Ilustríssima > Ricos fazem, acontecem e não vão mudar jamais Voltar
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Quando Marilene saiu da Folha tomei um grande susto. Quando ela voltou, tomei outro. Marilene nunca deixou barato.
Parece simples ao escrever e banalisar as classes sociais entre ricos e pobres. PoderÃamos fazer um outro artigo: "Pobre sempre será pobre" Sabe o por quê? Não agarra oportunidades, prefere a cervejinha dos finais de semana, não quer aprender, o importante é ser CLT. Quer carteira assinada, mas não trabalho. Portanto, esse artigo desmerece grandes sobrenomes que vieram de muito trabalho e não da "high society" Cada dia que leio a Folha fico surpresa com o que é publicado!
Que piada!
Madame comprovou a ideia central do belo e analÃtico artigo....
A sra. Fatuch sentiu-ameaçada em seus privilégios de classe?
A Folha deveria dar ainda mais espaço para colunistas sensÃveis à questão de desigualdade econômica e social. Existe sim alguma pluralidade ideológica dos profissionais no jornal, mas é irritante ver como a linha editorial ainda está tão presa à visão neoliberal e hegemônica da grande imprensa. É contraditório demais reconhecer os graves problemas sociais provocados pela desigualdade e ao mesmo tempo defender os interesses do "mercado" acima de todas as outras vozes da sociedade.
há 2 livros para se entender porque não houve uma revolução russa: a revolução dos bichos e a luta de classes na união sovietica, este de charles bettelheim, que morou 25 anos lá.
Um livro diferente é "O Fim do Homem Soviético", de Svetlana Alexijevich. Nele todas as posições polÃticas vendem seu peixe em igualdade de condições. Um livro doloroso.
Bem, o problema não é os ricos, a desigualdade, etc. Isso é sintoma. O problema é que não temos nenhum modelo que tenha dado certo em escala coletiva, social, em que o ser humano possa dispensar o acúmulo de riqueza para se realizar, para dar sentido a sua existência, para usufruir a sua vida na terra - enfim, não achamos, coletivamente, um outro modo de existir que não esse de acumular coisas de que não precisamos para nos validarmos aos olhos de pessoas de quem suspeitamos e que tememos
Quer o que a Marilena? Olhe o que ocorre com todos os animais. Há uma pretensão grandiosa que nós não somos animais. Igualdade só no ParaÃso ou debaixo da terra. Se ela está raciocinando está falando coisas óbvias. Se é parte de uma lura pelo Poder, é até entendÃvel que ela queira ficar entre os poderosos e depois exercer o Poder. Agora, se é algo romântico então vai ficar assim até morrer, querendo ser poderosa.
É até entendÃvel...
O Poder se impõe em toda a natureza. Até nos vegetais, passando por insetos e depois todos os vertebrados. Nos animais em geral é pela força bruta. O único sentido dos seres vivos é a reprodução. Não existe sentido individual e os humanos frequentemente inventam sentidos. Sempre houve poderosos e fracos. Os poderosos mandarão nos fracos. Qualquer revolução criará nova casta de poderosos. Igualdade é uma miragem dos fracos. A revolução comunista prova isso. Novo grupo assumiu o Poder.
espécie estarÃamos*
E, segundo, porque se fizéssemos tudo o que é natural para outras espécies, estarÃamos livres e justificados - pela própria consciência e pela lei - para estuprar, destroçar e assassinar - sim, os animais nem sempre são tão fofinhos. Se quer mesmo usar a natureza selvagem como comparação a seres humanos domesticados, seja pelo menos mais honesto intelectualmente e reconheça que há algo que nos diferencia da maioria das outras espécies: a reflexão sobre nós mesmos e sobre nossas atitudes.
Nelson, a falácia que você acabou de escrever tem nome e sobrenome: apelo à natureza. Funciona assim: se algo é natural, é porque é bom, por isso é justificável. Se não é natural, é porque é artificial e danoso. A sua falácia cai por terra porque, primeiro, não vivemos num mundo tão "natural" assim, mas artificial em grande medida - não matamos mais, pessoalmente, nossa refeição no meio da floresta, mas vivemos em meio a prédios, "papel-dinheiro" e computadores.
Jesus de Nazaré era um fraco que pregava sua miragens
E nada muda...
Quem é rico? Quem mais tem ou quem menos precisa?
