muito diferentes.
Somente uma minoria não importante dos chilenos quer uma mudança radical. O sistema neoliberal é bom, gera riqueza, permite o desenvolvimento. Somente queremos que o sistema seja mais solidário. Chile não tem nada a ver com Cuba, Venezuela ou similares. Neoliberalismo sim, justiça social sim. O Chile nao pode ser visto com base na realidade atual brasileira, o Chile está pelo menos 20 anos a frente.
Nunca existiu liberalismo pleno. Mesmo as grandes empresas em algum momento da sua vida necessitou dos recurso do estado pra sobreviver a uma crise. Se uma minoria, então ela e bem forte e articulada. Botou o governo de joelho.
Nunca existiu liberalismo pleno. Mesmo as grandes empresas em algum momento da sua vida necessitou dos recurso do estado pra sobreviver a uma crise.
Vc está confundindo liberalismo com neo-liberalismo. Usar neo-liberalismo e justiça social na mesma frase é de doer.
Dados de Branko Milanovic, apresentados por Celso Rocha de Barros em sua coluna de segunda-feira: a renda dos 5% mais ricos do Chile é equiparável à dos 5% mais ricos da Alemanha; já a dos 5% mais pobres se equipara à do mesmo grupo da Mongólia. Ainda Milanovic, a desigualdade chilena é maior do que “a proverbial alta desigualdade brasileira”. De fato, pistas nada desprezÃveis sobre as razões do desafio "...por quê só agora?"
"Desigualdade sempre existiu no Chile e só agora gerou revolta! " Curioso que o colunista invocou a história, pra louvar os resultados do neoliberalismo chileno, só que pelo visto de análise histórica ele não entende nada, pois é assim mesmo que a "história" age: imprevisÃvel, surpreendente, se algo antes era tolerado em dado momento se torna insuportável, pois se reconhece nesse tempo valores não mais aceitáveis. Isso sem entrar no mérito dos dutos bons resultados do Neoliberalismo.
Mas para os que defendem esse modelo se baseiam somente em alguns poucos indicadores que não representam a realidade completa. Por exemplo não consideram o número que junto com o Brasil o Chile é o paÃs com pior distribuição de renda. Tem zero empresas públicas pois já vendeu tudo, algo que pode ser a razão para esses suspostos núneros de melhora. Mas agora sem perspectivas futuras de melhora, e desigualdade acentuada. Custo de vida dos mais altos da região, fazendo renda ser algo mentiroso.
Esse é o Hélio Schwartsman que eu tanto admiro. Perspicácia, bom senso e raciocÃnio cristalino para enxergar aquilo que está à vista de todos mas que, à s vezes, parece que só ele consegue ver. Enquanto a massa de jornalista discute a desigualdade no Chile, ele nos lembra que a desigualdade sempre fez parte da paisagem chilena.
E da� A injustiça sempre fez parte da sociedade francesa, mas isso não impediu que um dia viesse a Revolução. Um dia a corda arrebenta!
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