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  1. NELSON PRADO ROCCHI

    Conviver num mesmo indivíduo alta cultura e extrema agressividade. Alta cultura está associada com curiosidade, aspectos sexuais, posição na hierarquia de alfas [ sexo e agressividade ] , agressividade/ poder/dinheiro, exibicionismo [ derivado agressivo/ prestígio/fama ] e praticamente muito pouco apego. O que inibiria destrutividade seria apego ou receio de um contra-ataque da vítima(s). Assim, não vejo nenhuma incompatibilidade entre alta cultura e destrutividade.

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  2. NELSON PRADO ROCCHI

    Discutindo alemães, nazismo, holocausto, holodomor, aspectos coletivos estamos fugindo do texto e da questão apresentada por Coutinho e Steiner, isto é, o aspecto de conviver alta cultura e extrema agressividade. A antiguidade apresentava como máxima virtude o controle das paixões, isto é, não ser vítima das paixões. As paixões ou desejos não eram boas ou más. Assim, valia para sexo, apego, agressividade, curiosidade, exibicionismo e maestria. E agressividade não está grudada com cultura.

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  3. Said Ahmed

    Não foram os judeus que inventaram deus. As religiões pagãs que existiam no OM tinham seus deuses. Noé e Abraão vieram antes dos judeus com a ideia de deus único, iniciando o fim das religiões politeístas. De qualquer maneira, como ateu, rejeito as religiões como um todo. Sim, elas tem importância (como freio moral, por exemplo), mas o custo benefício é desfavorável. O cerne do mal das religiões está no conjunto das fantasias, que desviam o humano do modo certo de pensar, origem de muitos males.

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    1. Said Ahmed

      Resumindo: quando a pessoa está ciente que a fantasia pertence ao mundo imaginário, ela está mais inclinada a buscar as verdades (mesmo tendo uma religião); mas quando a pessoa acredita que as fantasias são reais, ela confunde o real com o irreal, e com este processo durando anos, décadas ou a vida inteira, a pessoa estará mais inclinada a rejeitar as verdades e abraçar todo tipo de falsidades, inclusive o antissemitismo.

  4. Marcia Costa Guedes

    Muito bom! Uma descoberta genética, recente, diz que o genoma direciona até nossa posição política, direita ou esquerda, mas, podemos fazer uma correção de rota: o interesse, creio, é quem dá a cartada final! Tenho muitos amigos católicos da Teologia da Libertação, eles são ótimos, mas quando o assunto é o assassinato de Jesus Cristo, ai os cristais do jantar trincam no ar. Não tinha pensado nessa hipótese de Steiner: a culpa do judeu não é ter matado, mas ter criado Deus! Desconcertante!

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  5. Weimar Donini

    Mudando para os tempos atuais onde nem precisa saber escrever, muito menos, ler, substitua Goethe por feicibúqui ou similar. Também substitua Auschwitz por reunião ministerial no palácio.

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  6. AIMAR MATOS

    Palmas, palmas, palmas!!! O melhor colunista do Brasil é português! Um viva á colonização!

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  7. José Cardoso

    Nós colocamos tudo em nosso próprio nível, e nem poderia ser diferente. No caso da Alemanha, alguns pensadores e artistas foram geniais, mas perto da massa da população eram (e são) muito poucos. Nietzsche por exemplo, que não era nem nacionalista nem antissemita, era admirado pelos nazistas, que obviamente selecionavam nele o que interessava.

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  8. NELSON PRADO ROCCHI

    Coutinho e Pondé salvam a Folha da mediocridade cultural/política. A área econômica é razoável. O resto incluindo editorial é sofrível.

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    1. Weimar Donini

      Pondé? Nem nisso convergimos. Vade retro. Coutinho, não sei, acho que nunca li.

  9. HELENA KESSEL

    João Pereira Coutinho sempre muito sensacional!!

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  10. Alexandre Matone

    João Pereira Coutinho, a manchete não é válida apenas para "um homem"! O que mais chama a atenção, justamente, nos "carrascos voluntários de Hitler" (best seller de Daniel Goldhagen), ou seja, o Povo Alemão como um todo, é justamente a característica do refinamento cultural aliado à mais selvagem violência.

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    1. Luiz Candido Borges

      "..os alemães, como povo, foram ativos e voluntários carrascos dos judeus durante o Holocausto nazista". Bem, se esta era a tese do autor, você está livre desta. Agora, como é que o povo alemão (como um todo!) foi carrasco ativo? Cada casa tinha um porão com instrumentos de tortura e morte? Se os judeus e outras vítimas eram enganadas pela conversa que estavam sendo levadas para "campos de trabalho agrícola com boas condições de vida", imagine as pessoas comuns, a esmagadora maioria dos alemães.

    2. Luiz Candido Borges

      Quanto à sua simpatia pelo "Design Inteligente", isso é papo de criacionista tentando se livrar da pecha de obscurantismo. Não há "evidentes e abundantes evidências de projeto na natureza e no advento da vida", o que há é incompetentes tentando preencher lacunas de forma "criativa" nada inteligente. Mas há uma saída para gente como você, religioso ortodoxo (vale para judeus, cristãos e muçulmanos): a Fé! Diga que acredita apena nas sagradas escrituras que ninguém vai encher seu saco.

