Demétrio Magnoli > Repórter cometeu o pecado capital de expor fábrica da 'guerra da informação' Voltar
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O quebra-cabeças é complicado. Usamos o termo fake news de modo genérico, há outras peças a serem encaixadas. O problema é o alcance da internet: são bilhões de usuários conectados. De que adianta punir ou conter quem lança uma fake, se milhões que repassam ficam impunes e continuam propagando? É inócuo atuar na causa (lançar) e no efeito (propagar); humanamente impossÃvel, dado o número grande. Controlar via Inteligência artificial só piora. É preciso atuar no meio onde ocorre causa e efeito...
(cont,) ... e punir as gigantes do big data pela sua gigantesca irresponsabilidade, incapazes de conter, tanto com recursos humanos, quanto com recursos de IA, o mal que criaram e nos ameaça o tempo todo, 24×7. Além disso, acabaram com nossa privacidade (valor outrora sagrado) e não deixam de nos vigiar e nos manipular É isso que eu defendo, e que seja feito dentro dos melhores parâmetros do melhor estado de direito. Devemos analisar melhor os pensamentos de Marshall McLuhan e Lawrence Kohlberg.
Alguém já definiu jornalistas como pessoas sem nenhuma ideia, mas com a capacidade de expressa-las. Fake news is old news, pois sempre existiu. Alguém acredita que D. Pedro gritou independência ou morte à s margens do Ipiranga e montado num belo cavalo branco? Ou que Tiradentes foi um herói nacional capaz de sacrificar a própria vida para o bem de todos? A maioria das chamadas fake news são notÃcias que desagradam os poderosos de plantão. Eu também acredito em duendes e jornalistas honestos.
Quando a imprensa divulga fake news, onde fica a credibilidade? Exemplo: Escola Base.
Regina, depois de ter a vida destruÃda vai processar e pedir ressarcimento? Os donos da Escola Base nunca se recuperaram, sua vida foi destruÃda! Inúmeras reputações foram destruÃdas pela imprensa e grandes jornais, uma manchete sensacionalista inverÃdica ou manipuladora nunca tem conserto.
Mas, no caso, você tem direito a reclamação. Você pode processar os responsáveis. A alguém será imputado a responsabilidade. No caso das fake news que circulam, a quem responsabilizar?
Não admira que um dos pilares do atual regime seja a religião, uma velha produtora de fakenews.
Interessante como o mundo da voltas, a imprensa detinha o monopólio das fake news, da destruição de reputações, da manipulação das notÃcias, da fabricação de resultados eleitorais, da construção de Ãdolos e lÃderes. Agora, com a quebra do monopólio, com a democratização do processo possibilitada pela internet, tornou-se fiscal da verdade.
Franco, você se esqueceu das grandes revistas, hoje decadentes, mas que já foram muito influentes, como Veja e Isto é, que sempre foram vezeiras em reportagens sensacionalistas e manipuladoras, inclusive com muitas matérias falsas e compradas e outras divulgando vazamentos ou bombas às vèsperas de eleições com a finalidade de nelas influir. Nem preciso falar da Globo e suas edições de debates e de vazamentos, com as ênfases convenientes, os escândalos até em apurações em eleições no RJ/Brizola.
Se você se refere a grandes jornais, discordo completamente, quando a jornais pequenos e sensacionalistas concordo plenamente. O que sempre ocorreu foi o alinhamento ideológico dos grandes jornais como por exemplo: Estadão mais conservador e Folha mais progressista. Mas esse alinhamento nem de perto se assemelha ao ritual de notÃcias falsas que passamos a consumir.
Um dos pilares da organização das fake news é fazer a grande maioria dos incautos participantes acreditar na ideia equivocada que se trata de um processo democrático. No fundo, é o uso da tecnologia para a manipulação em altÃssima escala. E a imprensa, quando não compactua com as mentiras, torna-se uma inimiga. Os propagadores das fake news ignoram os fatos, apenas as percepções tem importância.
as pessoas tem que se perguntar? quem mandou esta informação ou foi simplesmente encaminhada? qual o objetivo explicito ou implÃcito, o que ataca o que defende? quais são os fatos que embasam a mensagem transmitida? O objetivo da msg é usar me, na certeza de eu não teria menor capacidade crÃtica para avaliá-la? 3 ou 4 perguntas que se o receptor fizer ele pode recuperar, ao menos, seu auto respeito.
