Demétrio Magnoli > Um só governo? Voltar
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Professor Demétrio, como sempre o sr foi preciso e coerente em sua análise. Parabéns.
Hayek foi um dos maiores crÃticos do marxismo. Mas, assim como Marx propunha uma "ditadura do proletariado" para se consolidar o socialismo e, por conseguinte, chegar-se ao comunismo, o austrÃaco aceita uma "ditadura transitória" para fixar o modelo liberal puro. Interessante isso não? Nesse ponto, creio que ambos estão errados. Liberais apoiaram as ditaduras militares no Brasil, Argentina e Chile(não é mesmo, FSP e Globo?), e não se resolveu os problemas desses paÃses, pelo contrário...
O atual governo sofre de uma dicotomia,DE um lado,o ministerio economico;de outro lado,afamilia Bolsonaro!Como pode isto acontecer?Só num pais de loucos,onde existem forças diversas e opostas,todas comprometidas apenas com o processo eleitoral,sem nenhuma preocupaçao com pais...
O ministro Guedes do AI5 e o capitão estão do mesmÃssimo lado, farinha do mesmo saco.
Governo que é um só, vários, ou multi-facetado, ou qualquer outro floreamento leva a complicação de uma coisa simples; a resultante deste governo tem sido uma só, a de supressão de liberdades, direitos, pluralidades, respeito, legalidade e democracia. A agenda econômica anda a reboque da ideológica fundamentalista, ainda que o empresariado teime em negar isso para que o desconforto pela obtusidade deles, e de muito filósofos, historiadores e analista diminua. Só que vai piorar e a fatura virá.
Boa Magnoli!!! Leiam mais Arendt
A pérola do artigo é a primeira frase com a qual concordo. "O Governo é um só". Pedro Barusco devolveu quatrocentos milhões roubados da Petrobrás. Não tem essa de dizer que um era ladrão, e o resto não. Afinal o Governo é um só.
Os neo-liberais acham que vão lucrar mais barateando a mão de obra, tornando-a semiescrava. O problema é que o futuro do mundo é a tecnologia e inovação. Não se ganha mais dinheiro explorando mão de obra em um mundo de software e automação.
Demétrio tenta, novamente, misturar os termos liberal e neo-liberal. Um liberal verdadeiro jamais se aliaria a um governo conservador de extrema direita. Já o neo-liberalismo é o sonho da elite que lucra com a desigualdade. Os neo-liberais não se importam se tiverem que destruir a democracia para impor essa seita econômica a toda a população.
Prezado Demétrio, perguntas são boas, pois induzem à reflexão; neste caso, porém, a resposta é clara - e você sabe qual é.
Sim, os liberais no Brasil aceitam o desgoverno do Bolsonaro e até mesmo uma "supressão transitória da democracia" para ter suas vontades econômicas atendidas. Isso sempre foi claro.
E a lógica deles é inegável: se já deu errado uma vez, por que não daria certo agora? Querem um novo "milagre econômico".
Demétrio, não há liberais no Brasil, há autoritários com polÃticas antipopulares que se auto intitulam liberais. Prefiro a clareza dos do governo que se intitulam conservadores apenas. A resposta é sim, os tais liberais que não existem estão tolerando tudo em nome do liberalismo, polÃticas econômicas para poucos é o liberalismo local. O governo é um combo, não há uma parte sem a outra.
temos vistos por aqui sempre um governo so mesmo e esse vem entao com o vies autoritario mais explicito e ate escrachado pela burrice dos babadores de poderosos. nescessita urgente da ditadura pra implantar o programa completo de ideias liberais e autoritarias que beira em muitos casos a incompetencia e nao contempla toda a sociedade.a democracia precisa dos debates e diversidades pra ser feliz no longo prazo
Ano passado já era notório o pensamento autoritário, revanchista, saudosista-moralista da "era de ouro da ditadura". Após a vitória dessa vertente chucra, o que vemos é a tentativa de implantar esse pensamento único. A polÃtica econômica é o norte desse movimento, o mercado é quem dita as regras, sabemos. Assistem e (parte da classes ricas também) a esse viés autoritário de camarote. Sabem que seu pirão vem primeiro. Mas o peixe morre pela boca. Os bagres boquirrotos do ai5 estão aÃ.
