Marcelo Leite > Navalhada no criacionismo Voltar
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https://youtu.be/r4sP1E1Jd_Y
Tour tem mais de 640 publicações de pesquisa e mais de 120 patentes, com um Ãndice h = 129 (107 pelo ISI Web of Science) e um Ãndice i10 index = 538 com total de citações acima de 77.000 (Google Scholar). No artigo da Scientific American "Better Killing Through Chemistry", que apareceu alguns meses depois dos ataques de 11 de setembro de 2001, Tour é creditado por destacar a facilidade de se obter precursores de armas quÃmicas nos Estados Unidos.
James M. Tour é um quÃmico orgânico sintético americano, especializado em nanotecnologia. Tour é o Professor de QuÃmica T. T. e W. F. Chao, Professor de Ciência dos Materiais e NanoEngenharia, e Professor de Ciência da Computação na Universidade Rice em Houston, Texas, Estados Unidos. Ele é bem conhecido por seu trabalho em eletrônica molecular e moléculas de comutação moleculares.
O artigo de Eberlin é, acima de tudo, medÃocre.
Teoria do Design Inteligente ==> Criacionismo. Pode ser poesia, pode ser mitologia, pode ser qualquer coisa, jamais ciência.
Ernesto, você me desculpe, mas quem acredita que supercomputadores surgem sozinhos é que tem que se explicar. Muito mais ainda aqueles que acreditam que os criadores dos supercomputadores também surgem sozinhos!
Quem afirma a existência de qualquer coisa é que tem que provar.
Matone, quem diz que existe alguma coisa é que tem que provar essa existência. A ciência não admite dogmas ou afirmações não provadas.
Dogma ==> "Não existe um Criador" . Com certeza, isso não pode ser Ciência! É a fé que se guia por dogmas!
Esse é um texto sobre ciência de verdade. Não trabalha no escuro ilusionista que só os feiticeiros sacam. E Marcelo, que eu saiba, não é desse naipe. Esse artigo está tão bacana, de verdade!, que no 9° parágrafo se encontra a chave de ouro que põe na berlinda tudo o que andam dizendo sobre os consensos cientÃficos, em especial aquele relativo ao..., Santa Cruz do Senhor me proteja!, aquecimento global. Pronto, saiu. Bilhões de anos são como um ano-luz: inimaginável. Parabéns pela evolução.
Apesar de enaltecer a Ciência ao longo do texto, faltou ao autor aplicá-la em seus argumentos. O artigo foi de pouco conteúdo e não diminuiu em nada a visão do Marcos Eberlin (que é passÃvel de crÃtica).
Para um ser unicelular "evoluir" até Albert Einstein, precisaria de um ganho colossal de informação genética. O exemplo trazido no artigo mostra um caso em que há perda de informação genética. Abaixo, temos um especialista do MIT em microevolução, dizendo que em todos os casos semelhantes estudados, há invariavelmente perda de informação genética.
"A mutação reduz a especificidade da proteÃna do ribossoma, o que significa uma perda de informação genética. ... Em vez de dizer que a bactéria adquiriu resistência ao antibiótico, é mais correto dizer que ela perdeu sensibilidade a ele. ... Todas as mutações pontuais que têm sido estudadas em nÃvel molecular acabam por reduzir a informação genética e não aumentá-la". Lee Spetner - Not by Chance, Shattering the Modern Theory of Evolution.
Ele aplicou: "Por outro lado, não há como abrir mão da seleção natural proposta por Charles Darwin (1809-1882) para explicar a evolução das espécies, hoje aperfeiçoada com o conhecimento acumulado pela genética, pela taxonomia e pelo registro fóssil no chamado neodarwinismo. Ela dá conta de fenômenos tão corriqueiros quanto o surgimento de resistência a antibióticos numa população de bactérias".
Você não esperava uma compilação de referências cientÃficas para justificar cada palavra dita ( daria para encher milhares de páginas só com o tÃtulo). O autor citou os fundamentos da ciência, absolutamente invertidos pelos defensores deste D.I. A visão de Eberlin é simplesmente risÃvel no meio cientÃfico e já foi refutada a exaustão. Meu doutorado em BioquÃmica me permite afirmar isso, mas não dá para listar todas referências. Recomendo ler sobre a taxa de leitura incorreta da DNA polimerase!
Fé e razão não conversam. Crença religiosa é um fenômeno psicológico. Crê quem quer e no que quiser. Mas da porta do templo, da igreja, da sinagoga ou da mesquita para a rua todos são cidadãos de um Estado laico e ponto.
Matone, por favor, a religião já criou problemas demais. Seus patrÃcios vivem brigando por causa dela. E agora vão brigar por causa da Ciência... Tenha um pouco de bom senso.
Concordo 100%! Mas laico não é sinônimo de ateu! Os ateus podem acreditar no que quiserem, mas não podem impor, com a ajuda do Estado e de lobbies, suas idéias a todos, sob o falso argumento de que isso é laicismo.