    3. Alexandre Matone

      "Em 1996, o livro de um jovem professor de Harvard provocou um verdadeiro terremoto no meio universitário europeu e americano, além de uma verdadeira crise de consciência na Alemanha, onde o texto foi lido, relido e provocou imenso debate. Sua tese central: os alemães, como povo, foram ativos e voluntários carrascos dos judeus durante o Holocausto nazista." - Rev. bras. Hist. vol.19 n.37 São Paulo Sept. 1999 -João Fábio Bertonha Universidade Estadual de Maringá

    4. Luiz Candido Borges

      Quanto à associação da Teoria da Seleção Natural com o nazismo, que você considera satisfatoriamente comprovada, devo lembrar que ela trata da sobrevivência das espécies mais capazes de se adaptar às mudanças ambientais. Aplicando às comunidades humanas, os judeus são um exemplo magnífico de adaptação. Isto é um elogio! Mas se você aceitou a interpretação nazista dos "mais aptos" eliminando os denominados "menos aptos", isto se aplica muito bem na Palestina, com o judeus eliminando os árabes.

    5. Luiz Candido Borges

      Alexandre, ficou bem claro que o livro era de autoria de Daniel Goldhagen, mas você o mencionou para embasar sua argumentação, logo há sentido em eu me reportar diretamente a você. Como eu não li esta obra, não posso afirmar, mas é possível que a responsabilização do "Povo Alemão como um todo" pelos crimes do nazismo seja de sua lavra, não do Mr. Goldhagen. De qualquer modo, na breve pesquisa que fiz sobre este senhor, este me pareceu mais um profissional do "dedo na cara" de todos os gentios.

    6. Alexandre Matone

      Eu não soupropriamente um opositor da Teoria da Seleção Natural. Mas vejo com bons olhos a Teoria do Design Inteligente. Ou seja, de alguma forma, há evidentes e abundantes evidências de projeto na natureza e no advento da vida. Sou um crítico dos lobbies que tentam cegar a população para essas evidências.

    7. Alexandre Matone

      Luiz Cândido, quanto à "tentativa canhestra de associar a Teoria da Seleção Natural, com as teorias racistas do nazismo", eu não preciso associa-las mais do que já estão associadas. "O mais apto sobrevive"; a natureza é assim, segundo Darwin. Os alemães se auto-proclamaram "os mais aptos", com a missão natural de eliminar aqueles que eles denominaram "os menos aptos". Não vou discutir o conflito israelo-palestino, pois não está em debate aqui.

    8. Alexandre Matone

      Luiz Cândido Borges, o livro não é meu, é de Daniel Goldhagen, ex-professor associado de ciência política e estudos sociais na Universidade de Harvard. Goldhagen tornou-se internacionalmente conhecido como o autor de dois livros polêmicos sobre o Holocausto: "Os Carrascos Voluntários de Hitler" e "A Moral Reckoning". Quaisquer reclamações podem ser reportadas diretamente a ele.

    9. Luiz Candido Borges

      A cereja sobre este bolo envenenado é a tentativa canhestra de associar a Teoria da Seleção Natural, à qual o Alexandre se opõe, com as teorias racistas do nazismo. Desde o século XIX, quando o colonialismo desembestou, que apareceram "explicações científicas" para a predominância do "homem branco", o que "explicava a necessidade do domínio dos selvagens". O nazismo teve seus farsantes de oportunidade. Como é em Israel? Aposto que à boca pequena há várias teorias justificando seu colonialismo...

    10. Luiz Candido Borges

      Agora, se a proposta é apontar um crime coletivo, podemos achá-lo num lugar muito caro ao Alexandre. Ao contrário da Alemanha de 1933, arrasada pela depressão, pronta para um "salvador", temos uma população culta, principalmente em termos de História, que sabe exatamente o que está fazendo, participando de um processo de tomada do território de um povo, tornando a vida deste povo insuportável, reprimindo, culpando, matando (em auto-defesa, é claro...). Não é o Bibi, é o povo de Israel!

    11. Luiz Candido Borges

      Alexandre, o indefectível! Falou de judeu, mesmo que seja a favor, lá vem ele dar o seu pitaco. E sempre um mau pitaco, apesar da sua erudição, ou talvez por causa desta. Hoje, ele vem culpar "todo o povo alemão" como carrasco. Situar-se historicamente, quando o nazi-fascismo era considerado uma alternativa razoável ao comunismo; numa Alemanha em que o Hitler prometeu resolver os problemas econômicos - e cumpriu, nem pensar! O mais vantajoso é continuar faturando em cima da culpa do povo alemão.

    12. Alexandre Matone

      Se "os cientistas já provaram", e o governo e a mídia confirmam isso de maneira insistente, e assim é ensinado nas escolas, quem teria coragem de questionar?

    13. Alexandre Matone

      A base ideológica da violência "ariana" contra os "menos aptos" foi uma propaganda maciça da Teoria da Seleção Natural de Darwin, aliada a uma teoria "científica" elaborada com ajuda de médicos, antropólogos, e outros acadêmicos, "provando" a existência da "raça ariana" e sua "superioridade" em relação às demais, principalmente os judeus, "a raça inferior". Foi necessária maciça ajuda da mídia e grande equipe de "disinformation".

  11. ANNA FLAVIA RIBEIRO QUEIROZ

    Nunca menos que brihante, esse JP!

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