Thiago Amparo > Fascismo identitário não existe Voltar
Comente este texto
Leia Mais
"À esquerda com o uso incorreto de lugar de fala como autoridade, e à direita com a apropriação de negros e LGBTs conservadores para as suas trincheiras, o que era para ser um mecanismo para fomentar debate se torna seu oposto". Essa não é uma questão menor, essas questões deveriam ser objeto de crÃtica e reflexão profundas, sem passar pano para ninguém. O risco de fazer pouco caso do uso autoritário do lugar de fala, é não conseguir colocar o monstro de volta na caixinha.
Ufa, que alÃvio. Resumiu tudo que eu queria dizer e ainda me deu alento. Só não reconhece lugar de fala quem sempre teve voz.
Penso que dá pra resumir a visão de Antônio Risério sobre a questão da seguinte forma. O direito de falar tem de continuar pertencendo a quem sempre falou. Ponto. Que negócio besta é esse de querer reparti-lo?
Precisa que Risério não queira repartir a fala pra que teu argumento seja válido. Duvido. O lugar de fala não reparte a fala, monopoliza-a calando assim quem não faz parte do grupo autorizado a falar. Quem quer 'calados' nessa história?
Obrigada pelas sensatas palavras, Thiago. Um alÃvio e prazer lê-las. Para quem quiser ler um pouco sobre este conceito (e formar uma opinião embasada), recomendo "Pode o subalterno falar?", de Gayatri Spivak.
O fascismo identitário existe e quem a ele se opõe é caçado pela patrulha do "politicamente correto" além de, frequentemente, ser ameaçado de processo criminal pelo Ministério Público.
Mas você não acha, que, também, que grande parte de quem se opõe de forma xiita não passa de um fascista?
Ou não se assume? O maior problema é que as pessoas misturam problemas orgânicos-biológicos com expressão de comportamento ou pré-conceito. Então nega que atletas que tem toda bagagem hormonal e muscular enfrente atletas que não tiveram toda esta exposição a testosterona? Ou misturam doenças caracterÃsticas de certos grupos (certas doenças metabólicas ou de pele caracterÃsticas de uma população branca ou a Hipertensão Arterial e A. Falciforme em outra). O que está em jogo é manipular politicas
O setor em que eu trabalho tem se ocupado, para além de suas atividades finalÃsticas, em atender a' demanda de cidadãos por incorporar seu nome social à s bases de dados do governo. Isso é um direito. A única ressalva que eu faço a esse movimento identitário é que incorpora-se, juntamente com o gênero ou a cor, também o sofrimento de "ser". Daà pode-se depreender que querer "ser" gay, mulher ou negro numa sociedade como a nossa não é fascismo, é um direito civil que se manifesta historicamente.
3. Ele diz: "Djamila Ribeiro, que em seu livro defende lugar de fala não como censura". Se a prática não está casada com a teoria, estamos diante de dissimulação, canalhice ou oportunismo (ou tudo isso junto). Djamila é uma na GNT, no seu livro, dando entrevistas para a grande mÃdia. Quem já a viu discutindo inúmeras vezes no palco real sabe muito bem que ela apoia isso que Risério chamou de fascismo identitário, que ela se aproveita de seu "lugar de fala" para querer calar os discordantes.
1. Amparo critica o "hiperbolismo do termo fascismo" por Risério. Amparo, olhe entre os seus. A esquerda é a que mais faz uso indiscriminado do termo. 2. Este artigo diz que "lugar de fala não é impedir o debate". Isso é na teoria, no livrinho. Na prática o conceito é largamente usado para calar a boca de quem discorda, como se membros de minorias fossem os magistrados do tudo. São desrespeitados? São. Mas quando em seu "lugar de fala" muitas dessas pessoas se tornam autoritárias.
..."muitas dessas pessoas se tornam autoritárias".. direita até tornam-se fascistas...
Fascismo parece mesmo um termo impróprio, porque esses movimentos não se propõem a controlar o Estado. Parece mais com a lógica do sindicalismo, onde se acredita que a melhoria de vida passa por concessões obtidas pelo confronto, sendo inúteis talento e esforço individual.
Discordo.Esses movimentos se propõem a controlar o Estado. Primeiro através de leis ( lei de cotas , equiparação de homofobia ao racismo, criminalização da misoginia, etc...) o que cerceia o direito de oposição. Depois com ações mais diretas como "primeira presidente mulher ", "primeiro presidente gay", etc..
Virou moda rotular as pessoas de fascista quando na verdade a prática é movida por ignorância e não pela constatação das práticas fascistas pelos adversários. Oswald Mosley é um fascista declarado que fundou a "British Union of Fascists". Segundo ele, a dinâmica do fascismo é colocar todo o poder do paÃs sob o governo. Do ponto de vista do Mosley o Brasil seria um paÃs fascista, pois nem o governo Chinês controla tanto a economia como o governo Brasileiro, com campeões nacionais e tudo.
A interpretação, talvez errônea, do conceito por parte de alguns consiste em cassar a fala daqueles q não pertencem a determinados grupos, não raro de forma virulenta. Há alguns scholars q o tem criticado, como João Cezar de Castro Rocha, Diana Klinger e Francisco Bosco, autor de "A vitima tem sempre razão?"
O fáscio, que denomina e inspira o fascismo é uma arma horrÃvel - machados em 360 graus em um cabo só. É uma arma feita para 'abrir caminho', não tolerando resistências. Acredito que Risério enxerga o fascismo do lugar de fala dos identitários daà - a intolerância que pode estar oculta no conceito. Djamila propõe uma gradação? Melhor outro conceito limpo de dúbia interpretação... ;)
O conceito é ruim e continua a não explicar Chico Buarque... ;)
Busca
De que você precisa?
Fale com o Agora
Tire suas dúvidas, mande sua reclamação e fale com a redação.
Thiago Amparo > Fascismo identitário não existe Voltar
Comente este texto