Crer não é saber. Nunca foi, nunca será. Tanto quanto descrer. A simples atitude de negação (ou de afirmação) não conduz a certeza alguma. DaÃ, que se tirem as próprias conclusões.
Darwin foi o criador do evolucionismo. Mas não Charles Darwin e sim seu avô, Erasmus Darwin, intelectual do Iluminismo que escreveu um poema sobre a linha da evolução das espécies. Seu neto transformou a poesia da conjectura em ciência, com observações e demonstrações cientÃficas.
Design inteligente é o mesmo que dizer que Deus dirigiu, por assim dizer, a evolução. Mas os verdadeiros criacionistas cristãos e judeus não aceitam a hipótese do design inteligente inclusive pelas implicações que à cosmovisão bÃblica literalista. Como crer que seria inteligente e amoroso um projetista que concebe um mundo onde seres comem uns aos outros vivos? Se houve a evolução, como harmonizar isso com a doutrina do pecado original, da transgressão de Adão e Eva no Edén?
É proibido para os judeus interpretar o Bereishit (Genesis) de forma literal. Existe a Torah Oral, codificada em parte no Talmud, Midrash, Zohar, etc, que precisa ser incluÃda na interpretação, além de uma enorme gama de outros comentaristas. Existe a Associação de Judeus Ortodoxos Cientistas, que tem suas próprias harmonizações. Por exemplo, posso citar Gerald Schroeder, Lee Spetner, Arieh Carmel, Nathan Aviezer, etc.
Parabéns, Marcelo! É imperioso clarear a questão e nomear os bois: desing inteligente é criacionismo. Ponto. Não é ciência. Ponto. A sociedade agradece ao esforço jornalÃstico ao desmascarar farsantes! Parabéns!
O pressuposto do pensamento autoritário (que é o fundamento do design inteligente) é exatamente a existência de um autor. A diversidade da natureza se explica pela unidade, que é sua essência. Diante disso, as relações entre os fenômenos da natureza, são toleradas desde que limitadas a um papel menor. É como o Estado cubano por exemplo, que permite pequenos negócios, mas tem pavor de deixar o mercado livre crescer.
Sou artista e viajo o Brasil para observar passarinho! Torço para que os dois lados consiga incorporar a vivência amorosa junto à natureza, alie ciência, intuição e imaginação e enxergue a interação que existe de tudo com tudo. Lembra, Darwin veio depois de Humboldt, o primeiro a afirmar que a Terra é um organismo vivo, e notou a Evolução e os danos causados pela atividade humana na natureza, há 200 anos! Já não é segredo, hoje, a ciência está ameaçando a vida na Terra! Então, navalha na carne!
Grande texto. Precisamos de luz nesse momento em que o obscurantismo se assanha. Minha gratidão pelas certeiras palavras, Marcelo.
Sabemos que esse matone é apenas um reacionário, fascistoide, portanto teria que ser, mesmo, um criacionista.
Você, pelo jeito, prefere o enterro do corpo para contaminar a terra e o que resta do lençol freático e a água que usamos.
Eu acho muita hipocrisia de grande parte dos ateus fazerem uma cerimônia de enterro para a carcaça dos seus correligionários ideológicos parentes mortos. Morreu, acabou! Doem a carcaça, ou o que sobrou dela, após retirarem todos os órgãos ainda úteis, para uma fábrica de ração para tilápias! Nada de mandar cremar e emitir carbono na atmosfera dos que ficam!
Retifico: Pichler. Ernesto Pichler.
Houve um equÃvoco da minha parte. Pensei que o quase oitentão fosse você e suas esdrúxulas colocações. Como tem 51, ainda há tempo de consertar algumas coisas. Não que eu acredite nisso, para ser sincero. Já o Pickler, aprendi a admirar neste espaço de (à s vezes), debates e troca de ideias pois é mais um espaço de gladiadores irreconciliáveis onde eu, afortunadamente me incluo "dentro".
Matone, nunca fui do PCdoB, sou PCB. E quem é criacionista é que não aprendeu nada, continua na idade média. Sequer tem pensamento cientÃfico.
Weimar, eu tenho 51 anos. Concordo com você, ele não aprendeu nada!
Quase oitenta anos nas costas e não aprendeu nada! Não aprende mais. Tempo esgotado.
Sr. Ernesto, sou judeu ortodoxo, com muito orgulho. Uma pessoa nascida em 4 de julho de 1941, em um paÃs com expectativa média de vida de 76 anos logo terá acesso à resposta correta para esta questão, se eu estiver certo. Se você estiver certo, você nunca saberá. Obrigado pela aula sobre intolerância de um membro do Partido Comunista do Brasil.
