Ruy Castro > Uma mulher com sua verdade Voltar
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Não há só um modo de ser feminista, de ser humanista ou de ser libertário. Creio que, a seu modo, Leila foi, sim, feminista. Que algumas feministas não tenham compreendido isto, é um sinal dos tempos, apenas.
Mulheres hoje com as suas verdades seria um bom tÃtulo. Só que acrescentando a tragédia da violência contra elas. Será que ter uma uma Lei para proteger as mulheres é um mero capricho? Mimimi...
Louvar a grande Leila sempre será justificável e importante. Mas querer fazê-la heroÃna porque não reclamava é passar muito do razoável e desrespeitador com as milhares de mulheres mortas todos anos, além de outras ações contra os seus direitos. Passou do ponto, jornalista.
Pior que fazê-la de heroÃna por não reclamar é, de forma enviesada, criticar o posicionamento claro e forte das feministas atuais. Só faltou dizer que Leila não fazia mimimi.
Há a versão; 'dou pra todo mundo mas não dou para qualquer um".
É sério que estão criticando e vendo machismo e reacionarismo num belo texto em que o Ruy Castro homenageia a grande Leila Diniz? E o pior, muitas das crÃticas vindas dos tais "feministos", que devem estar querendo se dar bem com o fim de semana chegando, só pode, e pelo jeito a Leila ainda tem muito a ensinar as feministas de hj em dia, mesmo falecida....
Alem de todas as qualidades que ela tinha, ainda liberou as gravidas a mostrarem orgulhosamente suas lindas barrigas, nunca epoca que professoras gravidas eram vistas com maus olhos por pais e diretores de escola. Isso nao tem preco.
O Ruy deve estar morrendo de rir da maioria dos comentários. Quis fazer uma homenagem e levou bordoada de tudo quanto foi lado. É, meu querido colunista, não tá fácil pra ninguém!
Acho engraçado quando uma mulher quer insultar um homem e chama-o de machista ... como se o feminismo fosse "a luz" ...kkkkk
Esse, geralmente, não entende nada...
hum...parece que alguém não entendeu que machismo e feminismo não são antônimos.
Seu Ruy. Como é que esse Sérgio Cabral filho foi degenerar tanto vindo de um cara legal como aparenta ser esse Sérgio pai. Colega seu e da turma do pasquim. Tem um álbum do Nelson cavaquinho em que ele (sergio) faz perguntas pro Nelson entre uma canção e e outra, que é maravilhoso.
A coleção completa do Pasquim está disponÃvel na Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional
A coleção complicado do Pasquim está disponÃvel na Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional
Muito bom Ruy, musa eterna beijos Leila!
O texto de Ruy mostra uma Leila cuja força interior não admitia mi mi mi, que viveu livremente até morrer num acidente aéreo. Quatro anos depois morreu outra Diniz famosa, Ângela. Por razão semelhante à que motivou a grossura do General, o amante assassinou Ângela com 4 tiros, além de matar quis desfigura-la, por isso atirou no rosto. Alegou ter matado por amor. Hoje, diariamente são tantas agressões e assassinatos, muitas vezes sem motivação, que eu acho que involuÃmos enquanto espécie.
Linda homenagem! Mas acredito que há muitas Leilas pelo Brasil a fora. Que são destratadas menosprezadas , apenas por serem livres...
Há uma cultura sendo instalada no Brasil na qual a dor do outro é tratada como "mimimi". Virou modismo subestimar ou desconstruir o sentimento do outro, como se fosse desprezÃvel. Assim tem sido o Brasil do serviço público ruim, aceito pelos cidadão calados, sem contestação. Agora se questiona a demanda do próximo, desprezando-o e ridicularizando.
Numa palavra: liberdade.
Bela homenagem à Leila, Ruy!!! Bonita crônica...
Artigo saboroso. Ave, Ruy! Penso que Ruy fala de uma geração e de um ‘climaÂ’ especiais, dos amigos e de um belo sÃmbolo de liberdade de seu tempo. Se a militância me permitir, algo poético.
Achei o texto bom,a referência e a história do relato, mas essa conversa associando a atitude da Leila, aos 24 anos, sendo tão dona de si, só contrasta a relação disso quando os homens vacilam, vide Neymar e a prole da presidência que são tratados como "meninos", "imaturos". Ruy, nós machos privilegiados devÃamos falar menos ao tratar de uma mulher, o fato dela não ter se "vitimizado" é bem superficial, numa opressão arraigada desde que o mundo é mundo, dizer isso é canalhice.
