Luiz Felipe Pondé > Covarde chique Voltar
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A questão colocada por Pondé é oportuna. Minha experiência com filhos e sobrinhos é que eles têm — a meu ver — necessidades diferentes das que eu tinha: famÃlia pobre, muitos irmãos, com ofertas no mercado de trabalho que me permitiram começar aos 15 anos, com carteira assinada. Era década de 60, comecei em 1964, 65. Hoje sou parte da classe média. Filhos e sobrinhos não têm a mesma necessidade. São mais exigentes e, ao mesmo tempo, menos agressivos na busca.
Gostei.
Coragem não é ausência do medo; é sabê-lo presente (mesmo porque ele é intrÃnseco à natureza humana) e não obstante não se deixar subjugar. É autossuperação
Serão os tementes a deux, mais corajosos que os tementes aos robôs? O que colocamos no lugar da salvação da alma para turbinar nossa coragem? O propósito? Já que deux morreu não seria melhor colocarmos o “diabo” dos robôs em seu lugar? Não qualquer robô, mas só aqueles que servem para ampliar o lucro e gerar mais miséria coletiva? Quais serão estes “diabos robôs”. Nietzsche, cadê seu super homem?
O problema não é a tecnologia mas a geração, extremamente protegida pelos pais e pela sociedade, que agora está assumindo as responsabilides reais. Nossos avós, se jovens, analisariam essa situação é diriam "muito fácil... mamão com açucar".
Pondé quando quer fazer crÃtica polÃtica e social é péssimo, mas filosoficamente é muito bom. A provocação filosófica deste texto é genial. Já vi outros dele nessa linha, são excelentes. Poderia fazer um livro nesse sentido.
o medo vem da percepção do fato de risco. O fator percebido pelos mais jovens, aqui nestas bandas esquecidas do mundo está longe de ser a tecnologia. A tecnologia é a que mais tem empregado jovens, com salários baixos. No Brasil o maior fator de risco ainda está na gestão de uma economia do sec XX, baseada em comodities, no mundo desenvolvido o fator de risco está na globalização da cadeia produtiva transferindo empregos. O fator risco tecnológico existe mas não chegou a caixa de cada um ainda.
É preciso diferenciar risco de perigo. O risco pode ser administrado e diminuÃdo, mas o perigo é inerente à atividade. Um exemplo clássico é a aviação. O risco de voar foi diminuÃdo significativamente pela tecnologia, melhor treinamento de pessoal e manutenção. Já o perigo de voar continua, pois é impossÃvel mudar o fato de que quando estamos no ar, estamos numa situação completamente artificial, já que lá em cima existe pouco ar e muito frio. O mesmo vale para as carreiras.
Boa colocação a sua.Mas discordo, o risco foi minimizado devido à capacidade intelectual e racional do homem de manipular as condições de existência. Confiamos cegamente na tecnologia, assim como muitos tem uma fé cega em seus deuses e dogmas. Esquecemos que quem criou os deuses e a tecnologia são os seres humanos. E hoje temos seres humanos deprimidos por toda parte por confiar cegamente em um vazio, chamado tecnologia ou Deus do que criarmos a coragem de confiarmos em nós mesmos e nos outros
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