Luiz Felipe Pondé > Mística e preconceito Voltar
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É tem o anti-tudo também. São 8.O anti-tudeiro. Porque nem niilista pode ser.
Em verdade vos digo: - o Deus que todos amam é o dinheiro”
Entre as duas limitadas opções, acreditar ou duvidar, lembre-se da terceira: respeitar.
É como um bebê de menos de seis meses, ele pensa que a mãe e ele são uma pessoa só. Só depois de mover, engatinhar e andar é que ele começa a ter noção de que ele e a mãe são duas pessoas diferentes. Eu enxergo em pessoas que maltratam por religião que são adultos fisicamente, mas crianças psicologicamente, pois não amadureceram no sentido da independência espiritual, psicológica e racional.
É possÃvel não acreditar, mas acreditar que na mente de quem acredita existe. Posso ter certeza que não existe na minha vida, mas pode existir na cabeça e na vida da pessoa alheia. Então eu não acreditar não é garantia de que não exista na vida dos outros ,assim como se eu acredito não significa ou é garantia de que existe também na vida dos outros ou na mente alheia.
Se Pondé acredita ou não no misticismo? Não se trata disso. Como um advogado, que pode ou não acreditar na versão do seu cliente, ele só defende a oportunidade deste ser ouvido, ou de pelo menos não carregar o estigma por aquilo que se acredita. Pondé traz que o preconceito surge quando, diante da nossa incapacidade de interpretação de relatos mÃsticos, classificamos categoricamente aqueles que defendem a palavra de Deus em apenas duas situações: ou é delÃrio ou é aproveitamento.
'Para mim, um Homem Rezando e outro Portando um Pé de Coelho para lhe dar Sorte são Igualmente IncompreensÃveis.' - Henry Louis Mencken
Acredito que é bem por aÃ. Tanto rezar como usar o pé de coelho são mecanismos mentais de motivação pessoal. Tem pessoas que usam Deus no lugar de pé de coelho. Os mantras também são ferramentas eficientes. Não importa o nome que se dá. São nomes diferentes para uma evolução do pensamento muito sofisticada dos humanos é algo abstrato mas tangÃvel pelo pensamento e raciocÃnio humano tão magnÃfico que se torna real.Parece mágico, mas é muito humano.
O misticismo continua forte, apenas mudou na medida em que mudou a crença estabelecida. Hoje a ciência substituiu a religião na crença popular (com seus hereges como os terraplanistas). O misticismo aparece na "psicologia quântica", ou no "Tao da fÃsica" por exemplo.
São os hereges. Sempre existiram.
Tem muita gente brasileira que nem acredita que o homem foi à lua. O surto de sarampo no mundo é a melhor prova da descrença popular na ciência. Como a ciência substituiu a religião na crença popular?
E a Terra, Pondé, é plana e não se fala mais nisso, né mesmo?
Nunca li um texto mais sem pé nem cabeça.
Acho que o colunista está adotando uma mesma definição (bastante superficial) do termo "preconceito", em dois contextos muito diferentes. O primeiro é o preconceito dos religiosos em relação à outros religiosos. Neste caso, não sendo uma hipótese que possa ser testada racionalmente, o preconceito não produz qualquer tipo de aprofundamento do conhecimento. Já o preconceito cientÃfico (sim, preconceitos são um ingrediente essencial para o desenvolvimento do conhecimento mais aprofundado),...
Se vc reeler o texto o Pondé fala de preconceito de forma generalizada. Todo tipo de preconceito religioso o Pondé citou no texto. "A aceitação do preto veio no Kardec é tão preconceituoso quanto ir a um coaching sem nenhum estudo e deixar de ir ao psicólogo. "Tipo eu visito preto Véio no kardecista, mas num apareço no Candomblé. Eu pago uma fortuna numa palestra de coaching, mas num apareço num consultório de um psicólogo. "É só a eterna necessidade humana em desmerecer o próximo e fugir de si
...funciona como uma hipótese a ser testada e eventualmente refutada quando o conhecimento avança. É esse processo que levou à explosão do conhecimento ao longo dos últimos três séculos. Enquanto isso, o preconceito em sua acepção mais vulgar (religioso ou não), produz caos e destruicão.
Acho que o colunista está adotando uma mesma definição (bastante superficial) do termo "preconceito", em dois contextos muito diferentes. O primeiro é o preconceito dos religiosos em relação à outros religiosos. Neste caso, não sendo uma hipótese que possa ser testada racionalmente, o preconceito não produz qualquer tipo de aprofundamento do conhecimento. Já o preconceito cientÃfico (sim, preconceitos são um ingrediente essencial para o desenvolvimento do conhecimento mais aprofundado), ...
