Mariliz Pereira Jorge > Vamos apagar o passado? Voltar
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Não vejo ninguém impondo nada a Flip, vejo as pessoas protestando, se manifestando por uma questão totalmente legÃtima. Tanta gente escreveu e construiu o Brasil, tanta gente se orgulha do Brasil e da brasilidade. Ela tem um bom trabalho, mas não para ser homenageada na Flip, e se a própria Flip resolveu considerar os protestos é pq valeu a reflexão!
Não vejo ninguém impondo nada a Flip, vejo as pessoas protestando, se manifestando por uma questão totalmente legÃtima. Tanta gente escreveu e construiu o Brasil, tanta gente se orgulha do Brasil e da brasilidade. Ela tem um trabalho, mas não para ser homenageada na Flip, e se a própria Flip resolveu considerar os protestos é pq valeu a reflexão!
Os nutricionistas profetizam que " somos o que comemos". Nós somos os que pensamos. Logo quem considera que um autor faz uma obra de denúncia em sua vida mas "pessoalmente" é fascista, isto é normal... Como disse uma defensora da ideia: ele é lunático, pode ser; mas é muito letrista. Será que um dia isto vai acabar? sabe nada, inocente.
Melhor colunista da Folha! Aqui em S P, o minhocão se chamava Costa e Silva.Não deveria ter sido homenageado nem na ocasião, mas, estava lá! E o que "azeskerda" fez? Mudou para João Goulart : que jamais fez algo pela cidade...Essa gente quer apagar o passado. Elizabeth Bishop foi uma excepcional poetiza. Será que quem quer barrar a homenagem , chegará,mesmo daqui a umas vinte encarnações, aos seus pés?Não me esqueço o que essa gente fez com o grande Simonal.
Ui, corrijo-me: poetisa Elizabeth Bishop... estava a meditar se Elizabeth escrevia com z de zebra ou com S de Santos(o Futebol Clube!), e deixei poetisa com z de zebra. Deu uma zebra em meu cérebro.Maninque desculpa!
Confesso que tenho tido muita dificuldade em ouvir The Smiths depois dos últimos surtos fascistoides do Morrissey. Acho que é humano assumir que, sim, tenho dificuldades em separar o caráter do artista da obra que ele produz. Mas, de fato, a Mariliz tem razão. Dá para separar as coisas, na maioria dos casos, como no da Elizabeth Bishop, por exemplo. Eu jamais entrarei em um templo da breguice da Havan ou comerei em um Cocobambu. Isso é fácil. DifÃcil mesmo é ficar sem ouvir How Soon is Now...
Sim, analisar uma obra por critérios ideológicos, pessoais ou morais é não entender o valor da arte literária. Mariliz já discorreu brilhantemente sobre o tema, mas, reforçando sua argumentação, há o livro: Hannah Arendt. Homens em tempos sombrios. Aqui, mesmo criticando Brecht, o qual escrevia contra o capitalismo, mas fez vista grossa para os disparates stalinista, Arendt reconhece o grande legado de sua obra...
Para quem já morreu a gente pode agir assim, considerando a obra mais do que a pessoa, mas para os que estão vivos e não se emendaram, a tolerância deve ser menor,embora aceitável para os muito senis ou de obras de grande vulto. O problema é que muitos que falam e fazem barbaridades são da turminha sem talento, relevância, obra e que arrumaram uma boquinha dada sua ideologia tosca, e que estão a patrulhar nomes de vulto e os caluniar. Tem gente apagando o passado sim e sabotando tudo
Não separo vida e obra, a obra é uma extensão do artista, e minha admiração se vai junto. Não se apaga o passado, mas a partir do momento em que conheço as circunstancias, minha relação com a obra muda. Para mim fazer esta dictomia estando a par dos fatos e alienação. Minha maior decepção e enfrentamento foi com Neruda e sua filha Malva Marina.
É o Fahrenheit 451 da correção polÃtica, se formos nos agarrar unicamente a esses critérios, não vai sobrar ninguém de pé na cultura da humanidade. Camões? Colonialista islamofóbico. Shakespeare e Wagner? Antissemitas. Spenser? Se regozijava com católicos mortos nas guerras religiosas, e assim por diante, não fica um! É esse tipo de lacração inculta e sem senso crÃtico que lança descrédito nos progressistas, e é exatamente isso que a direita quer.
Na minha opinião, uma coisa não tem a ver com a outra. O que o artista faz de sua vida pessoal é problema dele. Embora ele seja uma "pessoa pública", tem opinião própria e vida pessoa privada, onde ele faz o que bem entender e também paga as consequências por isso. Entendo a dificuldade de admirar o trabalho de um pedófilo, ou de um racista, misógino. Há artistas que adoro o trabalho, mas não considero boa pessoa, por suas opiniões e ações. De fato, é complicado, mas há diferença.
Esse relativismo da Folha... tá difÃcil. Violentaram a dialética.
Algum relativismo não deve caber aà em benefÃcio da estética?
No filme que vi sobre o casal Lotta e Bishop me pareceu que a Lotta, que trabalhava com o Lacerda na urbanização do aterro do Flamengo era a reaça. A poetisa mais se surpeendia com nosso desapego pelas liberdades democráticas do que propriamente defendia a revolução.
Dois erros: primeiro, trata-se um filme, não a realidade fática, e, segundo, elas não defendiam a revolução, defendiam o golpe
A colunista não sabe a diferença entre criticar e censurar. Ser contrário a homenagear um artista q tenha cometido atos abomináveis não é censura, é opinião. Além disso, é perfeitamente possÃvel apreciar a obra de um artista, mas negar-se a dar-lhe palanque para suas teses polÃticas ou para mentir sobre crimes comprovados. Homenagem também é palanque e publicidade gratuitos, e há muitas razões para não dar palanque a fascistas, pedófilos ou estupradores.
Eu já escrevi aqui antes sobre essa gracinha de pessoa que é a Ma-ri-liz, ela é muito engraçada. obs: a maioria dos meus comentários são barrados . Por que? Acho que é porque eu sempre escrevo que ela é muito engraçada.
Combinado então; vamos nos deleitar com sua arte e espinafrar a pessoa. Por que não? É como um mau hálito.
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