Luiz Felipe Pondé > A revolução cultural cristã Voltar
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O último parágrafo do texto é fundamental para qualquer pessoa. Quando um ser humano entende que não precisa desdenhar de outro para ser feliz ele deixa de engatinhar psicologicamente e dá os primeiros passos para o verdadeiro autoconhecimento prometido nas religiões é quando se percebe pela primeira vez o respeito ao pensamento alheio.
Atravessamos os últimos 2 mil anos da história religiosa da sociedade e ainda coexistimos exatamente da mesma forma de pensar. Uns pensam que religião é algo à ser combatido e não estudado, uns estudam, uns estudam equivocadamente, outros estudam fanaticamente poucos estudam visando o pensamento humano.
”Não desprezar mas também não desdenhar” Está diretamente associado ao fato de as religiões abarcarem de tudo que é conceito e valor que são anteriores a elas, como a fé, inerente no humanos, foi adotada por elas como se delas fosse propriedade. Além de que a lavagem cerebral que as religiões vem fazendo na sociedade há milênios. E a ideia de uma pseudo salvação como prêmio. A religião impôs um comportamento totalmente equivocado do que é realmente a vida e do porquê estamos aqui.
Mas adere à esse comportamento quem quer. Ou não?
Adesão a uma religião reflete uma certa pobreza de alma? Por acaso existe o conceito de alma , ou mesmo espÃrito, fora da religião? Acho que foi uma ironia que acaba por trair a postura agnóstica do articulista.
Complementando o que escreveu Wagner, "pobreza de espÃrito" é uma expressão bastante comum para descrever a falta de sensibilidade à s coisas belas e interessantes que nos cercam.
Eu sou ateu e uso essas expressões ("alma", "espÃrito", etc) para fazer referências a elementos metafÃsicos (chame de subconsciente ou do que preferir) e faço isso conscientemente. Não é porque sou ateu que não posso usar referências da religião. Seria como proibir vascaÃnos de admirar o Zico ou flamenguistas de reconhecerem o valor do Roberto Dinamite. Ou seja: uma bobagem.
Alma vem de animu ou vida. Não é um conceito religioso e não é o mesmo que espÃrito. O conceito religioso de alma é uma coisa bem diferente de seu conceito geral que estava presente em várias culturas, pois há palavras correspondentes em grego, hebraico e sânscrito
Sugiro a leitura de Mateus, 5.
Excelente artigo, em compasso com o (provavelmente) bom livro. Como dizia o (clássico) Aristoteles, a virtude está no meio termo.
Há que se diferenciar religião de espiritualidade. Desdenho das religiões por prometerem alguma "verdade universal" e muitas vezes tentarem impor uma espiritualidade única, mas jamais desdenharia da espiritualidade subjetiva de cada um.
Ao pinçar ocorrências Pondé mostra desconhecer o que ocorreu com a Biblioteca de Alexandria, monumento da cultura helênica e mundial, gigantesca até para os padrões de hoje. Seu desmantelamento começa com Ptolemeu VIII, entre os anos 125-116 a.C, por problemas de polÃtica interna e é incendiada pelos soltados de Júlio César em 48 a.C. Pois é, nem havia cristãos sobre a terra, ainda.
Realmente, a esquerda se tornou vegana, reviu muitas de suas teses, se democratizou e hoje prega, na sua maioria, a não violência. O próprio Sarte reviu sua posição em relação ao Maoismo e ao Stalinismo. Isso é sinal de amadurecimento. Já os fascistas continuam os mesmos...
Texto muito bem escrito e, mais do que tudo , uma resposta elegante e chiquérrima àqueles que ridicularizam as religiões , usando-as como temas para suas paupérrimas interpretações e chacotas.
Se os ricos e o orçamento do Império foram para Constantinopla nada sobrou para o ocidente: a população era pobre, os povos vizinhos era formado pelos conhecidos "bárbaros": celtas, alanos, germanos, ostrogodos, visigodos. Estes povos nunca tiveram acesso à cultura helênica. Os filósofos romanos completavam seus estudos na Grécia. Tudo continuou no Império Bizantino, também com os Otomanos (muçulmanos). Nestes é que bebeu o renascimento (para o ocidente, o que os neófitos não sabem).