Não sei se concordo com vc.Acho que é uma questão de inteligência emocional. Porque faço uso do meu preconceito para desmerecer uma pessoa que senti o mundo diferente de mim? Aà SIM, concordo com vc é destrutivo. Porque se uso o preconceito contra quem ver o mundo diferente de mim, existe uma necessidade minha de colocar a idéia do outro em extinção. É inadimissÃvel o que o outro diz. Só minha sensação de mundo é autêntica. Meio como Hitler e seus seguidores.
Uau! Que problemão!
No mundo mÃstico de Pondé não existem charlatões religiosos que abusam da vulnerabilidade alheia, não existem lÃderes religiosos que praticam proselitismo visando enriquecimento financeiro, não existem religiosos infiltrados na polÃtica com o objetivo de caçar direitos e impor a toda sociedade as suas crenças. Combater os excessos praticados por alguns religiosos é muito diferente de ser preconceituoso com religiosos. Essa ânsia de Pondé em agradar o seu nicho conservador chega a ser patética.
Gabriel eu não estranhei suas crÃticas à Pondé. Eu só fiquei assustada com a palavra combater e achei vc bastante reacionário. Eu costumo ruminar bastante os textos filosóficos que leio.Só me pareceu que vc estava muito preocupado em criticar o Pondé e esqueceu a essência do texto. Para mim é difÃcil criticar o Pondé porque ele se prende muito ao assunto. Ele é astuto. Raras vezes vc sabe se é opinião dele ou análise.Poucas vezes ele se inclui.Tem que ter atenção.
Carolina... Concordo com você nesse sentido. Uma das funções do filósofo é realmente promover a provocação. E eu também leio os textos do Pondé, bem como textos de diversas outras pessoas com ideias e posicionamentos diferentes do meu. Mas isso não significa que eu concorde com eles em tudo. Aliás, quem se propõe a expor suas ideias publicamente deve estar preparado para crÃticas e para o embate ideológico, como este que estamos fazendo de forma educada e respeitosa.
Só para vc entender, eu era uma feminista que enxergava só os abusos da sociedade e dos homens contra as mulheres. Hoje eu continuo sendo feminista, mas hoje eu não quero ser igual aos homens. Simplismente quero direitos iguais. Essa mudança de pensamento aconteceu lendo vários textos filosóficos não só do Pondé, mas leio muito o Pondé.
Sou feminista e Pondé critica as feministas arduamente. Mas eu adoro ler o Pondé mesmo assim, porque além de progressista e feminista lendo o Pondé eu me torno uma feminista progressista melhor. Pelo menos eu me iludo com isso. Tenta entender. Quando Pondé diz que é melhor ser conservador diante de certas coisas eu nen sei se discordo. Principalmente quando o assunto é a responsabilidade social de criar filhos.Mas o que é necessário conservar é atenção às crianças de até 2 anos de ambos pais.
Sempre diante de um texto criado por um filósofo tente refletir sobre o que vai comentar ou se realmente quer comentar.Porque se vc for muito reacionário, acaba por expor sua natureza espontaneamente e engenuamente.A questão é: Eu Carolina sou progressista, posso ter preconceito ou não contra mÃsticos e religiosos, mas estou lendo o Pondé e reavaliando se quero continuar agindo e pensando assim depois deste texto. Exatamente porque sou progressista.
Gabriel... O Pondé é um filósofo. Ele critica todo mundo. É o ofÃcio dele.Todo filósofo tem a missão de nós fazer enxergar a nós mesmos, através da reflexão. A critica direcionada é uma estratégia textual para tornar o texto provocativo e perturbador. Toda vez que qualquer pessoa procurar um texto criado por um filósofo e esse texto cutucar a ferida dessa pessoa, o filósofo cumpriu seu dever. Ele retira vc dá sua zona de conforto. O que vc faz em relação ao que ele provocou em vc é muito Ãntimo.
Carolina... Pondé nesse texto faz alguns ataques gratuitos aos movimentos cientÃficos, seculares e progressistas. Podemos constatar isso através das expressões que ele usa ao longo do texto, tais como: "inteligentinhos da esquizo-análise", "exemplo crasso da secularização" e ao dizer que o preconceito contra os mÃsticos agora é “cientÃfico e progressista". Minha crÃtica ao texto é pautada nessas "entrelinhas" que ele planta ao longo do texto, como faz costumeiramente.