Ótimo texto! Entendo a intenção pluralista do jornal, mas a Folha errou ao abrir espaço à controvérsia no "Tendências/Debates", passando uma falsa impressão de simetria entre as perspectivas em conflito, quando em verdade a teoria da evolução é aceita de modo unânime no campo cientÃfico.
"O objetivo é buscar evidências objetivas de que houve um projeto em vários aspectos da natureza." Não é necessária essa busca senhor Alexandre. Trata-se de um projeto de quase seis mil anos passados.
A resposta do Leonardo já me contempla. Quanto a me informar melhor, para isso seria necessário que alguém publicasse um texto com nexo sobre o design inteligente, ao contrário do texto publicado no sábado em defesa da dita "teoria". Mas é normal: não se pode esperar rigor lógico em um texto que defende o design inteligente.
Exatamente, Alexandre, é um conjunto de hipóteses que parte da conclusão (o "designer inteligente") para chegar à s premissas e só então buscar evidências. Ou seja, é o caminho oposto ao do método cientÃfico.
Você está passando a falsa impressão de que a teoria do Design Inteligente vem negar a evolução. Não é esse o objetivo. O objetivo é buscar evidências objetivas de que houve um projeto em vários aspectos da natureza. Procure se informar melhor.
Muito bem escrito, o artigo.
Quando o ID (intelligent design) faça uma predição, ou descubra algo novo, começamos a discutir. Insistir, por exemplo que os cientistas do ID predisseram que segmentos de DNA que não codificam proteÃnas deveriam ser úteis para outras coisas, estavam se juntando a outros cientistas que há mais tempo disseram o mesmo. Não foram os cientistas do ID que descobriram o papel desses segmentos. A discussão substantiva é como a Folha apresenta este debate sem tomar minimamente uma posição editorial.
Bem lembrado. Uma teoria cientÃfica deve ser capaz de fazer previsões para que seja possÃvel verificar (ou falsificar) seus pressupostos.
Alexandre, Denton fala em "crise" da teoria da evolução porque ele é um defensor do design inteligente. Logo, só está fazendo o que se espera dele. Quanto às "bases moleculares" da estabilidade, não possuo conhecimento aprofundado no assunto, mas sei que existe uma estabilidade da estrutura do DNA. Esse link pode ajudar aos interessados em entender esse processo: http://labiq.iq.usp.br/paginas_view.php?idPagina=436 Abraço!!
Sim, os "herejes" são um pobrema...
Ou seja: "Não dê ouvidos a um cientista hereje. Melhor um jornalista fiel."
Diga qualquer coisa que os leitores não irão entender, e assim eles não perceberão que os cientistas também não sabem, né?
Alexandre, Jay Gould não deu "navalhada" no darwinismo. Ele complementou a discussão e explica, sim, os porquês do processo evolutivo. O que gerou sua teoria do equilÃbrio pontuado.
Alexandre, as espécies não ficam estáticas. Algumas permanecem com morfologia similar por muito tempo, quando não há pressões seletivas para alterá-la, mas sofrem constantes alterações a nÃvel comportamental, celular e molecular.
Por que ocultar do público que às vezes a conta não fecha?
Qual a base molecular para que as espécies permaneçam estáticas por centenas de milhares de anos e seus descendentes, repentinamente, sejam muito diferentes dos seus ancestrais. Por que o livro de Michael Denton se chama "Evolution: A Theory in Crisis"? E seu novo livro "Evolution: Still a Theory in Crisis"?
Da mesma forma que o PT buscou uma hegemonia no STF para julgar e interpretar lei conforme a "obvia verdade" (petista), os lobistas da filosofia da ciência lutam na mÃdia, na academia e outros espaços para garantir que as evidências encontradas pela ciência sejam interpretadas somente à luz da sua "verdade eterna", já mudada bastante por Stephen Jay Gould, por exemplo. "Hereges" não terão o "nihil obstat" de jornalistas -pasmem - como o autor deste texto.
Você é alguém bem perturbado. Se se comportar com as pessoas de seu convÃvio como se comporta aqui, deve ser bem difÃcil para elas.
Stephen ÃJay Gould deu uma navalhada no darwinismo, ao verificar que a análise dos mesmos não aponta para uma "mudança grradual" nos fenótipos, como espeado por Darwin. Criou então a teoria do "equilÃbrio pontuado", que descreve uma evolução em saltos grandes, ocorrida em curtos perÃodos, mas não ousa explicar o porquê.
Os saltos de mudanças ocorrem em dezenas de milhares de anos, o que em termos evolutivos é muito pouco, mas em nada complicam a visão do evolucionismo. A evolução de alguns animais foi traçada de maneira completa e já elucidou isso, como a transição de um grande carnÃvoro que caçava em pântanos para as baleias dos dias de hoje. Algumas espécies de transição mal se mantiveram por dez mil anos.
Digo a análise dos fósseis.
Para quem se interessar mais pela discussão do grande Stephen Jay Gould sobre os "ministérios não interferentes": Pilares do tempo, editora Rocco.
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