Ilustrada > 'Devemos aprofundar o debate, mas não vejo razão para mudar', diz curadora da Flip sobre Bishop Voltar
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Não estou pedindo para cancelarem sua obra. Homenagear uma estrangeira com questões que atingem nossa situação de colonizados em busca da afirmação de nossa identidade. A curadora faz uma defesa elitista. Fiquei envergonhado com a postura dela. Muito triste.
Discordo politicamente de Bishop, mas, o critério não deve ser ideológico para analisar uma obra, nem vida pessoal. Não devemos nos igualar a Bolsonaro: discrimina autores na cultura e na ciência, menos pelo mérito e mais por polÃtica sectária. Paulo Freire (um dos maiores educadores do mundo, que é não é reconhecido por Bolsonaro por ser de esquerda), dizia: "Sou radical, mas não sou sectário..."
Parabéns Diamant, parabéns Prata. A Flip vai ser um sucesso de idéias. Falar sobre aquele tempo, sob a perspectiva da literatura e contemporizar com o Brasil atual, vai ser ótimo.
Vou continuar lendo a Bishop e boicotando a FLIP deste ano! Se o argumento é permitir levantar debates, isso já ocorreu com o homenageado deste ano Euclides da Cunha, também tido como racista. A curadoria pelo visto tem um gosto especial por estes autores. Os tempos têm que ser de inclusão e exaltação à nossa cultura tão maltratada nesse (des)governo. #Flipnaoem2020.
*Leia-se: vou continuar lendo a Bishop e boicotando a Flip de 2020 (a deste ano eu fui)
Agora que assumimos ser colônia nada mais justo homenagear uma nativa do paÃs colonizador. Sempre imaginei que fosse uma espiã que se infiltrou na polÃtica brasileira para colaborar com o golpe. Veio para cá com o dinheiro do Pulitzer que ganhou e não precisava trabalhar.
Num des governo ultra-direitista que baba o o vo do Trump, que é dirigido por pessoas como o Steve Bannon e que enaltece torturadores como o ustra, foi um péssimo momento para homenagear uma americana simpática ao golpe militar de 64. Ponto. Flip nunca mais.
O debate sobre a escolha de Bishop como homenageada da Flip 2020 renderá muito, acredito que, sobretudo, pela delicadeza do que foi exposto — o conteúdo das cartas onde ela apoia o golpe militar no Brasil. A fala da curadora sobre aprofundar o debate me parece algo relevante, mas não sei dizer se sequer teremos a maturidade necessária para fazê-lo. A delicadeza de todo esse cenário atual da polÃtica brasileira já tem um tom carregado de incerteza. A Flip vem amenizar ou intensificar tudo isso?
As ideias que eu expresso são de total responsabilidade do grupo de amigos com os quais eu convivo. Um grande "ata" para quem pensa assim.
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