Goste ela ou não, nós somos animais como os demais animais, a única diferença é que temos melhor cognição, isto é, pensamos, fazemos cenários mentais, temos memória cognitiva, linguagem desenvolvida, desenvolvemos sistemas religiosos e ideológicos. Como os demais mamÃferos temos emoções e sentimentos. Mas, somos seres da natureza e a natureza é hierárquica. Então poderosos e fracos sempre existirão. Ricos podem desaparecer, porque dinheiro é só uma faceta do Poder.
Passei umas férias numa cidadezinha cearense. Cidade de pescador. Umas 2000 pessoas, no máximo. Todos são pobres, mas todos são riquÃssimos, simplesmente porque todos sao iguais e não falta comida, casa e cama. Crianças são livres. Homens e mulheres acordam todos os dias com um sorriso na cara que nunca vi em lugar nenhum do mundo. Chama-se Barrinha, ao lado de Jericoacoara.
Puxa, deve ter dado uma vontade danada de viver lá. Rico diz que dinheiro não traz felicidade, mas não está disposto a abrir mão de um centavo, ao contrário.
A pobreza é um sistema socialista...todos se sentem pressionados a ajudar para sobreviver.
Ótimo texto, secundados por interessantes comentários. Merecia um debate.
(1) prezada marilene, sei que você não lerá meu comentário, mas escrevo. Lembro que há uns 20 anos li uma matéria sua sobre uma visita que fez ao interior de um Estado do Sul, e suas impressões sobre o agricultor ignorante que sentia "alemão" e superior em relação a você.. Lembra?
(2) apesar de aquele bruto ter infinitamente menos estudo formal do que você na época, ele se sentia "superior" a você, assim como os filhos catarrentos..
(3) eu também viajei muito pelo Brasil. E encontrei no nordeste situações exatamente inversas... Agricultores pobres que automaticamente se "sentem" inferiores. É como se fosse uma cultura da pobreza. Um estado de espÃrito, de se sentir inferior e assumir essa condição sem espernear.
(4) Suspeito que essa questão da pobreza tem um componente nocivo "não-financeiro" poderoso por trás. E que é transmitido para as gerações seguintes, que se sentem "inferiores" também. A pobreza seria um estado de espÃrito?
(5) Aquele roceiro "alemão" que você encontrou no Sul do Brasil era pobre, mas não se "sentia" pobre. E certamente passou para seus filhos catarrentos a mesma atitude. Uma atidude de não se "sentir" pobre nem inferior.
(6) pessoas ricas não são más. Pessoas ricas em algum momento das gerações passadas foram pobres, sabia?... Mas, não se "sentiam" pobres. E passaram essa atitude para as gerações seguintes... Que hoje são ricas. Simples assim.
O inverso também acontece. Conhece o Sr. Gabriel Guinle? Ele é servidor público no RJ. A famÃlia dele já foi muito rica mas ele não é. Isso não quer dizer nada. Provavelmente ele é muito mais feliz com o que tem do que com o que não tem. O que importa é a felicidade.
Sempre fico fascinado por essas personalidades que escrevem e dizem as coisas mais aleatórias, incoerentes e não correlatas ao tema e ainda terminam sua exposição com o bordão “simples assim”. Tenho por elas uma curiosidade de antropólogo e psicanalista.
Kkkkk....maldade é algo relativo.
Não precisava de 4 páginas de texto, contendo 2023 palavras, 31 parágrafos, 12440 caractéres para não acrescentar nada ao que já sabemos. Melhor seria deixar claro que luta de classes não é um conceito marxista, que outros pensadores anteriores a Marx já constatavam e que Marx apenas descreve o fenômeno sob ótica socialista. Existem negacionistas para tudo, inclusive os que negam existir luta de classes. Em tempos de negação, este seria o texto que eu deseja ler.
Desconheço filha/o de famÃlia rica com madrinha/padrinho de famÃlia das/os empregadas/os ou parentes pobres. Ricas/os nunca mudarão; então, que tenhamos a coragem de mudar tudo isso!
Um texto de desesperança. Muito bem escrito, excelente análise social. Os ricos sempre voltarão ao poder, como aconteceu na Rússia, mas não os mesmos ricos que foram expulsos. Esses empobreceram e se perderam pelo mundo. Já é um alento. rs
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