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Concordo muito com o Pratinha, mas, convenhamos, o momento não é dos melhores. É aquela velha história de falar sobre cordas na casa dos parentes do enforcado. Não é errado. Só é meio que de mau gosto.
Belo texto. Chega de patrulha. Lembro que Ezra Pound apoiou e elogiou Mussolini. A poesia de Pound era fascista? Claro que não! É a obra que conta. A biografia, como diz Proust, não explica a obra.
Será que este anátema de ser ou não ser o que era não terá fim nunca? Quem não tem passado é porque não viveu. Karl Marx torou e engravidou a governanta. Nu! Bishop era sapatão, alcoólatra, direitona, amava Ouro Preto, mas odiou alguns ouropretanos, que inclusive a apedrejaram, ela e a namorada. E daÃ. E a obra? E seus versos? E além disso estrangeira numa feira onde os homenageados-as até então todos vernaculizados-as, entretanto as obras vendidas ali, todas universais por assim dizer.
Excelente a critica,que demonstra mais uma vez o patrulhamento ideologico exercido pela esquerda do Nelson Rodrigues (esquerda burra)tão similar aos seus extremos na direita,que todos nos sabemos quem são...
Bishop quando chegou aqui, amou o Brasil. Depois detestou. Dizem que estranhou a água, tinha desinterias, coisa que nós do interior temos quando vamos ao litoral. Nessas horas detestamos tudo.
Essa relação amor-odio faz parte da nossa história. Caminha amou o paÃs. Carlota Joaquina detestou. Bonifácio amou, os inconfidentes detestaram. A República de Getúlio foi amada e depois detestada. Juscelino amado. Jango detestado. O milagre de 70 amado, paÃs que vai pra frente, depois... Lula e o foguete do FT, agora...
Ela quando chegiu aqui, amou o Brasil. Depois detestou. Parece que estranhou a água, tinha desinterias ("caganeiras"), como até nós do interior de vez enquanto temos quando viajamos de férias no litoral. Nessas horas odiamos tudo.
Excelente artigo. É exatamente porque 1964 volta a assombrar que a escolha da homenageada é importante. Não foram marcianos que fizeram a revolução de março, mas nós mesmos.
Concordo com o que diz a Marluce Martins de Aguiar. Escolhas de homenageados da FLIP além de simbólicas são também polÃticas e ideológicas,independentemente do que digam aqueles que as fazem. Reforçar essa onda de ataques à cultura, à s instituições artÃsticas e culturais e a um sem número de artistas que representam excelência das artes brasileiras é contribuir com a barbárie que se espraia pelo paÃs .
Ótimo artigo, o último parágrafo é perfeito.
Já estamos muito perto da barbárie. Bishop é excelente poeta. No entanto, essa escolha só mostra o elitismo cada vez maior da Flip e a falta de disposição de dialogar com o momento que estamos vivendo sim. É hora de valorizar a nossa cultura, os nossos escritores e intelectuais. Estamos sob ataque violento. Não é momento pra homenagear escritora americana que enalteceu o golpe de 1964 e criticou nossa cultura. Não precisamos de mais discussões sobre esses assuntos. Estamos exaustos!
O patrulhamento ideológico dos anos de chumbo está de volta. A propósito, gostei do lado isentão do colunista.
Vou seguir lendo Bishop. Deve ser que a(o)s poetas se despem de sua precária humanidade para criar coisas belas e sensÃveis. Porém nao irei à Flip, pois homenageá-la em época em que a cultura está tão maltratada por aqui, em tempos de apologia à ditadura, e sobretudo uma pessoa que revelava certo colonialismo em relação aos brasileiros, a meu ver, tem um significado simbolicamente ruim.
Excelente texto, fonte de sensatez nesse debate inacreditável.
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