Opinião > O protocolo de Paraisópolis Voltar
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Me permita uma correcao, sra picanalista, o Blues nao foi criado nos anos 1960 e sim muito antes disso nos EUA. Ilustres singers like Robert Johnson foram os responsaveis. A sra poderia orientar os policiais como proceder nesses lugares com bailes funk. Mas, pessoalmente, viu!
Idos dos anos 70. Ãdolo da ulltra-direita, o Coronel do Exército Erasmo Dias, era Secretário da Segurança do governador Paulo Salim Maluf. Rota na Rua!, Suspeito Bom é Suspeito Morto, etc. e tal. Todo o cardápio autoritário a que se tem direito. Voltando à noite de um evento com a esposa, Erasmo Dias teve o carro cercado por viaturas da Rota, roteiros desceram gritando, metralhadoras prontas prá disparar.
Militar experiente, sabia que as armas disparavam sozinhas. Não reconhecido, o elemento Erasmo tentou se identificar. Acharam que era deboche com as otoridades. Iam partir prá cima. Vai daqui, vai dali, deixaram puxar a identidade militar do elemento. Constrangimento, continência, a gente só estava cumprindo nosso dever, etc. etc. De coronel quase foi chamado marechal. No dia seguinte o elemento Secretário, mudou o protocolo.
A polÃcia nos defende e nos serve. Viva a polÃcia. Mas o policial que ameaça, abusa, se descontrola, não é, ou não poderia ser polÃcia. Esse o problema. Os que defendem a atuação da polÃcia em Paraisópolis, como muito dos comentários de extrema direita, continuariam defendendo se em lugar de 9 fossem 10, sendo este último seu filho? O absurdo total é o governador João TraÃra, manequim de griffe senior, defender o horror chamando de protocolo (!). Aà não dá.
Essa psicanalista precisa de uma psicanálise! Como que ela pode começar um artigo falando deste episódio triste com um possÃvel diálogo que não ocorreu entre policiais? Como pode começar o artigo mentindo desta forma? Como sei que é mentira? Simples! É certo que todo policial sabe o que é um baile funk porque estão todo final de semana dispersando um! Fazem isso para que pessoas como ela tenham uma boa noite de descanso. Vou tratar disso na minha cabeça com minha psicanalista!
Procura no dicionário o significado da palavra metáfora. Quando se diz, fulano tem um coração de pedra, evidentemente não tem uma pedra de verdade no lugar do coração. É uma metáfora. Sacou? O mesmo quando a psicanalista diz que o policial não sabe o que é funk. Uma vez uma grã-fina perguntou a Louis Amstrong: seu Amstrong, o que as pessoas veem no jazz? E ele com sua voz rouca: Madama, se a senhora precisa perguntar, eu tenho certeza que não vou conseguir explicar. Oh, yeah!
Não ficou claro se o artigo é uma apologia ao Funk ou uma tentativa de criminalizar a polÃcia. "Todo show elas tá me querendo, Sabe que o Poze é o cara do momento, Fumo uma da braba pra poder passar o tempo, E as que pisava, hoje em dia tá rendendo, pode crer". As frases acima é de um verso de um Funk de sucesso nas paradas. Associar esse padrão de letra ao jazz ou a música dos Stones faz tanto sentido como afirmar que a polÃcia "quer é matar". Segurança não é para amadores.
vc acha mesmo que os stones queriam homenagear o açúcar mascavo na música brown sugar?
Não é correto o uso do termo "assassinato" para se referir às mortes de Paraisópolis. Como qualquer dicionário pode esclarecer, assassinato significa matar outra pessoa intencionalmente e, no caso em questão, as mortes foram por asfixia em virtude de adensamento de multidões(chamada incorretamente de "pisoteamento"), e, portanto, não-intencionais.
Paulo César tem toda a razão. Assassinato é matar intencionalmente. Outro caso que não pode ser chamado de assassinato. O elemento em seu veÃculo possante, entra numa avenida a 200 por hora, perde o controle e mata uma famÃlia inteira no ponto de ônibus. Assassinato? Claro que não, mera falta de sorte.
Certo. Por esta lógica, posso amedrontar, perseguir, encurralar, provocando "adensamento" numa multidão, e depois isentar-me do resultado, alegando não-intencionalidade... Tinha de responder a este comentário, mas minha intenção primeira era e é cumprimentar a autora do artigo, que dá voz pública à indignação de tantos de nós.
Provocar a morte causada por asfixia em razão de adensamento pode ser considerado assassinato. É assassinato indireto. É como gritar "Fogo" dentro de um cinema lotado. As autoridades devem ser responsáveis e ser responsabilizadas por seus erros. Está faltando isso no Brasil. Do mesmo modo que um policial não pode atirar contra bandidos em fuga se houver risco à vida de civis inocentes. Nao é esse o protocolo.
Fiquei mais indignado com as cenas de agressão de pessoas indefesas por policiais armados de bastões ou usando chutes e pisões em quem não oferecia resistência nem oferecia perigo. Estes atos reprováveis por parte da polÃcia, claramente intencionais, devem ser punidos de forma exemplar.
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