Mais provável a Terra ser plana (e muita gente que faz questão de acreditar em fake news deve achar mesmo) que as pessoas se questionarem sobre algo que confirma as crenças delas. Fake News existe desde que a linguagem apareceu na espécie humana, agora ela apenas ela tem uma alcance muito maior do que apenas alguns indivÃduos a partir do propagador.
A solução é difÃcil. A maioria das pessoas não gosta de questionar, prefere acreditar na mentira que lhe convém. Quer prova maior do que a eleição disso tudo aà com a desculpa de ser contra a corrupção?
Complementando: concordo com comentário anterior, de que a verdade termine por prevalecer, com, sem ou apesar de ("Conhecereis a verdade..."); mas até que isso aconteça, muito estrago pode ser feito em consequência de falsidades estabelecidas, como vemos e experimentamos todos os dias...
Excelente! Nenhuma atenção será excessiva ao lidar com o fenômeno das fake news, já que, ouso pensar, mais até do que a imprensa ou a própria democracia, sua manipulação pode relativizar e mesmo colocar em xeque conquistas civilizatórias como o pensamento cientÃfico, como parece demonstrar o "experimento" do terraplanismo...
Desculpe, a minha resposta era ao outro comentário.
Você está tentando aumentar que o jornalismo como profissão não tem valor? E que a imprensa formal não fez nenhum avanço em séculos de existência? No dia que o "Terça Livre" tiver ombudsman com liberdade de criticar o próprio site será possÃvel concordar com sua linha raciocÃnio.
Para com isso, Demétrio! A grande imprensa finge fazer essa cruzada contra as fake news porque quer ter o monopólio da mentira. O povaréu que sacode em onibus lotado e passa o mês pagando boleto nao é trouxa!
Gado mor, as pessoas sabem que vcs mentem. As pessoas sabem que JMB mente. Cabe esperar a hora que não valerá acreditar na mentira.
Fake news tem que virar manchete. Deu no zap, manchete na Folha. Eu costumo checar em boatos.org e mandar o link no grupo de zap, galera fica inibida de enviar. Por isso dou a idéia de dar manchete. É notÃcia, tem que dar.
Na verdade a mentira nunca se sustenta. Um dia "a casa cai". Há interlocutores de fale news que quando concedem entrevistas a um órgão de imprensa ou a qualquer repórter derramam um mar de lama sobre sobre si mesmos. Os argumentos levam-lhes ao suicidio intelectual e dai o caráter avulta.
"Quem com ferro fere, com ferro será ferido..." - tão antigo, isso!
Demétrio, junto com o protesto de Lutero, um monte de panfletagem inútil e mentirosa grassou pela Europa a partir do Sec XVI. A imprensa surge neste cenário para filtrar o grande volume de informação impressa surgida a partir da invenção de Gutenberg. Com a internet acontece o mesmo, só que a imprensa atual não tem autoridade para o mesmo. Atualmente são mais uma fonte de fake News. Isso Pat Melo mostrou com clareza.
Imprensa privativa de castas, concentradora de poder, instrumento de dominação e manutenção de privilégios e do status quo que a beneficia, não pode ser confundida com jornalismo.
Hahahhaha
Excelente texto! Parabéns !
Pois é senhores e senhoras, estamos na Terceira Onda, (Alvin Tofler). Não é possÃvel controlar o incontrolável. Muita boa a reportagem. Parabéns prof. dr. Magnolli, pela reportagem.
PatrÃcia Campos Mello provavelmente é a melhor repórter investigativa do mundo. Ela apresentou robustas provas que Bolsonaro disparou mais de um bilhão de disparos anti-PT pelo WhatsApp e por isso ganhou a eleição sobre Haddad. Apresentou as provas mas a Justiça Eleitoral não as aceitou. Ganhará o prêmio Ignobil de jornalismo investigativo. Agora ela deverá processar o caluniador. Mas parece que ele tem gravações que provam o que ele falou.
Voce é um pu.lha igual ao tal Hanz, essa frase final aà só você , leu, ouviu e acredita mas faz questão de espalhar uma mentira que visa desacreditar uma profissional mulher, machismo, mau-caratismo e preconceito tudo embutido.
