Para algumas pessoas é difícil compreender que algo disponível para elas usarem não é sua propriedade. Canetas e sabonetes estão ali para todos, e não se preocupe, se você não usar, o próximo vai. Talvez essa seja uma expressão cotidiana do patrimonialismo que infecta a sociedade: meu quarto é uma extensão do meu corpo e portanto tudo que está aqui é meu, sou um rei-hóspede. Deprimente.

"Roubar" o sabonete usado, fala sério dessa reportagem, é óbvio que se trata de algo que o hóspede vai consumir na estadia. É o mesmo que dizer que o cliente roubou do restaurante o resto de comida ao pedir pra embalar pra casa. A caneta também é um brinde do hotel (pode perguntar pra qualquer recepção), até porque faz propaganda dele.

Esses são aqueles que comem sardinha e arrotam camarão. Típico sintoma de pobreza. Que vergonha!

Sabonete pego, porque se estou pagando por ele em meu quarto!