Ilustrada > Elizabeth Bishop é a 1ª estrangeira a ser autora homenageada pela Flip Voltar
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O problema não é ela ser estrangeira, lésbica, alcoólatra e talentosa. A maioria dos escritores e escritoras possuem essas qualidades. Aliás, duas brasileiras, homenageadas, como Ana Cristina Cesar (2016) e Hilda Hilst (2018) também tiveram uma existência de criatividade genial e uma vida bastante oxigenada. O problema, é que a festa não tinha homenageado nenhum estrangeiro, então faça isso e mande nossos talentos do passado para o cemitério de uma vez por todas.
Com todo respeito à poesia da Elizabeth Bishop, mas fico pasma com as justificativas para essa escolha. Garimpar referências a nossa terrinha na poesia da norte-americana, a fim de indicar a sua relevância para as nossas letras, soa tão provinciano e, ao mesmo tempo, tão injusto com aqueles que se dedicaram Literatura Brasileira. Não consigo compreender o porquê do nosso João Cabral de Melo Neto, um dos maiores poetas da LÃngua Portuguesa, ter sido ignorado no ano do seu centenário.
O problema não é ela ser estrangeira, lésbica e alcoólatra. A maioria dos escritores e escritoras possuem essas qualidades. Aliás, duas brasileiras, homenageadas, como Ana Cristina Cesar (2016) e Hilda Hilst (2018) também tiveram uma existência de criatividade genial e uma vida bastante oxigenada. O problema, o problema mesmo é que a feira não é internacional. Então coloque pelo menos um i aÃ, e mande nossos talentos do passado para o cemitério de uma vez por todas!
Bishop se relacionou amorosamente com Lota Macedo por cerca de 15 anos. Lota fora ligada ao militares na época, por suas amizades com vários polÃticos da antiga UDN, partido de apoio aos militares. Bishop deve ter se relacionado, junto com Lota, com pessoas apoiadoras do golpe militar. Mas a escolha dela para FLIP 2020 com certeza foi muito infeliz, nada haver.
A homenagem à Bishop é uma afronta. E vale lembrar que Fernanda Diamant, curadora responsável por essa escolha, é uma das principais acionistas da Folha de São Paulo. O que isso quer dizer? Uma vaga lembrança do apoio desse periódico ao Golpe de 1964, tal qual Bishop o fez? #MudaFLIP
Nossa, não por ser uma estrangeira mas, sobram motivos para decidir não participar dessa edição da Flip: muitos importantes nomes brasileiros a serem homenageados em momento de total desprezo pela nossa cultura, triste saber que ela elogiou o golpe chamando-o revolução em momento de apologia à ditadura, AI5...Enfim, Euclides da Cunha para mim, Já não foi uma boa escolha na versão passada...Ainda bem que a curadoria muda para o próximo...até 2021!
Meio decepcionante, elitista e insosso. Será que foi o Paulo Werneck quem aconselhou? O que virá na programação paralela?
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