a destruição de hiroshima e nagasaki parecia ter mais a ver com uma outra ameaça que vinha do leste determinante para derrotar os nazistas. Eles precisavam saber o poder que os aliados tinham em mãos para se conterem. Os japoneses, fama de império cruel na Asia, foram os bois de piranhas. Note que o ataque a Pearl Habour foi a uma instalação militar. O ataque a Hiroshima e Nagasaki foi direto sobre uma população civil. A estória é contada por vencedores, a história por fatos.

Sobre o clássico dilema de jogar a bomba ou arrastar a guerra por mais xis mortos, sempre caberá perguntar se não houve alternativas de alvo final, como digamos ilhéus despovoados à vista da costa japonesa. A decisão de incinerar para mais de 50 mil pessoas (bem mais no caso de Hiroshima) continha com certeza um grão de vendetta ou mesmo toneladas de ressentimento, pouco importa se justificados ou não. Era a retribuição de Pearl Harbor. Fica-se imaginando se FDR daria a ordem nesses termos.

Somente quem não conhece a história da Guerra do Pacífico pode fazer a pergunta se as bombas eram necessárias. O Japão já tinha perdido a guerra, mas isso não muda o fato de que a última ofensiva japonesa na China ocorreu entre abril e junho de 1945. Além disso, o Japão ainda ocupava partes da China, toda a Coreia, Malásia (incluindo Timor Leste), Indonésia, Vietnã, Tailândia, Camboja, Laos e parte de Mianmar. Nada indica que fossem sair desses países sem a bomba ou uma sangrenta invasão.

Esta história traz um aprendizado importante para o planeta sobre os regimes republicanos e democráticos, ao invés de totalitários e ideológicos. Como que os imperadores impuseram duas bombas atômicas em seus próprios civis, imperadores que já tinham sido criminosos jogando bombas em cima de civis chineses. Os EUA, primeira grande república do mundo (1776), forçando reorganização do Japão. Sem meritocracia na seleção dos líderes, a humanidade convive com estes riscos: Arábia Saudita, Rússia etc.