Há muito que as teorias PolÃtica e do Estado abandonaram o topos da relação indissociável entre democracia e capitalismo. Desde a década de 60 - com a constituição dos tigres asiáticos, capitalistas, mas com sistemas autoritários, conhecido como capitalismo oriental - se sabe que o capitalismo é um sistema econômico que busca liberdade e eficiência econômicas, não individuais, e que ele se ajusta a qualquer sistema polÃtico. Q a FIESP, a FEBRABAM e a própia FSP apoie isso aÃ, ñ é novidade.
Tudo indica que o governo é um só. E essas partes se retroalimentam. Basta ouvir a Jovem Pan por 2 dias e escutar a verborragia doutrinária: "liberais" do bem vëm redimir o paÃs do mal (leia-se esquerdas e centro). Fundamental é abolir direitos e auferir lucro máximo, custe o que custar (precarização do trabalho, subemprego, entrega da soberania nacional e aposentadoria à la Chile - um paraÃso). Não nos iludamos. Faz parte do pacote. Os "liberais " de hj até que gostam de uma ditadurazinha...
A má notÃcia é que o liberalismo foi deturpado; a boa notÃcia é que não existe e nem nunca existiu liberalismo no Brasil. O neoliberalismo nasceu nos anos 30 na Alemanha como resposta ao liberalismo conhecido como "Night Watchman", que defendia que o papel do Estado deveria se restringir apenas em defender o cidadão. O neoliberalismo incluiu direitos sociais, econômicos e de livre mercado. O neoliberalismo foi deturpado na AL e virou palavrão para rotular setores conservadores da sociedade.
Caro Demétrio, Sou leitora assÃdua de suas colunas e a faço (ou pelo menos tento) fazê-lo de forma crÃtica. Na minha modesta opinião o governo é unitário, e Bolsonaro já demonstrou isto de diversas formas, ou pensa como ele ou tá fora. Pensar como ele não seria bem a expressão, pois ele não tem capacidade para tanto, não é um formulador. Pensar como Olavo de Carvalho. Muitos já saÃram ou foram saÃdos por discordar. Os ministros em alta são Olavetes e Bolsonaro os prestigia. Tristes trópicos!!
Caro Demétrio, Sou leitora assÃduo de suas colunas e a faço (ou pelo menos tento) fazê-lo de forma crÃtica. Na minha modesta opinião o governo é unitário, e Bolsonaro já demonstrou isto de diversas formas, ou pensa como ele ou tá fora. Pensar como ele não seria bem a expressão, pois ele não tem capacidade para tanto, não é um formulador. Pensar como Olavo de Carvalho. Muitos já saÃram ou foram saÃdos por discordar. Os ministros em alta são Olavetes e Bolsonaro os prestigia. Tristes trópicos!!
Eu acho que há mesmo dois conceitos opostos no governo. De um lado a ideia liberal clássica de controle pela punição. Todos são livres para agir, mas se violarem a lei são punidos. O efeito colateral é o encarceramento em massa. É o lado laico do governo, do Moro e Guedes. De outro a crença de que os indivÃduos devem ser persuadidos a se comportarem corretamente controlando o ambiente que os influencia. É a ala dos defensores da religião e valores familiares conservadores.
A pergunta ficaria melhor da seguinte forma: Dá pra ser um liberal num governo que defende torturadores?
O governo é um só e a palavra de fato é"totalitarismo" mesmo, pois veja a proposta do Min. Araújo que prega a "religião como polÃtica de Estado". Onde que observamos tal conceito se não em regimes absolutistas onde aliás, Bolsonaro se sente a vontade, quando da visita a Arábia Saudita e pouco importou com resultados econômicos. Ou se faz algum agora ou a promessa deles se cumprirá.
A esquerda tem tomar cuidado para não cair nas armadilhas de Guedes e Bolsonaro. Está claro, na minha opinião, que o governo Bolsonaro quer o povo na rua. É aà que mora o perigo, pois vai ser motivo para prender lÃderes e institucionalizar a GLO com autorização para sair atirando. Bolsonaro aposta em uma agenda negativa de confronto.
Caro Henrique, é compreensÃvel a sua preocupação com um provável acirramento da luta polÃtica com o "povo nas ruas". Mas, se não for o povo a resistir, quem poderá ser? Vamos à luta, pois a cada dia que passa menos e menos direitos estão nos restando... Resistir e lutar com determinação, sabendo quem enfrentamos e o que queremos é preciso!
O único senão ao texto é o fato de se tentar dar alguma relevância à opinião totalmente "imparcial" da senhora Marilena ChauÃ. Como pode uma pensadora da esquerda, que se cala quando o assunto é Venezuela, falar em totalitarismo?