De novo, o ataque de neófitos em história. O decantado Império teve sua capital mudada para Constantinopla em razão da promiscuidade que devastava Roma. O Império só cresceu nos anos de saques aos povos vizinhos, decrescia quando o imperador de plantão era incompetente. Para ficar por aqui, no auge do império o número de famÃlia abastadas e letradas era menos de um mil, repito menos de mil. Quase todas estas foram para Constantinopla. Roma caiu e empobreceu por si, nada a ver com cristãos.
O papel higiênico foi "inventado" por Richelieu. Ele usava pequenos lenços de seda para sua fÃstula perianal. Porque eu insisto em falar do papel higiênico? Porque, prá mim, é o verdadeiro exemplo de "Civilização". E tenho dito.
Os serviços de saúde e assistência social. A educação, a fundação das Universidades e Faculdades. Os pastores negros na questão dos direitos civis americanos. João Paulo II e a derrocado do comunismo no século passado. O catolicismo pós concÃlio, a derrubada dos militares aqui no Brasil. Tudo também é obra do cristianismo. As pastorais sociais com a multi mistura que erradicou a fome severa do Brasil. Etc... Isso é cristianismo.
Não havia escolas. Não havia nada. Nada. Nada. E a dona moça coloca aquela época num patamar quase que sublime. Mas que raio de gente é essa ? Tem praticamente tudo a sua volta, e desdenha. E mais, todas essas facilidades maravilhosas estão ao alcance de todos. E não só para os imensamente ricos, como naquela época. Cultura ? Só para meia dúzia. É fácil falar e escrever...
Vendo as multidões, Jesus subiu À montanha e sentou-se. Os discÃpulos aproximaram-se e ele começou a ensinar: Felizes os pobres de espÃrito, porque deles é o Reino dos Céus." A verdadeira revolução foi proposta por Jesus.
Um pequenino exemplo: Os gregos usavam lascas de telhas como papel higiênico. Os mais cultos. O resto era nos dedos. Pouca água para beber e para lavar, praticamente nenhuma. Sem banho. Sem talquinho. As ruas fediam insuportavelmente ao meio-dia. Tudo era feito de maneira grotesca, sem o mÃnimo de higiene. Sal e pimenta. Doenças e pestilências à granel. Mãos para comer e arrotos colossais à mesa. Vômitos idem. Vinhos horrorosos. Chega! Usem a imaginação para o restante. Deus do Céu !
Nunca foi tão fácil ganhar muito, mas muito, muito, muuuuiiiiiiittoooo dinheiro das cabecinhas mais que instruÃdas (poucas saem das Faculdades lendo) destes anos "1990/2000/2010". Meu sonho é colocar essas "pessoas" na Máquina do Tempo" e mandá-las para um fim-de-semana na deliciosa época (culta) greco-romana. Em menos de cinco minutinhos, os berros de : "Tirem-me daqui! Helllloooowwww ? Buááááááááá!! Eita !
O cristianismo não é isso aà não. Isso é cristandade. Os Imperadores Romanos eram cruéis sim. Eles eram liberais para com os homens livres, os escravos teriam outra história para contar. Aliás, nem contados como pessoas eram. O cristianismo foi fundamental para superação da escravidão. Esse texto é na mesma linha do ministro que fala que a escravidão foi benéfica. Querem desmerecer um fato a partir de um detalhe, sem contar o todo da história.
Superação da escravidão? Essa foi boa.sem desdenhar, mas o cristianismo tem tantas amarras da alma e do indivÃduo que fico perguntando de qual escravidão?
Bom texto, estou lendo o livro, aliás, como destacou no texto da Editora portuguesa Desassossego. Assim a revolução cultural cristã ainda se encontra firme e forte no Brasil, mas a editorial nem tanto. E se não me engano o Sr. criou um neologismo: paliocristianismo! Ou um cristianismo de dossel?
