Thiago Amparo > Meritocracia não existe Voltar
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Tema complexo. Bom texto. No entanto, a informação do gasto das famÃlias mais ricas ser 18x maior que o das mais mais pobres, poderia ser mais precisa. Qual % das famÃlias tem gastos mensais (?) de R$27mil em educação? menor que 1%? E qual porcentagem das famÃlias gasta R$1.500 por mês em educação? qual link para essa pesquisa do IBGE. Implantar educação de qualidade (fundam. e médio) no paÃs inteiro é caro e demorado (décadas), deixando de ser prioridade para polÃticos.
De fato, a meritocracia não é perfeita, como nada na vida. Filho de juiz ou desembargador negro será juiz ou desembargador. Filho de médico negro ou branco provavelmente será médico, etc... A raiz do problema é muito mais funda do que a mera discussão racial. Reduzir este grave problema que assola nossa sociedade ao racismo é muito reducionismo. De fato, o racismo é um grave problema que deve ser erradicado. Os pobres são na sua grande maioria negros, mas porque? será que é somente o racismo? .
Qual seria uma outra explicação? A quantidade de melanina na pele de uma pessoa a torna pobre economicamente? Faça-me um favor, cara!
A Lei Ãurea tem só 131 anos. Séculos de escravidão seguidos por décadas de segregação. Por isso a maioria dos pobres é negra.
No Brasil fala-se muito em meritocracia, mas isto não existe nem um pouco aqui. O Juiz, o desembargador, o promotor será filho de um, ou virá a ser se tiver alguém apoiando (Q.I.). Isto vale também para todos os cargos administração pública da Municipal à Federal.
A discussão é antiga, mas recorrente, Em 1944 o economista sueco Gunnar Myrdal foi convidado por uma universidade americana para estudar o problema da segregação do negro e as barreiras que impediam sua integração. Seu trabalho se chama “An American Dilemma: The Negro Problem and Modern Democracy”. Foi base cientÃfica para desenvolvimento do seu conceito da “causação circular” aplicada à economia, que deu ao autor o prêmio Nobel em 1974.
É normal que os pais desejem o melhor para seus filhos, e paguem caro por sua educação. Mas isso conduz, como o colunista escreve, mais à uma espécie de aristocracia do que à meritocracia. O uso mais eficiente dos recursos sociais seria destinar verbas com os alunos de maior potencial acadêmico. E eles não são necessariamente filhos de famÃlias mais ricas.
Não conheço uma historia de sucesso que não se baseie na meritocracia.
Obrigada pelos dados e reflexões, Thiago!
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