Direto ao ponto. Essa omissão ofende a quem lê arendt, para além do senso comum.
A se fiar por Hayek e Friedman visitando Chile e China sem temer por suas próprias vidas, a mim parece que Guedes flerta com regimes autoritários sem peso na consciência, dando a entender que até preferiria atuar com um Executivo mais forte do que os outros dois Poderes, a exemplo do que ocorreu na nossa ditadura recente. Agora, não cola em mim a concepção de Chauà sobre totalitarismo invisÃvel no Brasil.
Quanto à s ações escancaradas do PT para controle de midia e criação de uma rede de comunas sob o disfarce de "sociais", aparelhamento do Estado e Universidades públicas com fanáticos da seita, projeto de assalto do dinheiro público p/ financiar o Partidão, ahhhh sim, "puro espÃrito democrático" de marxista. Pena que os ativistas da Foice estavam dormindo enquanto tudo isso acontecia.
Mais um petardo do Hilde, o homem que nunca leu um livro. Muito menos uma parca página de Marx, mas adora incluir o termo marxismo nos seus comentários.
"Universidades públicas com fanáticos" ... Coitado é mais verdadeiro tapado! Acorda amigo entra em uma universidade e vai ver o que realmente acontece por lá. Sai do vidinhos do YouTube e cai na realidade.
Assim se cria uma narrativa, bastam 2 palavras, “ditadura com responsabilidade” de Guedes, condenando a ações coordenadas da esquerda latina-americana p/ enfraquecer governos eleitos legitimamente com a benção mÃdia esquersista tentando reproduzir outras épocas trágicas, p/ que o autor possa criar a narrativa na qual "deseja" crer, do fundo do coração domado por ideologia, a de que Guedes é um "golpista". E assim os Gurus neo-marxistas alimentam a histeria de seus seguidores... Lamentável.
A agenda ultraliberal se contrapõe à opinião das maiorias no Brasil seja de direita ou esquerda. A defesa de um Estado com funções reitores e sociais é um imperativo universal. Qualquer pesquisa demonstra isso. A execução da agenda ultraliberal só é possÃvel mediante ao hibridismo das informações truncadas que esvaziam o debate público das questões centrais; daà a existência de Damares, Araujos e do próprio Bolsonaro. É por outro lado, o liberalismo só é factÃvel pelo abalo da Democracia.
Fico boquiaberto com o diversionismo do Demétrio, respeito muito seu conhecimento, mas não entendo o porquê da falta de humildade em reconhecer e dar nomes aos bois, jogue aberto meu amigo, assuma o PT esteve 16 anos no poder, teve muita bravata, erraram em várias questões, mas a democracia, a liberdade e garantias individuais nunca estiveram ameaçadas, nunca, então sejamos claros está turma aà são sim o pior que o braziu produziu nos últimos cem anos.
Muito bom!!! Nas entrelinhas disse tudo!!!
Faltou Golbery do Couto e Silva: "democracia relativa".
Para continuar citando pensadores fora de moda, Martha Harnecker costumava dizer que, para 'salvar o capitalismo', a democracia liberal pode chegar a sacrificar alguns capitalistas... Falava a propósito do apoio (temporário?) dos lÃderes capitalistas a regimes autoritários (que seriam essencialmente 'disfuncionais' para o jogo capitalista). Ora, se isso for plausÃvel, por que não dar um crédito aos arroubos autoritários do iluminista guedes, pressupondo seu propósito mais alto de nos salvar?
O detalhe aqui entre nós é que o 'sacrificado' pelo benfeitor guedes são os estratos mais pobres e remediados da patuleia. Irrelevante, não? O Grupo Folha, por exemplo, responsável por manter ativo um segmento 'iluminista' dos partÃcipes do debate público, ajuizou, com seu apoio incondicional ao arrocho fiscal previdenciário, que degradar as rendas já precárias de aposentados e pensionistas do INSS contribuirá para o bem-estar coletivo. Não só 'maus capitalistas' devem ser consertados...
Não fosse a incompetência generalizada do Governo Jair Bolsonaro, o golpe já teria ocorrido. Ou será que já não ocorreu, mediante uma narrativa de ódio que levou ao resultado nas urnas, com o auxÃlio luxuoso do pandeiro das esquerdas? Seus desdobramentos se revelam a cada dia. Nomeações absurdas que desmoralizam e arrasam as instituições que mais nos são caras, como na cultura. E nas falas estúpidas como a do ministro-player Paulo Guedes.
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