Hélio Schwartsman > Uma defesa da censura Voltar
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Sim, senhor Jorge Antonio, cada um ler à maneira que deseja entender . Vá ao vocábulo "ideologia" em qualquer manual e coteje com a conotação que deu à palavra. O resto se depreende por si. O que motivou o artigo? Ora, dá-se graças a Deus que um povo que outrora não opinava em polÃtica dê as costas à ela; que procure nas redes sociais atrás de fetiches, quem sabe encontre um grande amor... O nome disso é apaziguamento, alienação. Tens razão, senhor jorge, cada um lê à maneira que deseja...
É mais fácil demitir o sujeito pelo telefone do que fazê-lo cara a cara, olho no olho. O anonimato ou a distância é a mãe da disrupção da censura.
O articulista concorda com Luciano Huck, Tábata Amaral e outros que defendem a neutralidade, o centro. Fique quieto, sr. discordante, pois até os franceses, sim, eles, que moldaram o mundo civil de hoje, estão sendo criticados por ir à s ruas, por não engolir a reforma da previdência dos abastados. Fique, Sr. discordante, calado quando o assunto for polÃtica; manifeste-se apenas na condição de consumidor, aja apenas pra aplicar em ações e fundos de renda fixa... À mercê da mão invisÃvel...
O articulista escreveu: "Para funcionar bem, a sociedade precisa que as pessoas exerçam algum grau de autocensura." Não um grau absoluto que implique em ficar calado e em nenhuma das linhas está explicitada a neutralidade. Mas, ultimamente, cada um lê com a lente da sua ideologia e infere um conceito que a maioria dos leitores não detecta.
Esse negativo é na verdade positivo. Serve para identificar facilmente pessoas com deficiência mental. Serve por exemplo, para identificar como funciona a mente dos adeptos de Lula que não fazem parte da Nova Orcrim, que não tem boconas e boquinhas, que não são advogados de corrupacos, que não são funcionários públicos nem de estatais, que não são jornalistas ameaçados de perder emprego ou ressentidos. A mente deles é fascinante.
ah, o cidadão está atrasado... Isso é a Lei Moral, de Kant, de 1750...
Foi disso que o colunista dalou. Seu questionamento apenas cria animosidade. Sua ceitica nao contribuiu em nada para o debate.
Concordo! Mas, dou um outro nome para a autocensura: respeito ao próximo! O que falta ao brasileiro é o respeito ao próximo. Não faça para o outro o que não iria que o outro fizesse para si.Se respeitasse o próximo, amenizaria muita loucura que existe por aÃ. No mais, parabéns pela coluna .
Não creio que a autocensura tenha surgido para acalmar os embates sobre ideias conflitantes. O autor insinua que o ressurgimento de ideias como a do terraplanismo se deve a um terreno propÃcio à divulgação de teorias malucas devido à retração do contraditório. Não comungo dessa ideia. Vejo um processo seletivo das mentes inteligentes e abertas a discussões argumentativas sobre os assuntos sobre os quais vale a pena discutir, considerando a "cabeça " do interlocutor. Às vezes é bom desistir.
Vergonha na cara, bom gosto, mau gosto, (in)decência, imoralidade etc são conceitos que a internet mandou pro espaço. O pior do ser humano, os instintos mais baixos, o que o freio civilizatório barrava nos meandros mais escuros da mente, tudo isso encontrou terreno fértil nos blogs, vlogs, webpages e redes sociais. E agora, José? Regular de alguma maneira? Deixar correr em nome da liberdade de expressão? Não vai demorar muito para que a pedofilia, por exemplo, acabe sendo aceita. Alguém duvida?
Civilização é (auto)repressão. Começa em casa, com a autoridade do pai (imaginário ou real) e segue vida afora, segundo o que antigamente se chamava de ditames da decência. O problema da atualidade, a falta de pudor nas redes, é que os trogloditas não precisam "dar as caras" - daà a obsolescência do preceito de "vergonha na cara". Já eram os tempos de "a vergonha é a herança maior que meu pai me deixou.." (LupiscÃnio Rodrigues).
LupicÃnio: "Gente de todas as cores/Faça esse favor pra mim/Quem puder cantar que cante/Quem souber tocar que toque/Flauta, trombone ou clarim/Quem puder gritar,que grite/Quem tiver apito,apite/Faça esse mundo acordar".
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