Opinião > Qual divulgação científica (não) queremos? Voltar
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Texto muito belo enquanto um ideal que deveria ser alcançado, porém a realidade dos poderes: polÃticos, econômicos, religiosos, midiáticos e do conhecimento está a favor de manter o status quo destes que estão a frente desses poderes, isto é, seria uma grande ingenuidade imaginar que os detentores destes poderes sentiriam em seus corações a vontade de partilhar estes poderes.
A chamada comunidade cientÃfica representa hoje o que o clero representava na idade média européia. Há uma confiança por parte do público de que ali está a verdade. (Claro que há hoje os terraplanistas como havia os hereges na época). A única forma de manter essa confiança é a qualidade, o rigor e a relevância de sua produção. Os presidentes passam como os reis passavam, e a igreja permanecia como a ciência permanece.
Brilhante! Como divulgadora compromissada com o compartilhamento de saberes e o diálogo, com a promoção da possibilidade de crÃtica inclusive em relação à própria ciência, me senti completamente representada pelas preocupações expostas e, mais do que isso, inspirada por suas palavras. Está passando da hora de qualificarmos esse grito desesperado pela divulgação, que, de fato, muitas vezes sai fazendo sem saber porque, e frequentemente busca algo como fé cega e o apoio incondicional. Obrigada!
Grande parte da polêmica no Brasil e no mundo envolvendo a ciência se deve ao equÃvoco de considerar a instituição ciência a mesma coisa que o cientista individual. O fÃsico R. Feynman escreveu que "a ciência faz de tudo para provar que está errada". O cientista porém prefere provar que está certo e prefere evidências que favorecem suas teorias favoritas. Enquanto para o cientista da iniciativa privada o desafio é uma constante, para o cientista do setor público, o desafio é visto como ataque.
No setor privado a busca do lucro baliza o caminho da ciência, o financiamento público dá liberdade para que o cientista possa trabalhar pensando em quem não pode pagar, pesquisas que venham beneficiar pobres, no geral não vão bsair dos cofres de quem investe pelo retorno, o resto, só retórica!
O culto irracional à iniciativa privada produz bobagens sem fim. Dizer que para o "cientista do setor público o desafio é visto como ataque" é infantil. Ignora a descomunal quantidade de Ciência produzida em universidades dos governos (em muitos paÃses) ou bancadas pelo Estado. Se o "cientista do setor público" (entendo que é aquele que recebe salário do governo) pensasse assim, não teria condição de produzir o que o mundo inteiro reconhece como produção cientÃfica de alta qualidade.
O senso comum aceita a ciência desde que ela não interfira em dogmas religiosos. Para a maioria, os livros religiosos são a verdadeira ciência. Como mudar essa situação?
Belo texto! Na base, um velho questionamento, a ciência é neutra? Ou, o seu avanço é instrumentalizado? Por quem? Essas perguntas interessam, a resposta á elas definirá o nivel de apoio que virá da sociedade.
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