Salvou o dia! Eu sempre evito ler comentários, mas de vez em quando me surpreendo positivamente.
Obrigada também. Talvez o único defeito de Leila foi não ter se "vitimizado" mais.
Seu comentário me contempla. Muito obrigada pelas palavras. Obrigada mesmo.
Ruy Castro admiro sua coragem e insubornável honestidade jornalÃstica e intelectual nesse nosso Brasil histérico e mimético.
Caro jornalista, eu diria que ela foi vÃtima. VÃtima de uma sociedade machista, preconceituoso, autoritária e violenta. Muito provável que ela sequer tinha voz para reclamar, ou seja, nenhum reconhecimento. Por outro lado, é preciso lembrar do seu lugar de fala. Será que uma negra, moradora da comunidade, com os mesmos anseios pela liberdade, poderia dar-se ao "luxo" de não ser o que o senhor chama de "vÃtima"? É preciso ser mais claro, sob o risco de parecer a defesa de servidão voluntária!
Autenticidade=Leila.
Foi uma mulher muito corajosa para a sua época...!
Se defender, denunciar e não aceitar certos comportamentos de outros em relação a sua pessoa não é se fazer de vÃtima. É intimidar quem assedia, ataca, crÃtica. Aceitar ou não revidar geralmente é falta de opção, seja legal, seja cultural, social ou pessoal. Ignorar muitas vezes é tática possÃvel para não sucumbir (rir para não chorar). E deixa a situação muito confortável para quem assedia, ataca ou se aproveita de alguma forma de outro ser humano. Mas estes não devem ficar confortáveis.
Não é pq o senhor já tem idade que tem que ficar preso a esse machismo deplorável. Uma mulher pode dar, não dar, ser libertária, careta, se incomodar ou não, mas não precisa seguir regras que agradem os homens. Desconstruir esse machismo e não dar palpite no feminismo tem que ser um exercÃcio diário.
Plagiar às vezes é bom: Leila que era mulher de verdade.
Se era sutileza que queria, não conseguiu. Só me pareceu covardemente maldoso.
Conheço a falácia por traz de seu argumento, Ruy. Para vc, Leila Diniz não é sÃmbolo de liberdade por expressar suas opiniões e falar abertamente de sua sexualidade; Leila Diniz é sÃmbolo de liberdade pq está morta, silenciada para sempre, "lavada do pecado de existir", como diz Sartre. Gostaria de saber, meu caro Ruy, sua opinião sobre mulheres que, hoje, falam o que pensam. Não precisamos ir mto longe; qual sua opinião, digamos, sobre Mariliz, Marcella Franco, Tati Bernardi?
*por trás
Em tempo: colocar uma mulher contra outra, sugerindo que ela seria ou não seria feminista contra um feminismo do passado ou do presente que antagonizariam sua liberdade também é estratégia do machismo. Dividir pra conquistar. Mais velho do que andar pra frente
“Leila não se fazia de vÃtima”. Veja, já passou da hora de se atualizar e entender que essa formulação não faz sentido pra expressar a realidade social. Mulheres que sofrem perseguição machista (como o cronista bem disse ter sido o caso de Leila Diniz) não se fazem de vÃtima, o são. Assim como negros que sofrem racismo. Parem de colocar a responsabilidade da agressão na pessoa que a sofre, sugerindo que ela “aceita” ou não o papel de pessoa agredida, se fazendo ou não de vÃtima
Leila Diniz foi muito importante numa época em que havia repressão e os preconceitos contra mulheres especialmente na questão sexual eram muito fortes. Entretanto, o comentário do cronista de que as feministas não gostavam de Leila por "ela fazer o jogo dos homens" foi muito preconceituoso. As feministas da época também defendiam a liberdade sexual. E Leila por sua vez também participou de passeatas contra a ditadura militar junto com muitas feministas. Os inimigos daqueles anos eram outros.
Gostei da ressalva: Sérgio Cabral - pai. Isso posto, vamos ao gosto. Acho que Leila não era e não é feminista. Leila é o antifeminismo, imagina ela na platéia da Betty Friedan.
Seu comentário também foi preconceituoso, Adonay. Tentar desqualificar uma militante feminista contrapondo Leila Diniz com Betty Friedan, cuja relevância estava na defesa dos direitos da mulher e não em seus atributos fÃsicos. Leila Diniz não é feminista pois já está morta há muitos anos, mas com certeza o seu comportamento foi feminista e ajudou muito as mulheres na luta por liberdade sexual.
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