Opinião > Bacon, esse vilão Voltar
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Artigo e comentários muito interessantes. É curioso porém notar, que Bacon sistematizou o pensamento cientÃfico, mas esse já corria solto, surpreendentemente em Portugal. Há autores que dizem que a Renascença nas ciências, não começou com o experimento de Galileu na Torre de Pisa, entre 1590 e 1610, rompendo a hegemonia aristotélica, mas muito antes, em 1434 quando o português Gil Eanes, dobrou o Cabo do Bojador, mediante excursões sucessivas e registros de tentativa e erro.
Kant ajudou a conciliar esse bipolarismo epistemológico. A palavra chave dele é crÃtica e sua utilidade social se dá na democracia. Uma visão crÃtica sobre as verdades só com educação de qualidade.
Em suma, não tivemos movimento iluminista no Brasil, e mesmo em Portugal esse movimento de ideias foi controlado pelo despotismo de Pombal, primeiro-ministro de 1750 a 1777. O iluminismo, que põe sob suspeita os dogmas religiosos e reclama uma verdade assentada em fatos, fatos determinados pela observação e pelos experimentos, não vingou por aqui. Uma consequência atual é a confusão entre Estado e religião, derivada da existente entre razão e fé. Em suma, ignorância.
A coluna deve estar se referindo a algum evento atual, mas não ficou claro o que é.
O Francis Bacon foi o profeta do empirismo ingênuo e primitivo. Sua ideia de como a ciência funciona estava completamente equivocada. Nenhuma verdade cientÃfica jamais foi descoberta pela busca rudimentar de fatos. O cientista deve antes de coletar fatos, ter uma hipótese formada sobre o que buscar e por quê. No seu livro "New Atlantis", publicado em 1627 após a sua morte, Bacon demonstra porque era o zeitgeist do seu tempo, ao propor uma utopia governada por déspotas iluminados.
Resumindo, aqui no Brasil, o nosso bacon vilão não é exatamente de toucinho é outro. O que temos aqui defumado desde as caravelas é o cérebro, defumado lenta e inexoravelmente pelas luzes e fogo de velas e alguma fogueira, por suposto. Amém!
mas num livro incompleta, atlantida, defendeu uma sociedade teocrática, em que adeptos de outras religiões poderiam sobreviver, desde que as abandonassem e se submetessem ao cristianismo.
Foi muito bom ler esse artigo.
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