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Só no anonimato mesmo para ser tão descarado no argumento. No paÃs dos privilégios do judiciário e do legislativo, dos ganhos astronômicos dos banqueiros, dizer que os professores são bem remunerados. Patifaria vendida como ciência. Deve ser por isso que os melhores alunos querem ser professores, não médicos ou juÃzes, promotores etc. Francamente, nessa hora me sinto ofendido como assinante desta Folha.
Certamente o autor desse texto leu o livro "Como Mentir com EstatÃstica", porque usa vários métodos descritos no livro para enganar os leitores. A manipulação dos dados para induzir o leitor a pensar que o salário de professor de educação básica "até poderia ser melhor, mas já está mais do que aceitável" é de um mau caratismo Ãmpar.
Sua argumentação é interessante. Todavia, permita-me discordar. O grande problema. na minha ótica, é vontade polÃtica. A vinculação obriga o gestor público a ter que gastar com educação, mesmo que não tenha vontade. Lembre-se que até a pouco tempo tivemos um Presidente da República que se orgulhava de não ter estudado e que odiava ler. Ele não via a necessidade da educação porque chegou ao cargo de Chefe do Poder Executivo Federal sem "diploma", ou melhor, com o diploma de metalúrgico.
Há diversos problemas no argumento do especialista. Cito apenas três: o piso salarial subiu, mas não é aplicado por todos os Estados, de modo que ele não reapresenta o salário real dos professores; o mais adequado seria comparar o investimento feito por aluno, ao invés do percentual do PIB investido em educação, pois o número de estudantes brasileiros é muito maior que o dos paÃses da OCDE; em momento algum o texto menciona condições de infraestrutura e de institucionalização do sistema.
Artigo mal intencionado, para liberar o orçamento, para gastar mais em investimentos de interesse polÃtico. Deveria comparar o salário de professores com o de profissionais de formação semelhante. Além disso dizer que o salário do professor é de metade de um professor da Europa é simplesmente mal caratismo. O daqui é de 8.200 dólares por ano. O menor salário de professor na Europa é de 22000, na República Tcheca - uma potência econômica. No Chile é 45000, na Irlanda é de 69000.
Per capita também gastamos o mesmo que a OCDE?
Um dos pilares da escola é o estudante. E esse precisa também de motivação para o estudo. Motivação essa que é econômica. "Preciso estudar muito pra ser Ifood, pra dirigir bicicleta e ganhar menos do mÃnimo" A escola nunca foi o ser isolado da sociedade.
Comparar piso salarial de professor da rede pública com o de pedreiro, padeiro, lixeiro, jardineiro e faxineira dá a real dimensão do valor que o Autor dá para o magistério. Trata com preconceito e generaliza o discurso da indolência, quando diz que dinheiro fácil viabiliza falta de fiscalização e gestão ineficiente. No fundo, perde a oportunidade de fazer o questionamento crucial: o que virá para substituir o FUNDEB, das mentes insanas que zelam pela Educação pública no governo atual.
Exatamente. Comparar professor com pedreiro, lixeiro e faxineira é realmente um parametro equivocado. O salario de professor e seu desempenho tem que ser comparado aos de juizes, promotores e procuradores. Veja se o desempenho desses é louvalvel? Se for assim, quem trabalha na justica, que mal funciona, deveria ganhar muito menos do que recebe hoje.
HorrÃveis deduções de números frios sem olhar as condições com que professores e alunos desafiam escolas sem insumos básicos, baixa formação cultural familiar e falta de capacitação para os professores em tecnologia. Comparar professor com encanador mostra a falta de compreensão da profissão de professor e os desafios de valorização da profissão que segue como número frio de tecnocratas.
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