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O editorial da Folha de S. Paulo é sempre muito corajoso, enaltecendo o comportamento polÃtico daqueles que contrariam os interesses arraigados do funcionalismo, não é? Porque os funcionários são privilegiados, toscos e indisponÃveis para a mudança econômica necessária. É, de fato, muito difÃcil lutar contra o poderio econômico de professores públicos, que, com seus salários exorbitantes, influenciam os polÃticos a manterem preservados o privilégio de um salário medÃocre.
É isso "Folha", desonerar os donos do capital (que aliás, foi "criado" pela força de trabalho) e investir contra todos os direitos conquistados secularmente através da luta de milhões de trabalhadores, hoje, momentaneamente nocauteados, pela crise e pelo avanço tecnológico do qual foram sustentáculo. Vai ter reação! Espero que não demore tanto, como no Chile!
Como eu digo sempre: em nome deste realismo temos que aguentar o maluquismo do Presidente. Depois virá o autoritarismo e a realidade não será tão "heróica" como é o tom do texto.
Um absurdo dizer que professores dos estados e municÃpios tem privilégios. Os mesmos, com carga horária alta, não ganham R$3.000,00/mês.
Durante décadas os servidores do rei iam consolidando privilégios, aumentando a ineficiência, super faturamento e desvios , ampliando a dÃvida pública. Eis que o mundo se precariza e tudo começa a cair, haverá equidade?
Vamos falar do montante de anistia de dÃvidas pelo governo do estado de SP. Gostaria de ver este jornal erguendo a bandeira e defendendo com o mesmo vigor todas as medidas necessárias para uma gestão responsável e isenta de privilégios a empresários e banqueiros.
Como sempre a corda rompe do lado dos mais fracos, que são os únicos que produzem algo de útil para a sociedade. Não que as reformas não devam ser feitas, mas o andar de cima, deputados, vereadores, secretários e burocratas de alto coturno, certamente vai ficar de fora. A assembléia do estado de SP consome mais de R$1.4 bi ao ano para produzir muito pouco. Nos outros estados não é diferente assim como nas câmaras de vereadores cuja maior preocupação é prestar homenagens. cont...
Em estados pobres como o Maranhão, cada deputado estadual recebe R$20.000,00 por mês, só que o ano deles não possui 12 meses, mas 18. Outra excrescência é a verba indenizatória supostamente para pagar alimentação e outros custos que no Piauà é de R$80.000,00 e no Amapá, R$100.000,00 por mês. Com uma produtividade paupérrima, cada lei aprovada nas assembléias estaduais chega a custar R$4,5 milhões segundo a BBC Brasil. Sem fiscalização dura da sociedade isso não vai mudar nunca.
Continuando. O Estado de São Paulo deve mais de 100 bilhões à Previdência paulista em razão da extinção do antigo Instituto de Previdência, o Ipesp. Existem pessoas há décadas pedindo restituição das contribuições ao antigo Ipesp, sem muito sucesso. A Previdência paulista é autossustentável, o servidor continua contribuindo mesmo aposentado. A maioria dos proventos é de baixo valor!
O Estado de São Paulo já fez uma rigorosa Reforma da Previdência em 2013. Foi criada uma Previdência complementar parecida com uma capitalização, com outros descontos aos optantes além do 11% já abatidos mensalmente. Entretanto, mesmo antes disso, o servidor mesmo aposentado continuava pagando a contribuição previdenciária. Inclusive, a Previdência Paulista não recebe aporte do Governo, ela se sustenta com as contribuições tanto dos ativos quanto as dos inativos, não depende do INSS, é própria.
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