Bravo!!
Não se pode confundir desdém com opinião negativa. Sendo um fenômeno humano, grandes homens, como Marx, Freud, Russell, Sartre, Foucault não foram indiferentes à religião, mas reconheceram o que ela sempre representou, historicamente, quando se pensou na possibilidade de construção de um mundo mais lógico e justo. Os talibãs cristãos estão aÃ, são perigosos e merecem que segmentos mais lógicos da sociedade criem ou apliquem leis que façam aqueles relegarem suas crenças à s suas vidas pessoais.
Esse era o pensamento dos romanos quando Cristo pregava vivinho da Silva.Considerando que tudo que foi deixado escrito na sociedade é ficção da mente humana. O mais concreto é que sua opinião é a mesma das pessoas de 2 mil anos atrás. Vc deve ser um gênio. Não?Religião alheia não é algo para ser combatido de forma alguma. Religião é algo pessoal. Faz parte do aprendizado humano.
O autor conseguiu elaborar um texto sem o termo "inteligentinho". Parece estar diversificando mais o vocabulário. Mas não resistiu e no último parágrafo voltou a mirar os ateus.
Bom artigo, e pelo que parece um excelente livro. Mas uma coisa que me chama a atenção é a relativa escassez de grandes nomes na área do conhecimento ao longo do perÃodo romano, bem antes do cristianismo triunfar. Entre 500 AC e 200 AC há uma quantidade enorme deles seja na matemática, astronomia ou filosofia. A revolução cultural no mundo antigo talvez tenha sido a organização polÃtica fundada na plebe romana. O mundo aristocrático anterior murchou. Teria sido o cristianismo a cereja do bolo?
É tanta aberração que se vê pelos becos e frestas do mercado da fé que fica difÃcil não tentar se resguardar e resistir ao esmagamento pelas massas fÃsicas e virtuais a assediar nossa mera existência. Devemos simplesmente aceitar o rolo compressor em nome do respeito por essas massas, não recÃprocos, e ficar em silêncio até que sejamos plenamente esmagados?
Em que pese o articulista ter contribuÃdo para divulgar um interessante livro que eu não conhecia, sua contumaz mania de supor-se um iluminado entre indÃgenas tolos e ignorantes o faz perpetrar tolices embaraçosas, como a de que a Revolução Cultural Chinesa ainda seria admirada em jantares...parece-me que estamos já em 2019, não em 1969...além de inúmeras regras de concordância, mais parecendo um artigo escrito pelo estagiário
Deduz-se do artigo: Kant, Schopenhauer, Marx, Nietzsche, Freud, ... eram “fracos intelectualmente”, pois desdenharam das religiões.
Acredito que vc deduziu certo. Considerando que nenhum ser humano nasce sabendo. Todos nós em algum momento durante a vida fomos e somos fracos intelectualmente, psicologicamente, moralmente, espiritualmente, etc.Aprendemos a não ser durante a vida e com a vida.Vamos morrer com alguma fraqueza intectual com certeza. Desdenhar pessoas, ou religiões alheias ou não, que são maneiras de enxergar a vida de forma diferente da nossa é fraqueza intectual com absoluta certeza.
Vc deduziu corretamente na minha opinião. Mas não esqueça nunca que nenhum ser humano nasce sabendo. Em algum momento da vida todos nós éramos fracos intelectualmente , moralmente,espiritualmente, psicologicamente, etc somos carentes de tudo isso. Assimilamos ou não durante a vida.E desdenhar qualquer pessoa ou religião é não ser intelectualmente preparado para respeitar o momento do outro.
Desdenhar dela, na minha opinião, não é fraqueza, mas sim coragem para dar o primeiro passopara o enfrentamento de ideias. Principalmente no cenário polÃtico. Estás a falar do Porta dos Fundos, certo? Pois é, de outra maneira não haveria êxito.
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