Carolina... Pondé nesse texto deixa algumas crÃticas bem gratuitas ao q
Curti sua resposta. Mas achei vc raivoso diante da palavra "combater"que vc usou. Não ficou meio pretencioso?Porque vc concluiu que é algo à ser combatido se o assunto do texto nem são as ações dos mÃsticos e dos religiosos ? E sim, nossas ações em relação à eles. O assunto do texto do Pondé no meu entendimento é sobre o comportamento de quem tem preconceito direcionado à essas pessoas. É para reflexão.
Carolina...Se enxerga raiva em meu comentário, ou não entendeu nada do que escrevi ou analisa meu comentário através de uma ótica enviesada. Reafirmo que criticar práticas criminosas de alguns religiosos é bem diferente de ser preconceituoso com religiosos. Taxar toda e qualquer crÃtica a religiosos como preconceito é desonestidade intelectual. Nossas leis defendem a liberdade religiosa (que é assunto de foro Ãntimo) mas também tipificam o crime de charlatanismo. Não confunda alhos com bugalhos.
Não concordo em nadinha de nada do que escreveu.Vc parece até babar de tão raivoso.Ele não negou estas práticas, tão pouco se diz conivente. Ele não fala dos atos dos mÃsticos ente outros ele fala para nós, que temos preconceito e inteligência de entender nosso comportamento diante deles.A pergunta é: Porque eu sinto necessidade de desmerecer estas pessoas se elas próprias já fazem isso com elas e nem percebem?
Muito boa a sua colocação.
Até que tento "espiritualizar" com o tempo e, quiçá, também subir numa goiabeira. Será que meus preconceitos estão turvando minha capacidade de enxergar uma divina revelação?
Não acredito que se trate de enxergar uma revelação. Se trata de enxergar a si mesmo diante da liberdade de expressar alheia. Como nos comportamos diante do direito do outro. Quanto à goiabeira de Damares, a primeira vez que assisti o vÃdeo juro que ri muito. Mas depois de ver o vÃdeo completo, senti vergonha de mim mesma, porque ela descrevia o que ela pensava enquanto criança diante da sua fuga de um abuso sexual recorrente.Ela era uma criança quando ela pensava assim.Entendo e respeito.
Mt 24, 23 (complemento).
Diz a BÃblia: "Se alguém vos disser: eis aqui o Cristo! Ou ei-lo acolá!, não creais (MT, 23).
Isso depende do que é Deus para cada um. Para Damares enquanto criança, a capacidade de se salvar escapando de um estrupador recorrente é ver Jesus na goiabeira. Para um desempregado, um emprego imprevisto pode ser Deus. Para uma pessoa atormentada um pouco de paz pode ser Deus. Para uma pessoa com ansiedade, ficar livre da ansiedade sem remédios pode ser Deus. Que diferença faz?
O "preconceito" contra os mÃsticos virou cientÃfico justamente pq foi a ciência que nos tirou da idade das trevas e nos mostrou que essas bobagens não existem. O "preconceito" contra os mÃsticos é o mesmo que temos contra estelionatários, por exemplo. Fraude, pura e simples.
Não sei se concordo com vc.A ciência não nos tirou das nossas trevas Ãntimas. A maior prova é nossa intolerância com os mÃsticos e entre outros.
Os mÃsticos prescindem de estruturas de poder religioso, não precisam delas. É por isso que os funcionários de Deus os veem com desconfiança e desprezo. Quando São Francisco de Assis afirma poder ouvir a voz de Deus no vento, para que serviria a Igreja? Por que intermediações humanas entre o homem e Deus? Deus é tudo o que as palavras não podem dizer. A única linguagem possÃvel para o mÃstico é a poesia.
Minha experiência é muito diversa.Minha sensação de mundo é que Deus é uma criação da mente humana.É uma necessidade humana que faz parte da evolução do pensamento. Não acredito em Deus, mas não sou ateÃsta. Só não quero ficar na eterna discussão se ele existe ou não.Para mim ele existe na mente de quem quer acreditar nele.Mas rezo.Sem direcionar a oração à Deus ou ao diabo,vai saber.? Porque uma boa oração é para minha vida melhor do que coaching,padre,pastor, mÃstico qualquer.
Li todos os comentários publicados até agora. Esse do sr. Eduardo foi o que me chamou mais a atenção e com o qual concordo. Tenho mais de 50 anos. Sou um profissional na área tecnológica e trabalho com lógica todo o tempo, mas desde os 16 anos sempre busquei, e creio que experimentei, algo da mÃstica cristã tanto pessoalmente quanto por intermédio da leitura de bons textos sobre o tema (recomendo, por exemplo, a obra de San Juan de la cruz ou a de Jeanne de la Motte Guyon).
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