Isso mesmo Juliana! Nós adoramos o Lula porque ele, segundo ele mesmo, nunca mentiu na vida e sendo o homem mais honesto da história da humanidade, nunca iria mentir que nunca mentiu. Agora espalharam a mentira que ele foi para Roma de classe executiva para não se misturar com o povão da classe econômica, mas a verdade é que foi deitado no chão da classe econômica. E foi canonizado vivo com o nome de São Lafrário.
Cara pálida aà de baixo, não seja tão baixo. Uma coisa é pagar para espalhar notÃcias de mamadeira de piroca e tantas outras baixarias e outra pagar para expor fatos reais. Quem gosta da mentira é porque não tem nada bom para contar. Fica a dica.
Rochhi, o PT fez o mesmo, mas perdeu as eleições. Quem destruiu o PT foi a incompetência administrativa, a falência da economia e a lama da corrupção, que a Cumpanherada quer agora esconder embaixo de palavrorio. Como sempre, o PT acha que os culpados sao os outros.
A Imprensa das últimas décadas reinou absoluta. Nao apenas informava. Fazia prefeitos e deputados, senadores e presidentes, construÃa e demolia empresas, promovia e destruÃa reputações. E mais: controlava com mão de ferro as concessoes dos meios de comunicação. A prática atual das redes sociais é apenas um modelo "em maior escala" do que sempre fez a Imprensa engajada. Mas hoje ela acha que liberdade de expressão é valor merecido somente por ela. Há tempos novos. Adaptem-se.
Errado. PatrÃcia estava a fim de um furo contra Bolsonaro, algo tão bombástico que pusesse a própria eleição dele em questão. Deu com os burros n'água. Hans, agora só um pulha, era a fonte do saber de PatrÃcia. E ele sabe o que ela fez no verão passado, já que é declaradamente petista. Não, a ser como Demétrio afirma, todos nós somos cúmplices, inclusive ele próprio. Território livre e democrático, a internet veio para diluir o monopólio da informação que desbanca governos, como quer a Folha.
A imprensa tá atrasada, essa galera tá no poder, pode ser tarde. Quanto à citação ao PT faz parte do tique atual dos arrependidos. CrÃtica o PT pra justificar sua crÃtica ao governo e seus apoiadores.
Até que enfim estão chegando a conclusão que o jornalismo usa de arma suja para obter notÃcias. Muitas são fakes, mas jornalistas estão protegidos pelo manto do jornalismo.
Você leu alguma parte do texto que eu não li? Como chegou a essas conclusões? As notÃcias da imprensa profissional são à s vezes --em raras ocasiões-- incompletas ou até falsas. As "reportagens" dos sites noticiosos e das guerrilhas sociais são 99% falsas. O próprio governo quando criticou uma manchete deste jornal há alguns dias concordou com a integridade do conteúdo.
Demétrio, texto muito bom, esdrúxula realidade brasileira, enquanto grande parte do povo acreditar em realidades que não são embasadas cientificamente, será sempre fácil manipular a ingente massa que não consegue distinguir sobre o que é crença e o que é ciência.
IncrÃvel que o colunista sita em todas as suas colunas, o PT, mas jamais sita o PSDB, o atual governador João Doria, o Bolsodoria, é um enfeitiço disseminador de fale news a seu favor.
Bolsonaro odeia o jornalismo. O jornalismo odeia a direita.
Tudo piorou quando, convenientemente, a mÃdia tradicional deu ares de verdade absoluta aos vazamentos da lava jato. Quem se beneficiou disso sabe como se defender. Agora Inês é morta!
Não foram ares de verdade. Foram verdades absolutas que desmascararam a esquerda tupiniquim, atrasada, mais corrupta que todos os outros governos. Se lambuzaram e vão pagar o preço por muito tempo. Chora não. Um dia vocês voltam. Quem sabe melhor preparados.
Mesmo com a CPI, investigação do STF e deleção de próprios ex-companheiros dos fabricantes, o que se vê não as fake news a todo vapor. Transcendeu à polÃtica e agora atinge escandalosamente a área de vendas de remédios, tratamentos, etc..etc..
Nada disso é novidade, sempre houve, a própria imprensa nunca se incomodou por divulgar fake news, mas agora a coisa se tornou incontrolável porque monopólios foram quebrados pela porosidade e democratização do meio utilizado.
Excelente artigo, que, porém, não permite muito otimismo.
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