Mario Sergio Conti > Revista The Economist, bíblia das finanças, já elogiou Mussolini e Pinochet Voltar
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Quando quer, Conti é um afiado provocador. Deu à luz até a admiradores de Pinochet e Mussolini. Comentário abaixo defende que o liberalismo legado por Pinochet lhe deveria garantir uma necessária distinção, à parte, claro, o déspota que foi. A crÃtica à Economist é soberba. Mário tem essa curiosa tendência.
No mundo existe dois tipos de pessoas: liberais de direita e liberais de esquerda. The Economist já elogiou Dilma, e, apesar da crÃtica, flerta com Bolsonaro. No fim das contas, a revista, interessa o mercado, ela não faz distinção se o governo é de direita ou de esquerda (desde que não seja socialista). Sobre esta associação entre liberais e fascismo, é sabido a associação de Friedman com Pinochet e o elogio de Mises aos regimes de exceção nazifascistas; eles dão a alma a favor do mercado.
Os paÃses mais desenvolvidos sao todos liberais. A polÃtica liberal é o melhor meio de defesa contra empresários e classe universitária espertos, que aliás predomina por aqui, que vivem para aproveitar os subsÃdios e os penduricalhos de cargos públicos, que abundam no Brasil. Que as ideias liberais nos livrem destes abutres.
Hoje são liberais, mas no passado, quando ainda em desenvolvimento, não eram. Leia o livro Chutando a Escada, Ha-Joon Chang.
O texto mostra que o colunista não é leitor da Economist. O viés é claramente preconceituoso e aproxima-se, com sinal trocado, do que os bolsonaristas fazem com a Folha.
Chile: "renda per capita de mais de 25 mil dólares". Divida isso pelos vários estratos da população para ver como a fotografia fica horrorosa.
Os ditos liberais são propensos a defender a desregulamentação na economia, o livre mercado, se aproximando de um anarco-capitalismo. Esquecem a função mais nobre do liberalismo que é a intenção de mediar possiveis conflitos entre as ideologias, religiões, movimentos sociais, grupos, da forma mais neutra possÃvel, como tão bem propôs John Rawls.
Mussolini e Pinochet não têm nenhum mérito? Nem unzinho? Pinochet criou condições para assentar os fundamentos da próspera economia chilena, com renda per capita de mais de 25 mil dólares. Quanto a Mussolini, - apesar de ele próprio dizer que governar a Itália não era difÃcil mas sim inútil - consta que conseguia fazer os trens correrem no horário.
O infeliz colunista já entrevistou, em plena copa do mundo, sósias do Felipão e do Neymar voando sozinhos em classe economica de um vôo comercial, e pensou tratar-se dos verdadeiros. Só isso já basta para julgarmos a perspicácia e o bom senso do cidadão.
É realmente uma excelente revista considerando as concorrentes. Mas aquela capa do cristo redentor decolando em 2009, logo quando o paÃs estava abandonando as boas práticas de gestão orçamentária e pisando na jaca da "despesa corrente é vida" dilmista, foi de lascar. Mostra que seus correspondentes tem uma visão limitada sobre os paÃses que cobrem. Como confiar nas análises sobre a Ãndia, Turquia ou Indonésia?
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