Luiz Felipe Pondé > Setecentos anos Voltar
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As filosofias modernas são artes requentadas. Usam expressões contemporâneas ou neologismos para dizer o que já foi dito. De qualquer maneira vale a tentativa e ainda ajuda os novos na procura das suas origens.
A evolução social é como a biológica. Tem a face de Janus. O grande esqueleto é conservador, isto é, como o corpo dos vertebrados, isto é, a solução encontrada do esqueleto, coração, pulmões, rins, fÃgado e cérebro se repete com pequenas modificações e acréscimos e mudanças que estão sempre acontecendo devem respeitar a solução conservadora e por outra lado estar constantemente mudando, especialmente o mundo fora do organismo. Os velhos fazem parte da faceta conservadora necessária?
Vou contar uma pequena história que pode "nos" ajudar a sair dessa ignorância. Para os apegados à detalhes como eu, fica claro como Pondé se enxerga como parte pertencente ao que ele critica. Ou seja, essa tendência pegou ele também. O último parágrafo não poderia ser mais inclusivo. No futuro seremos e estaremos diante do que mais rejeitamos : os idosos.
Bela mensagem. Mas eu sempre enxergo as gotas saliva derrubadas sobre o papel, quando Pondé se refere aos millenials. E quando vejo toda essa raiva de quem não entendeu nada dessa geração, eu sempre penso, caindo no exato tema do texto: ok, Boomer.
Ok, Millenial, here's your tip.
Ok Millenial, here is your tip.
Num paÃs que um miliciano psicopata é chamado de " mito" e eleito presidente tudo é permitido.No momento,todos outros assuntos me parecem supérfluos ,em especial,os "filosóficos" desse Pondé " mais chato que gilete em ladrilho molhado"...
?? Mas vc procurou, leu e comentou, né.
Desde o CalÃgula, demorou alguns séculos para o Império Romano ser destruÃdo apesar de na maior parte da sua história ter sido decadente e não obstante as vitórias guerras e da riqueza acumulada. O materialismo somente se torna decadente quando o espÃrito da nação murcha e as pessoas chafurdam nele, dizia o Brooks Atkinson. A aceleração da decadência começa quando a futilidade e a mediocridade passam a ser normas. Praticar a excelência no Brasil de hoje é arriscar-se como careta.
O futuro será feito pelos idosos e pelos jovens. O futuro será feito por todos os que vivem agora! Dos idosos temos a sabedoria e a precaução e dos jovens temos a audácia e a inovação!
Gostei muito. Somos pessoas com tão pouca sabedoria que jogamos no recém nascido a capacidade de nos tirar do nosso profundo fracasso em conduzir nossas vidas. Sendo que a mais pura verdade é que tudo que conseguiremos é contaminar este ser novo com nossa essência tal como é. Assim como não fomos capazes de não nos deixar contaminar pelos nossos pais, avós e sociedade. Acumulamos os fracassos deles e os nossos. Saber conviver com isso sem fugir para o colo de Greta Tumbert é o desafio.
Muito bom o artigo ao defender os idosos, mas peca pela generalização. Nem tudo que é velho é bom e edificante, nem tudo que é novo é imprestável. Mas não rechaço a ideia de que as grandes heranças espirituais, morais e de conhecimento devem ser valorizadas. Só acho que recebemos também uma gama grande de herança maldita.
Olha, eu me visto com roupas da moda e tenho 70 anos. Dizem e juram que eu pareço ter essa idade de jeito nenhum. Poderia passar tranquilamente por 50 anos. Que seja ! Já estou no bico do corvo. Como dizia um personagem do Chico AnÃsio : "Morro teso, mas não perco a pose !"
Parabéns pelo seu texto. Lucidez ,clareza e simplicidade. Vou utilizá-lo em minha aula. Agradeço.
# Pondé nas escolas Escreve fácil
Esse culto à juventude é tão contagioso que já contaminou também uma parcela de idosos, cujo maior sonho é se mostrar “jovem de espÃrito”. É comum ver adolescentes de 60 a 100 anos andando por aÃ. A ingênua esperança no Novo como redenção da humanidade parece impregnar o Zeigeist da nossa era e os idosos (que são homens e mulheres de seu tempo) não permaneceriam refratários a isso.
No livro "tristes trópicos", o Levi-Strauss comenta como muitos dos seus alunos da USP estavam interessados na mais nova teoria que viesse da França, ou da Europa. Nada que já fosse estabelecido despertava interesse.
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