Ilustrada > George Orwell, morto há 70 anos, fez romances proféticos e distantes da realidade Voltar
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O autor da 'análise' faz um malabarismo patético para esconder o maior valor da obra de George Orwell — mais atual do que nunca: a capacidade de demolir a ilusão dos esquerdistas de que seja possÃvel aplicar a fórmula marxista sem a criação de um Estado totalitário.
George Orwell acreditou nos mantras do socialismo (comunismo), a ponto de lutar pela 'causa', mas acabou rendendo-se às evidências de que na prática o marxismo produz inevitavelmente o totalitarismo, o Estado policial, a opressão. Tanto que escreveu 'A Revolução dos Bichos' e '1984'. Além disso, "[no] final da vida, (...) secretamente denunciou amigos e colegas por (...) simpatias clandestinas pelo comunismo" (o trecho entre as aspas é de artigo da esquerdista Folha, de 11 de dezembro de 2014).
Engraçado: não vejo nenhum paÃs comunista no nosso admirável mundo novo atual, mas vejo novas formas totalitárias ultra-capitalistas...O George Orwell foi socialista, mas a sua honestidade intelectual e polÃtica lhe permitia vislumbrar o totalistarismo no stalinismo e no nazismo. O que acho mais atual do que nunca é o totalitarismo neo-liberal! E uma obra literária é pra ser lida de forma aberta e não pra defender uma tese disso ou daquilo!
Sem dúvida nenhuma, estamos vivendo 1984. A linguagem politicamente correta é a novilÃngua. O passado já está sendo reescrito e tem gente negando fatos históricos e biológicos. A ideologia domina as instituições e quem discorda é criminalizado.
Ao que parece, Thomas Morus veio primeiro, com sua ilha U-topia. Seguiu-lhe muito tempo mais tarde outro Thomas, Hobbes. E daà prá frente o quase monopólio das previsões ou mero exercÃcios distópicos ficou com os britânicos. Huxley, Orwell, Bradbury - californiano-. Em 1978, Anthony Burgess escreveu 1985, zoando com Orwell, de que 1984 passaria e a sociedade prevista não aconteceria. Estava enganado. A cada dia o Poder do Estado se agiganta. Identificação facial é apenas um passo.
É medonho, no Brasil de hoje, a última frase do '1984': "Tudo acabara bem. Havia vencido a si mesmo. Amava o Grande Irmão."
Parece que o Reinaldo não acompanha bem a presente era. A farsa do julgamento de Trump é um teatro cansativo, é hipocrisia que se tornou rotina, aceita pelos periódicos e telejornais, quando todos absolutamente todos sabem, do polo sul ao polo norte, que não vai dar em nada. Isso é "novilÃngua"
"embora não tenham faltado regimes cuja intenção era reescrever o passado e transformar seus cidadãos em servos, nenhuma dessas tentativas pareceu ser capaz de durar mais do que poucas décadas." Exceção: Russia e China.
Novamente essa palavra boba e dispensável: distopia
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