Djamila Ribeiro > Liberdade sexual também é dizer não Voltar
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O que eu não entendo é o seguinte: a mulherada a partir da próxima sexta-feira, e em alguns lugares hoje, vai pra rua, pinta o sete com os peitos de fora, não se valoriza e depois vem com história de que são objetos, quando na verdade elas é que possibilitam essa banalização do corpo feminino.
E se pintarem o sete sem os peitos de fora :voce as valoriza ou chama de pu..ta e estu..pra?
' a mulherada nao se valoriza" Pra quem : voce?
A questão não é essa, Paulo. A questão, e digo em tom conciliador aqui, é: por que os homens podem sair de sunga à s ruas no carnaval e as mulheres, ao sairem de biquÃnis e poucas roupas "não se dão ao respeito?" E a resposta está aÃ, lindamente, no texto da Djamila.
parece que a djamila não entendeu o que a tati bernardi disse.
Djamila, parabéns pelo texto. Equilibrado e conciso. Seus artigos são um oásis nestes tempos onde a radicalização impera.
Djamila, concordo plenamente com você. O seu artigo é excelente, como sempre. Quanto mais leio seus artigos, maior é a minha admiração. Parabéns!
Acerta o lugar, o espaço e a natureza da mulher que tenta ir além dos expedientes transitórios - seja ela de qualquer raça ou cor. .../Claudia F.
Equilibrou-se no fio da navalha. Diante do abismo da sexualidade, apelos paranóicos (Damares) são um contraponto desastroso à inclinação dos bem jovens a experimentar a todo custo. E que momento delicado, quando tudo pesa e confunde! Pressões sociais e religiosas, jogos de amor e dominação podem gerar abstinência desnecessária ou degradação. Mas informação, análise, debate e arte funcionam mais que guerra ideológica. O excesso de individualismo leva à confusa e enjoativa variedade de gêneros.
Simplesmente, AGRADEÇO MUITO por esse texto. Beijo, Djamila!
Acho que há coisas misturadas aqui. É bom separá-las, para não corrermos o risco de encontrar algum ponto de contato entre Djamila e Damares. Um é o direito (talvez a necessidade) dos adolescentes de conhecer a própria sexualidade, negada por Damares. Outra, a também necessária redefinição dos papéis sexuais em tempos de discussão da noção de gênero. O cara que acha que, por ser feminista, a mulher tem que querer transar com ele não entendeu o que é feminismo, né Djamila?
Muito bom! É isso. A liberdade pra dizer sim ou não, com responsabilidade.
O papel da escola é ensinar, e não educar, que é responsabilidade dos pais. Aliás, o clima atual nem é favorável a isso, porque se o professor disser qualquer coisa que o aluno não goste é acusado de assédio, e os pais ainda por cima dão razão a seus filhos. Sem respeito, não há como educar ninguém
Melhor colunista da Folha, sou muito fa! Eu me identifiquei demais com o texto. Foi um tapa com luva de pelica, sem querer polemizar muito....
A atividade sexual entre humanos sempre foi cercada de tabus. É difÃcil falar de sexo sem cair na vulgaridade ou no moralismo. Tanto Djamila, qto Damares tentam aconselhar. Ambas falam para convertidas. Está faltando educação sexual e emocional, de verdade, tanto para meninas, quanto para meninos. Adultos, liberados ou não, que se phodam. Problema deles.
Djamila Ribeiro, que equilÃbrio e que precisão! Comos se fala nas redes: "seu texto só tem um problema: ele acaba". Obrigado mais uma vez por nos levar a reflexão e a aprender.
Esse texto me lembrou de um conto da minha mãe, Vilma Arêas, chamado Um Beijo por Mês. Lá, ela é paquerada pelo motorista do táxi e quando recusa dizendo que só estaria interessada em um beijo por mês, ele responde: "Mas você não é liberal?". Esse argumento vira e mexe é usado para esconder o verdadeiro questionamento de "porque você não faz o que *eu* quero?". Liberdade é de fato, fazer o que a pessoa achar melhor, inclusive dizer não ou fazer contra propostas que façam sentido para ela.
Ótimo texto! Lúcido e equilibrado. Parabéns!
Um texto bastante equilibrado num assunto onde não é fácil o equilÃbrio entre moralismo e alienação.
Djamila, que leio sempre, descontextualizou o "transem, transem muito" de Tati Bernardi. É óbvio que o "não" (e o sim!) são parte do texto de Tati. A questão central, contudo, não são as ideias (e vidas com suas experiências) de Djamila e Tati, apenas, mas a transformação de PolÃticas Públicas (e de um grande "Senhor", o Estado) em imposição moral, sobretudo machista, à s mulheres. Parece-me que as duas convergem nesse entendimento. Obrigado!
Em dia com a leitura mais prazerosa do dia. Grande Djamila Ribeiro!
Concordo em gênero, número e grau. Também achei uma enorme irresponsabilidade o texto daquela colunista dias atrás, que aconselhava os/as adolescentes a "transar, transar muito".
Parabéns, ótimo texto, até que em fim, a folha abriu espaço para uma pessoa que pensa de forma racional e emocional.
Só aplausos!
Parabéns pelo texto, o mais importante seria começar a ensinar os homens desde cedo a respeitar a mulher em todos o sentidos. Os pais tem que ter um diálogo aberto e Franco com seus filhos referente a sexo, se não quem ensina hoje em dia, e muito cedo, é o xvideos....
Não tem hierarquização de mais importante aÃ: é ensinar meninos e meninas a se verem como sujeitos. Assim se quebra de vez esse machismo enraizado que violenta mulheres fisicamente e simbolicamente, causando sequelas fÃsicas e psicológicas.
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